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Arquivo para a categoria ‘Exposição’

 

Sete e sete são catorze

6 de Outubro de 2023

14.º aniversário da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio

Foram quatro dias de aniversário, entre 29 de Setembro e 2 de Outubro.

Tinha de ser, era preciso dedicá-los a Eduarda Dionísio, fundadora da Casa e impulsionadora principal do Centro Mário Dionísio, este arquivo vivo que uma associação cultural sem fins lucrativos põe em relação com o mundo e a sociedade de hoje. Preservando para divulgar, divulgando para dar a conhecer, dando a conhecer para estimular curiosidades, reflexões, estudos, acções. Um projecto de memória viva que ela pôs em movimento.

Claro que não era ocasião para grande festa. A tristeza imensa da morte de Eduarda Dionísio, em Maio passado, passou por aqui. Mas passou também uma quantidade enorme de amigos e amigas, de gente curiosa, de pessoas que quiseram ver uma nova exposição dedicada à Eduarda ou que quiseram homenageá-la em palavras e acções, ou simplesmente com a sua presença. Alguns amigos vieram de longe, de França, de Itália, do Porto, do Algarve… Para fazer tudo isto e dar força à Casa da Achada. Muitos novos amigos se fizeram. Estiveram à venda edições do Centro, mas também se venderam muitos livros da Eduarda que aqui tínhamos (e alguns ainda temos).

Na sexta 29, às 18h30, passaram-se dois filmes: um discurso inspirador de Eduarda Dionísio na abertura da Casa da Achada, em 2009 (sim, já passaram 14 anos!), em que ela conta como só foi possível pôr esta casa de pé com o trabalho de muitas pessoas e com a criação de condições para o seu arranque («Vamos vendo. Uma coisa assim depende de tanta, tanta coisa»); e, depois, um filme muito recente de estudantes de cinema, com realização de Nuno Cintra, com uma visão deles do que é hoje a Casa da Achada. Um filme dedicado também a Eduarda Dionísio. Antes dos filmes, Pedro Rodrigues e Rubina Oliveira falaram do sentido desta Casa e da programação deste aniversário. No fim dos filmes, houve tempo para beber um copo de moscatel e comer uma fatia de bolo que a Susana Baeta fez, tudo ao som de Jacinto Lucas Pires, que trouxe uma canção especial para a Eduarda.

No sábado, depois de um almoço calmo com vários amigos vindos de fora, muita gente passou por cá à tarde para a inauguração da exposição Eduarda Dionísio – materiais do arquivo Mário Dionísio – Maria Letícia, uma exposição feita com documentos existentes no arquivo, incluindo fotografias, livros, pinturas, gravuras, artes gráficas, textos e cartas, jornais e revistas em que a Eduarda escreveu. Exposição feita com pouco tempo e grande empenho de um colectivo formado para a ocasião.

A exposição foi apresentada por Diana Dionísio, e depois falaram alguns dos participantes na elaboração e montagem da exposição, entre os quais Cristina Reis, amiga de sempre de Eduarda Dionísio, que teve um papel importante na sua concepção e realização. Depois foi a vez de Catherine Dumas e Adelino Gomes falarem de Eduarda Dionísio e do que viram nesta exposição. Coisas que sabiam, mas também coisas que desconheciam e descobriram aqui. Intervenções quentes, de gente que não escondeu a sua admiração pela amiga, a escritora, a professora, a pintora, a amadora das artes gráficas, a fazedora, a crítica, a actriz, a dramaturga, a dinamizadora de projectos de intervenção cultural invulgares. Eduarda!

Ao fim da tarde apresentou-se o primeiro número dos Cadernos Pequenos, uma série de livrinhos com intervenções feitas na Casa da Achada (ou noutros lugares, por iniciativa da Casa). Esteve presente Luís Bigotte Chorão (autor da sessão que deu origem ao 1.º Caderno, sobre o segundo volume de Passageiro clandestino) e outras pessoas curiosas pela vida e obra de Mário Dionísio, e por isso a conversa fluiu naturalmente no jardim interior, à volta de Mário e da sua filha Eduarda, sobretudo, mas também de Maria Letícia Clemente da Silva. Em Outubro sairá já o Cadernos Pequenos n.º 2.

No Domingo dia 1 de Outubro, de manhã, às 11h, houve uma oficina bem concorrida, com mais de uma dúzia de participantes. A proposta de Regina Guimarães era encontrar “palavras que têm palavras dentro” e inventar palavras novas. Foi bonito ver tanta animação e debate à volta das palavras. E ver palavras novas a emergir de um mar de inquietações.

Depois do almoço (quase todos os oficinantes ficaram para comer), o coro cantou, lá dentro, na Zona Pública. Meia hora de canções intercaladas com pequenos textos de Eduarda Dionísio. A festa continuou lá fora, no terreno em frente da Casa, com a apresentação do Retrato(s) duma amiga, um caderno dedicado a Eduarda Dionísio com participações de dezenas de pessoas que fizeram artes gráficas ou escreveram textos e enviaram (algumas de longe) para a Casa da Achada. E depois houve tempo para intervenções de quem quisesse. Muita gente foi ao microfone dizer de sua justiça, da “sua” Eduarda. Com pessoas a emocionarem-se, tinha de ser.

Na segunda-feira dia 2, depois da habitual leitura d’A Paleta e o Mundo (há 14 anos que prossegue), houve à noite um filme muito especial com a presença do realizador: António José Martins. Ele veio apresentar o filme que realizou para a RTP – «Grande Plano de Eduarda Dionísio», um belo filme com a Eduarda ao centro, falando de si própria, das suas ideias, interesses e fazeres, e de tudo o que até 1988 tinha feito. Uma espécie de entrevista (quase) sem perguntas, que uma sala cheia ouviu com espanto. Que espantosa, esta Eduarda!

PS:

A Diana Dionísio escreveu uns versos para agradecer tantos amigos e fazedores que tornaram este aniversário possível e lhe deram sentido. Aqui ficam:

PARABÉNS
parabéns por estes catorze a quem
por aqui tem andado, feito, passado, presente
tem sugerido, transformado, dado alento
e em especial, neste 14º aniversário:


a quem anunciou a cada um
que queríamos encontrar-nos não tarda
a quem pediu e deu contribuições
para um caderno para a Eduarda


a quem inventou um programa
com conversas e sessões
a quem telefonou e foi buscar
livros, pessoas ou limões


a quem imaginou e opinou
a quem arriscou e decidiu
a quem depois de escolher o papel
digitalizou, paginou e imprimiu


a quem escolheu documentos
para uma exposição especial
a quem caminhou desde as listas
até à arte final


a quem viu e reviu
fez passes-partouts e deu boleias
a quem pôs a mesa
ferrou as chaves e juntou ideias


a quem fez trabalho de sapa
à frente dum computador
a quem fez trabalho braçal
até escorrer suor


a quem escolheu a palavra certa
a quem mexeu muito bem a massa
a quem chegou atrasado
e substituiu quem queria ir p’ra casa


a quem transportou quadros
e re-arrumou armários
a quem por causa destes dias
baralhou os seus horários


a quem  montou bancas
fez folhas de caixa, pintou letreiros
a quem pensou em quantidades
com as qualidades sempre primeiro


a quem veio de longe
a quem veio do quintal
a quem não pôde vir
mas enviou um sinal


a quem segurou escadotes
e a quem a eles trepou
a quem arrancou camarões
a quem os buracos tapou


a quem procurou legendas
no mundo dos envelopes
a quem teve pachorra
até à fase dos retoques


a quem prendeu a anoneira com fio
para que os ramos não se partissem
e os seus frutos não chorassem
como numa fábula de Da Vinci


a quem fez camas e aspirou o chão
lavou cozinhas e casas-de-banho
a quem abriu abraços aos nossos
amigos fora do rebanho


a quem amassou, cortou ou transportou
bolos de amêndoa, bolinhas de alheira
a quem encomendou, gelou ou serviu
cerveja e vinho, gelo e groselha


a quem lavou a loiça
a quem fez os cartazes
a quem provou que de falar com outros
todos somos capazes


a quem girou chaves e manivelas
para abrir grades e guarda-sóis
a quem encheu o espaço com palavras
e o tempo com sustenidos bemóis


a quem registou Amigos
ou vendeu livros ao balcão
a quem arrastou as sombras
pra evitar uma insolação


a quem pôs ilhozes na lona
que p’ra pendurar precisou de anilhas
ou foi buscar molas para pendurar panos
é preciso criar os dias


a quem esteve na sexta
sala cheia de coração
a quem encheu no sábado
apesar da manif da habitação


a quem fez todo aquele domingo
com cantos, comidas e tempo para dizer  
a quem esteve na segunda-feira
porque quer mesmo saber


a quem fotografou e filmou
a quem deu uma mão não programada
a quem voltou a arrumar as cadeiras
e apanhou as beatas da Rua da Achada


a quem contou as entradas
e fez conta das saídas
a quem desentupiu o ralo
e cuidou das despedidas


a quem depois destes dias
que nos deram novas pistas
quer ver se faz sentido fazer
a Casa da Achada nesta terra de turistas

 

Em Julho…

1 de Julho de 2020

Para estar a par das nossas actividades e saber mais informações, o melhor é pedir para receber a newsletter por email ou consultar a secção Programação da nossa página.

 

Exposição DISSIMULAZIONI

5 de Agosto de 2018

 

Esta exposição não nos fala da arqueologia culta que já estamos habituados a apreciar por ser um resto silencioso do passado, mas antes da ruína que data de ontem como um tempo nosso. As paredes rasgadas dos prédios, os rebocos fragmentados evocam, aludem, dizem-nos que arqueologia é palavra de hoje, é a arqueologia do quotidiano sobre a qual desatentamente caminhamos e que as belas fotos de Paolo nos devolvem, dando-nos consciência disso.

Franco Guerzoni, 2018

 

Franco Guerzoni e Paolo Barbaro – o primeiro está entre os mais importantes artistas italianos da pesquisa conceptual, o segundo é conservador e historiador de fotografia – conhecem-se desde a segunda metade dos anos 70. 

Em 2012 Paolo Barbaro está em Lisboa, reencontra na cidade em mutação (a gentrificação, as ruínas, as superfícies que contam uma memória urbana) imagens como que vistas pelos olhos dos amigos Ghirri, Guerzoni, Bizzarri. Manda ao artista estas fotografias que parecem quadros dele, coisa que continua a fazer todas as vezes que viaja. Guerzoni e Bizzarri tornam-se afectuosos organizadores ou ensaístas. Desenvolve-se assim uma história de que esta exposição mostra alguns vislumbres provisórios.

 

Alguns de nós conheceram Paolo Barbaro ainda no outro milénio, em 1996, quando a associação Abril em Maio organizou duas exposições bem diferentes de Giuseppe Morandi: «Quem trabalha a terra na Baixa Padana» (na Galeria da Mitra), e «Vigésimo Primeiro Verão» (na ZDB, então para os lados do Cais do Sodré). Foram as duas primeiras exposições de Morandi em Lisboa. Paolo Barbaro já tinha escrito sobre a obra de Morandi, fotógrafo não profissional de origem camponesa. Veio participar em colóquios, em conversas e um texto seu está no catálogo. Chama-se «Histórias de um corpo».

Entre muitas outras coisas, diz: «Assim, uma vez acabada, para Morandi, a legibilidade existencial do campo, restam as pessoas, os seus espaços e as suas representações, finalmente os seus corpos a contar».

Alguns de nós encontraram-no (às vezes tocava guitarra), na festa anual da Lega di Cultura de Piadena, na casa do Micio e no seu pequeno bosque. Trabalhava na Universidade de Parma, precisamente no departamento de fotografia, que veio a instalar-se na Cartuxa de Parma (não é a do Stendhal…, mas fica no meio do campo), que também alguns de nós visitaram, maravilhados pelo trabalho de recolha, arquivo, pensamento que lá se constrói.

O Paolo tem vindo várias vezes a Lisboa, quase sempre com o Morandi e o Micio, a propósito de exposições de fotografia, que agora têm sido na Casa da Achada. A sua vinda em 2012 marcou (quase em silêncio, diga-se – «dissimulações»?) o arranque dum trabalho que foi continuando, sempre com Franco Guerzoni na cabeça, um interlocutor, e a partir de Lisboa.

Num breve encontro com Franco Guerzoni, há uns tempos já, no seu atelier de Modena, falámos desta exposição e foi difícil escolher qual seria a questão central que ela poria: «Trabalho (artístico)» (que seria tema de um ciclo que se fez na Casa da Achada-Centro Mário Dionísio)? «Ruínas»? Nos dois casos: «transformações», «mutações» se se quiser. Que incluem (via Paolo Barbaro) a de Lisboa. Estas duas questões talvez se juntem na exposição. E provavelmente de maneiras inesperadas.

É para nós impossível não referir isto a propósito («isto anda tudo ligado», de facto) – e não agradecer (se é que estas coisas se agradecem): o Paolo e a Claudia Cavatorta (que também faz a sua vida na Cartuxa de Parma), vieram semanas antes do ciclo «Para que serve a memória» para trabalhar, por proposta sua. Catalogaram umas centenas de máquinas fotográficas do Maçariku, fundador da Abril em Maio e da Casa da Achada, desaparecido dois anos antes. Passaram assim essas suas férias.

Foi, da parte deles, um trabalho (especializado) de memória, resultado da preocupação – que também é nossa – com o «para que serve» e com o ligar pontas, pessoas, ideias, objectos e fortalecer as relações que aconteceram e vão acontecendo. Mesmo quando não é tão fácil como pode parecer.

Casa da Achada-Centro Mario Dionisio

 

A inauguração da exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra»

5 de Julho de 2015

Foi há um mês, a 6 de Junho, que inaugurámos a exposição «Mário Dionísio – Vida e obra». Uma tarde com uma visita guiada com leitura de textos e canções, a projecção de entrevistas de Mário Dionísio e uma sessão sobre as várias edições de O dia cinzento. A exposição pode ser visitada até ao dia 29 de Setembro.

 

18 a 23 de Janeiro

17 de Janeiro de 2014

Microsoft Word - 18-24 Jan 14

 

24 de Outubro: Visita guiada à exposição «Mário Dionísio – 50 anos de pintura»

21 de Outubro de 2013

visita guiada expo MD

 

10 a 14 de Outubro

7 de Outubro de 2013

História 11

A CARBONÁRIA PORTUGUESA
histórias da História
Quinta-feira, 10 de Outubro, 18h

Nesta sessão vamos falar sobre a Carbonária Portuguesa, a 5 de Outubro de 1910, com Firmino Mendes.

Neste ciclo, «histórias da História», conversaremos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris, sobre as «aparições» de Fátima, sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira e sobre a Independência da Guiné, sobre o golpe em Espanha em 1981, sobre os derrotados no 25 de Abril de 1974, sobre os tiros de Sarajevo e sobre as primeiras férias dos operários franceses.

CARTAZ SEGUNDA 14 OUTUBRO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
O amor da pintura de Claude Roy
Segunda-feira, 14 de Outubro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão Manuela Torres continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de O amor da pintura de Claude Roy.

CICLO DE CINEMA
VIVENDO E APRENDENDO
O menino selvagem de Truffaut
Segunda-feira, 14 de Outubro, 21h30

Na segunda-feira continua o ciclo de cinema «Vivendo e aprendendo», onde as aprendizagens, o ensino e a escola estão representadas. Nesta sessão projectamos O menino selvagem (1970, 83 min.) de François Truffaut. Quem apresenta é João Rodrigues.

OBRAS À VENDA
para angariação de fundos

Na sequência do leilão de 5 de Outubro, continuam em exposição, nos próximos dias, as obras que não foram vendidas, que se encontram à venda pelo preço base de licitação. O catálogo pode ser consultado aqui.

Obras de vários autores portugueses: Alberto Péssimo, Alice Geirinhas, Alice Jorge, Ana Jotta, André Alves, Ângelo de Sousa, António Sena, Armando Alves, Bárbara Assis Pacheco, Carlos Calvet, Charrua, Cipriano Dourado, Costa Pinheiro, Cruzeiro Seixas, Emerenciano, Espiga Pinto, Eurico Gonçalves, Fernando Calhau, Fernando José Pereira, Frederico Mira, Germano Santo, Guilherme Parente, Hansi Stäel, Henrique do Vale, Henrique Ruivo, Inês Dourado, João Abel Manta, João Cutileiro, João Queiroz, Jorge Barradas, Jorge Martins, José Cândido, José Freitas, LOBO, Manuel Baptista, Manuel Pinto, Manuel Ribeiro de Pavia, Manuel Sampaio, Manuela Bacelar, Margarida Alfacinha, Maria Gabriel, Maria José Oliveira, Maria Keil, Martins Correia, Miguel Horta, Mily Possoz, Natacha Antão, Nikias Skapinakis, Pedro Avelar, Pedro Chorão, Querubim Lapa, Rocha de Sousa, Rogério Ribeiro, Rui Mendonça, Rui Paiva, Rui Pimentel, Rui Sanches, Sá Nogueira, Sérgio Pombo, Silva Chicó, Sílvia Hestnes, Sofia Areal, Teresa Magalhães, Vespeira, Zé Viana, Zulmiro de Carvalho.

Canções Heróicas - castanho

AS HERÓICAS DE FERNANDO LOPES-GRAÇA
Sábado, 12 de Outubro, 16h
Organização: Coro da ART

O Coro da Associação de Residentes de Telheiras propôs uma sessão de conversa e canto sobre as canções heróicas de Fernando Lopes-Graça, compositor amigo de Mário Dionísio. A conversa será com Luísa Tiago de Oliveira e Manuel Deniz Silva. E cantam o Coro da ART e o Coro da Achada.

 

24 a 26 de Agosto

19 de Agosto de 2013

INAUGURAM DUAS EXPOSIÇÕES NA CASA DA ACHADA
Sábado, 24 de Agosto, 16h

Expo Montreuil

– A ESTRADA DE MONTREUIL

A estrada de Montreuil são cerca de 30 imagens de Montreuil, subúrbio de Paris, onde também vivem imigrantes portugueses, feitas por Giuseppe Morandi, fotógrafo, residente em Piadena, lugar do norte da Itália, e Francesca Grillo, fotógrafa, residente em Montreuil.

Sobre esta exposição escreveu Paolo Barbaro, da Universidade de Parma:

«Morandi não está em Montreuil como um repórter fotográfico do social, nem sequer se ocupa dos temas caros à antropologia, como um explorador. Vai encontrar os companheiros, divide o pão e o que se mete dentro, e estes levam-no a encontrar outros amigos, metem-no na narrativa das imagens do lugar que, para ele, é sempre uma narrativa que parte das pessoas, da sua figura visível. Acompanha-o, entre os outros, Francesca Grillo, também ela fotógrafa, que lhe mostra os espaços que tornam evidente um conflito entre a cidade de espaços e casas feitos de relações e as novas construções de metal e vidro, impenetráveis. Nas suas fotografias desenvolve-se uma narrativa que sai dos espaços feitos como que de camadas de casas familiares, densas de histórias e sinais (a imigração, a cultura operária por vezes visível no esqueleto duma fábrica histórica, outros e alternativos modos de viver a cidade) e chega às superfícies do moderno provavelmente iguais em todo o mundo ocidental, estas verdadeiramente distantes e estrangeiras, permutáveis como deve ser a mercadoria, o dinheiro que escorre dentro das fachadas. E depois chega ainda às pessoas, como que esmagadas pelo novo.
[…]
O sentido da cidade, do lugar onde se vive e a gente se encontra, onde aparecem as nossas figuras, não poderá mais ser reduzido a um tempo linear, com um progresso que vá numa só direcção, racionalizando, limpando, acumulando, aumentando a comodidade e o valor imobiliário. Basta olhar a cidade nos olhos, como nestas fotografias, para perceber isto.»

Na segunda-feira, 26 de Agosto, às 18h30, vamos conversar sobre fotografia, imigração e emigração.

(Cartaz Expo Anna_Apresenta347343o 1)

– PINTURA DE ANNA STANKIEWICZ-ODOJ

Exposição de pintura de Anna Stankiewicz-Odoj.

«A minha pintura está cheia dos arquétipos e símbolos de realidade pós-moderna, enraizada na consciência colectiva.
Muitas vezes são os meus sonhos, as lendas, os contos da infância ou simplesmente a natureza (ou mais a coexistência da natureza e da civilização) que me inspiram.
Procuro sempre novas perspectivas da visão dos espaços, dos lugares, das pessoas e das coisas.»

Cartaz Oficina JUL-AGO13_cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingo, 25 de Agosto, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina vamos, com Margarida Guia, falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.
Continua todos os domingos de Agosto.

Segunda 26 Agosto

FOTOGRAFIA, IMIGRAÇÃO E EMIGRAÇÃO
Segunda-feira, 26 de Agosto, 18h30

Conversa a partir da exposição «A estrada de Montreuil» Giuseppe Morandi (fotógrafo), Francesca Grillo (fotógrafa), Gianfranco Azzali (da Lega di Cultura di Piadena), Paolo Barbaro (professor de História da Fotografia na Universidade de Parma), Luísa Ferreira (fotógrafa), Isabel Lopes Cardoso (da Memória Viva – Paris) e elementos da Solidariedade Imigrante.

O ciclo de leitura «A Paleta e o Mundo III» regressa na próxima segunda-feira.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Conto de verão de Eric Rohmer
Segunda-feira, 26 de Agosto, 21h30

Nesta segunda-feira projectamos, ao ar livre, Conto de verão (1996, 113 min.) de Eric Rohmer. Quem apresenta é Diana Dionísio.

 

6 a 9 de Julho

2 de Julho de 2013

Sociedades de Artistas_Layout 1

AS SOCIEDADES DE ARTISTAS
a partir da experiência de José Júlio
Sábado, 6 de Julho, 16h

A propósito da exposição «José Júlio – pintura e gravura» vamos falar sobre sociedades de artistas, nomeadamente da Sociedade Nacional de Belas Artes, e das suas Exposições Gerais de Artes Plásticas – onde participaram Mário Dionísio e José Júlio -, e da Cooperativa Gravura – onde José Júlio foi sócio-fundador e primeiro presidente.

Participam nesta conversa Rui-Mário Gonçalves, Francisco Castro Rodrigues, Ana Isabel Ribeiro, Cristina Azevedo e Filomena Serra.

«(…) os artistas antifascistas venceram as eleições da Sociedade Nacional de Belas Artes, renovaram a vida associativa, publicaram uma pequena revista (com o interesse e o gosto habituais de KeilAmaral, mais a ajuda do Celestino de Castro, do Castro Rodrigues e até a minha) e aí realizaram a primeira grande Exposição Geral deArtes Plásticas, cuja condição de admissão era só uma: nunca ter exposto no SNI ou deixar de lá expor depois de 1945.»
Mário Dionísio, «Sinais e circunstâncias: depoimento de Mário Dionísio» (entrevista para a Vértice, 1974), publicado em Entrevistas – (1945-1991) (CA-CMD, 2010)

Cartaz Oficina JUL-AGO13_cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingos, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina vamos, com Margarida Guia, falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 8 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Gonçalo Lopes, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Férias em Roma de William Wyner
Segunda-feira, 8 de Junho, 21h30

Nesta segunda-feira acontece a 2ª sessão do ciclo de cinema ao ar livre, na Rua da Achada, «Férias na Achada». Projectamos Férias em Roma (1953, 118 min.) de William Wyner. Quem apresenta é Eduarda Dionísio.

As férias não são tão velhas como o mundo. Antes de começarem a regular os calendários, quem as gozava eram os que não viviam do trabalho e não precisavam de «descansar», mas podiam «mudar de ares» e fazer «vilegiaturas». No século XX, as férias mudaram de figura: foram uma conquista dos trabalhadores e um direito (con)sagrado.
Hoje são «matéria» do comércio e da indústria – «turismo», agências de viagens… E cada vez mais «repartidas». E há cada vez menos «férias»: se não há trabalho, ou se o trabalho é precário, e sem contrato, como pode haver «férias»?
As antigas férias (como os «fins-de-semana», os feriados e as suas «pontes»), conquistadas aos patrões, enquanto terreno da «felicidade» vinda do «não fazer nada», do «não obrigatório», do tempo «livre», têm sido tema e lugar da literatura, da pintura, do teatro, do cinema. Férias desejadas, idealizadas, aproveitadas, e também malbaratadas, desgraçadas. São um tempo com lugares, hábitos e rituais próprios, e paixões, dramas, tragédias e comédias que o «ócio» pode tornar diferentes ou ampliar. São espelho duma sociedade, é claro.
O filme mais antigo deste ciclo, Passeio ao campo de Renoir, começou a ser rodado em 1936, ano determinante na vida dos assalariados franceses: milhões de operários partiram pela primeira vez para as praias, sem perderem o salário dos 15 dias em que não trabalhavam. Vários filmes deste ciclo são dos anos 50. E, ao contrário do que tem acontecido com outros ciclos, não há nenhum do século XXI. Por alguma razão será.
Um ciclo dedicado sobretudo aos que (já) não têm férias e que as poderão ter aqui, olhando para as férias dos outros, uma noite por semana, ao ar livre, enquanto é verão.

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OS ÍNDIOS DA MEIA PRAIA – ONTEM E HOJE
Sábado, 6 de Julho, 18h30
Organização: NAM – Não Apaguem a Memória

Conversa sobre os índios da Meia Praia com o arquitecto José Veloso, envolvido nas operações SAAL da Meia Praia, e com o sociologo João Baía. O Coro da Achada vem cantar «Os índios da meia praia» de José Afonso. Às 21h30 projecta-se o filme Os índios da meia praia de António da Cunha Telles.

Quando se deu a revolução de Abril de 1974, as barracas de zinco de uma comunidade de pescadores, em Lagos, desapareceram neste lugar. Através do serviço ambulatório de apoio local, conhecido como projecto SAAL, o governo cedeu o terreno, o apoio técnico e parte do dinheiro, e as populações avançaram com a mão-de-obra.

O fim do bairro de lata ficaria a dever-se ao arquitecto José Veloso. Foi difícil convencer os moradores do bairro. Desconfiavam das promessas e chegaram a ameaçar correr José Veloso à pedrada. O arquitecto não desistiu. Aos poucos, os pescadores acreditaram que poderiam ter direito a uma casa.

Ansiosa por deixar as barracas, a população organizou-se em turnos. Quando os homens estavam no mar, eram as mulheres que trabalhavam nas obras. Havia duas regras: as habitações tinham de começar a ser construídas ao mesmo tempo e todos teriam de ajudar na construção de todas as casas.

O realizador de cinema António da Cunha Telles decidiu documentar a transformação que estava em marcha e Zeca Afonso criou a música com o mesmo nome.

Quase quarenta anos depois, o bairro, localizado a poucos passos da praia, numa zona de expansão turística e ao lado de um campo de golfe, parece ter os dias contados.

 

15 a 17 de Junho: A aprendizagem da pintura a partir de José Júlio; Oficina fazer o presta a partir do que não presta; Leitura de ‘Modos de ver’; Cinema com ‘Viram a minha noiva’

11 de Junho de 2013

Aprendizagem da pintura

A APRENDIZAGEM DA PINTURA
a partir do caso de José Júlio
Sábado, 15 de Junho, 16h

A propósito da exposição «José Júlio – pintura e gravura» vamos falar sobre como se aprende a olhar e se aprende a pintar, sobre amadores e profissionais, o papel da divulgação e sobre escolas e ateliers.

Participam nesta conversa João Queiroz e Jorge Silva Melo, que nos vem mostrar o seu filme sobre a Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, da qual José Júlio foi sócio-fundador e presidente, Gravura: esta mútua aprendizagem.

OFICINA JUN 2013

FAZER O QUE PRESTA A PARTIR DO QUE NÃO PRESTA
Oficina com Eupremio Scarpa
Domingo, 16 de Junho, das 15h3o às 17h30

Nestes três últimos domingos do mês, com Eupremio Scarpa, vamos imaginar e construir sem desperdiçar com materiais baratos, reutilizar e reciclar o que parece que já não serve para nada.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingo 23 e 30 de Junho.

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CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 17 de Junho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Inês Dourado, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Viram a minha noiva de Douglas Sirk
Segunda-feira, 17 de Junho, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Viram a minha noiva (1952, 88 min.) de Douglas Sirk. Quem apresenta é António Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

Como foi o 25 de Abril na Casa da Achada

2 de Maio de 2013

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O 25 de Abril foi bem passado na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Ao fim da tarde, depois do fim do desfile, onde o Coro da Achada também cantou, abrimos as portas para inaugurar a exposição «José Júlio – pintura e gravura». Eduarda Dionísio foi quem falou primeiro, para dar as boas-vindas a toda a gente, que era muita; Rui-Mário Gonçalves falou da obra do pintor e das sessões que seguirão nos próximos meses sobre a sua vida e obra; João Carlos Andrade dos Santos, filho de José Júlio, referiu a diversidade das suas áreas de intervenção. A exposição, com cerca de 30 obras, constitui uma homenagem a um grande pintor português, infelizmente bastante esquecido, amigo de Mário Dionísio e sobre o qual este escreveu vários textos, chamando a atenção para a importância e originalidade da sua obra.

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Depois destas intervenções em torno da exposição, o Coro da Achada cantou várias canções, mais antigas e mais recentes, sobre poemas de Mário Dionísio e de outros, e em várias línguas. Abriram-se então as portas do jardim para as pessoas comerem e beberem, conviverem e cantarem, debaixo da nespereira.

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Mas não foi só – e não foi pouco! – neste dia que aconteceram coisas na Casa da Achada. Durante as oficinas deste mês, «O 25 de Abril que tenho na cabeça», construímos 15 grandes amigos de papel e arame, que o Coro da Achada colocou em casa esquina do bairro, na noite de 24 para 25, enquanto ensaiava pelas ruas.

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No sábado recebemos o militar de Abril Carlos Matos Gomes para conversar sobre os derrotados no 25 de Abril. E no domingo fomos fotografar os amigos que ainda estavam nas esquinas, resistentes ao vento.

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25 de Abril: Inauguração da exposição «José Júlio – pintura e gravura»; canta o Coro da Achada; convívio

22 de Abril de 2013

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Quinta-feira, 25 de Abril, 18h30

No 25 de Abril a Casa da Achada abre as portas ao final da tarde para receber quem quiser aparecer. Inauguramos uma nova exposição, «José Júlio – pintura e gravura», o Coro da Achada vai cantar várias canções, e há convívio com comes e bebes (e podem trazer um farnel para ajudar).

José Júlio Andrade dos Santos (que assinava José Júlio) iniciou a sua actividade de pintor em 1949. Expôs pela primeira vez individualmente em 1951, na Sociedade Nacional de Belas-Artes. A partir desse ano, participou em numerosas exposições colectivas, incluindo as Exposições Gerais de Artes Plásticas (até 1956) e as 2 primeiras Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957 e 1961). Participou na criação da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses e foi membro dos corpos directivos da SNBA.

Foi muito importante a sua função de divulgador, montando exposição «didácticas» centradas em pintores e gravadores, sobretudo modernos (van Gogh, Cézanne, Klee…) em associações de estudantes, na SNBA, e outros locais, e fazendo também palestras sobre pintura e gravura.
Licenciado em Matemática e Ciência Geofísica pela Faculdade de Ciências de Lisboa, foi professor de Matemática e de Desenho no Liceu Charles Lepierre.
Filho de um trombonista, José Júlio também se dedicou à música, chegando a realizar uma pequena composição de canto popularizada por Maria de Lourdes Resende, com versos extraídos de um poema de António Nobre, «O Sono do João».

A exposição com cerca de 30 obras de José Júlio na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio (entre 25 de Abril e 19 de Agosto) constitui uma homenagem a um grande pintor português, infelizmente bastante esquecido, amigo de Mário Dionísio e sobre o qual este escreveu vários textos, chamando a atenção para a importância e originalidade da sua obra.

Não é por acaso que escolhemos o 25 de Abril para inaugurar a exposição de obras de um grande pintor que se opôs à ditadura e que gostaria de ter visto este dia chegar. Sobre este dia e os que se seguiram, Mário Dionísio escreveu o seguinte:

«Dias impossíveis de contar. Não há tempo para isso. A multidão misturada com os soldados e marinheiros. Cravos (onde nasceram tantos cravos?) nas espingardas e nas mãos de toda a gente. Telefonemas, abraços, o “viva Portugal” por toda a parte. Um país diferente. Toda a gente fala com toda a gente, esfusiante, sem medo! A caça aos Pides. A libertação dos presos de Caxias, o regresso dos emigrados (Mário Soares, primeiro, Álvaro Cunhal depois, Piteira Santos virá depois, tantos mais).
Começam as reuniões por todo o lado. No Liceu Camões realizamos a primeira reunião de apoio ao Movimento. Vamos entregar à Junta de Salvação Nacional o nosso documento. Começamos a organizar-nos. Não paro mais. (30.4.74)»
Mário Dionísio, Passageiro clandestino

Neste final de tarde o Coro da Achada canta várias canções do seu repertório e há convívio – tragam um farnel para ajudar – como apetecer, que em cada esquina há um amigo. Não é mentira, durante a oficina «O 25 de Abril que tenho na cabeça» construímos muitos amigos para colocar em cada esquina no bairro.

 

25 de Abril na Casa da Achada: Inauguração da exposição «José Júlio – pintura e gravura»; canta o Coro da Achada; convívio

17 de Abril de 2013

Microsoft Word - 25 ABRIL 13

O 25 de Abril na Casa da Achada
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
JOSÉ JÚLIO – PINTURA E GRAVURA
Quinta-feira, 25 de Abril, 18h30

A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio apresenta esta nova exposição de pintura e gravura de José Júlio.

José Júlio Andrade dos Santos (que assinava José Júlio) iniciou a sua actividade de pintor em 1949. Expôs pela primeira vez individualmente em 1951, na Sociedade Nacional de Belas-Artes. A partir desse ano, participou em numerosas exposições colectivas, incluindo as Exposições Gerais de Artes Plásticas (até 1956) e as 2 primeiras Exposições de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian (1957 e 1961). Participou na criação da Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses e foi membro dos corpos directivos da SNBA.

Foi muito importante a sua função de divulgador, montando exposição «didácticas» centradas em pintores e gravadores, sobretudo modernos (van Gogh, Cézanne, Klee…) em associações de estudantes, na SNBA, e outros locais, e fazendo também palestras sobre pintura e gravura.
Licenciado em Matemática e Ciência Geofísica pela Faculdade de Ciências de Lisboa, foi professor de Matemática e de Desenho no Liceu Charles Lepierre.
Filho de um trombonista, José Júlio também se dedicou à música, chegando a realizar uma pequena composição de canto popularizada por Maria de Lourdes Resende, com versos extraídos de um poema de António Nobre, «O Sono do João».

A exposição com cerca de 30 obras de José Júlio na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio (entre 25 de Abril e 19 de Agosto) constitui uma homenagem a um grande pintor português, infelizmente bastante esquecido, amigo de Mário Dionísio e sobre o qual este escreveu vários textos, chamando a atenção para a importância e originalidade da sua obra.

Não é por acaso que escolhemos o 25 de Abril para inaugurar a exposição de obras de um grande pintor que se opôs à ditadura e que gostaria de ter visto este dia chegar. Sobre este dia e os que se seguiram, Mário Dionísio escreveu o seguinte:

«Dias impossíveis de contar. Não há tempo para isso. A multidão misturada com os soldados e marinheiros. Cravos (onde nasceram tantos cravos?) nas espingardas e nas mãos de toda a gente. Telefonemas, abraços, o “viva Portugal” por toda a parte. Um país diferente. Toda a gente fala com toda a gente, esfusiante, sem medo! A caça aos Pides. A libertação dos presos de Caxias, o regresso dos emigrados (Mário Soares, primeiro, Álvaro Cunhal depois, Piteira Santos virá depois, tantos mais).
Começam as reuniões por todo o lado. No Liceu Camões realizamos a primeira reunião de apoio ao Movimento. Vamos entregar à Junta de Salvação Nacional o nosso documento. Começamos a organizar-nos. Não paro mais. (30.4.74)»
Mário Dionísio, Passageiro clandestino

Neste final de tarde o Coro da Achada canta várias canções do seu repertório e há convívio – tragam um farnel para ajudar – como apetecer, que em cada esquina há um amigo.

 

13 a 15 de Abril: ‘Viagens na minha terra’ de Garrett por Eduarda Dionísio; oficina «O 25 de Abril que tenho na cabeça»; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘Os homens preferem as loiras’; o Coro da Achada canta em Alcochete; exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra» em Salvaterra de Magos

8 de Abril de 2013

Livros das nossas vidas ABRIL 13_Layout 1

VIAGENS NA MINHA TERRA DE GARRETT
Livros das nossas vidas
Sábado, 13 de Abril, 16h

Nesta sessão, Eduarda Dionísio vem falar-nos de Viagens na minha terra de Almeida Garrett.

33.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida», que começa assim: «Um homem lê, esquece, volta a ler, volta a esquecer ou não. De tudo isso que lhe fica? Deixem-me ver: D. Quixote, Os Lusíadas, Guerra e Paz, O Vermelho e o Negro? Ou, antes: A Divina Comédia, A Peregrinação, Viagens na Minha Terra, Ulysses, o Quarteto de Alexandria

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O 25 DE ABRIL QUE TENHO NA CABEÇA
Oficina
Domingo, 14 de Abril, das 15h30 às 17h30

E se em cada esquina houvesse outra vez um amigo? E se, com a ajuda de Zé d’Almeida, José Smith Vargas e Marta Caldas, com papel, cartão, cola, pincéis, lápis, tintas os fizéssemos e colocássemos em cada esquina? E se no fim, com a ajuda de Youri Paiva, fossemos fotografar as ruas e as esquinas cheias de amigos?
Quase 40 anos depois de uma data que às vezes se esquece

Depois de desenhados os amigos, vamos começar a construí-los.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingos 21 e 28 de Abril

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 15 ABR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
A arte de pintar de Tristan Klingsor
Segunda-feira, 15 de Abril, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão é termina a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Manuela Torres.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
O dinheiro de Marcel L’Herbier
Segunda-feira, 15 de Abril, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Os homens preferem as loiras (1953, 91 min.) de Howard Hawks. Quem apresenta é Gabriel Bonito.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

O CORO DA ACHADA CANTA EM ALCOCHETE
Casa do Povo, Alcochete
Sábado, 13 de Abril, das 15h

O Coro da Achada canta na Casa do Povo de Alcochete a convite desta associação.

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EXPOSIÇÃO «MÁRIO DIONÍSIO – VIDA E OBRA» EM SALVATERRA DE MAGOS
Centro de Interpretação e Educação Ambiental do Cais da Vala, Salvaterra de Magos
5 a 30 de Abril

A exposição itinerante «Mário Dionísio – Vida e Obra» vai inaugurar em Salvaterra de Magos, no Centro de Interpretação e Educação Ambiental do Cais da Vala.

A exposição, que esteve patente na Casa da Achada em 2011 – e que entretanto já passou por muitos sítios diferentes do país -, é composta por 13 painéis biográficos com textos, excertos de jornais, fotografias, reproduções de obras de arte, e outras informações sobre a vida e a obra de Mário Dionísio, nas suas mais diversas áreas.

 

9 a 11 de Março: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; Oficina «Make war with cartoons»; Leitura de ‘A arte de pintar’; Cinema com ‘Vigaristas de bairro’ de Woody Allen; Debate «Niemeyer, Brasília e a cidade moderna» da Unipop

5 de Março de 2013

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VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Sábado,  9 de Março, 16h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

Com esta exposição quisemos continuar a pôr à disposição das pessoas o espólio de Mário Dionísio. Desta vez, obras de arte que lhe foram oferecidas, quase todas por quem as fez. Juntam-se, assim, 28 artistas de características muito diferentes, disponibilizando uma «fatia» da arte portuguesa (e não só) do século XX, nem toda bem conhecida e parte dela esquecida.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, da autoria de desses 28 artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

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MAKE WAR WITH CARTOONS
Oficina
Domingo, 10, das 15h30 às 17h30

Continua neste domingo esta oficina para fazer cartoons combativos, com Zé d’Almeida.

Para todos a partir dos 16 anos. A oficina continua no domingo 17 de Março.

CARTAZ SEGUNDA 11 MAR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
A arte de pintar de Tristan Klingsor

Segunda-feira,  11 de Março, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Manuela Torres.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Vigaristas de bairro de Woody allen

Segunda-feira, 11 de Março, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Vigaristas de bairro (2000, 94 min.) de Woody Allen. Quem apresenta é Youri Paiva.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

E a Casa da Achada abre portas e cede a sua zona pública para…

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NIEMEYER, BRASÍLIA E A CIDADE MODERNA
Sábado, 9 de Março, 18h
Organizado pela Unipop

Com a participação de Ana Vaz Milheiro, Bruno Lamas, Jorge Figueira, Manuel Graça Dias e Tiago Mota Saraiva.

O nome de Óscar Niemeyer, recentemente desaparecido, é universalmente reconhecido como figura incontornável da arquitectura moderna. Esse reconhecimento deve-se sobretudo às obras projectadas para a cidade de Brasília no final da década de 1950. Brasília, por sua vez, pode ser considerada como o mais amplo e completo exemplo concretizado dos princípios funcionalistas do urbanismo e da arquitectura modernos, tal como foram estabelecidos pelos Congrès Internationaux d’Architecture Moderne (CIAM) nos anos 1920/30 e fixados na chamada «Carta de Atenas» (1933) por Le Corbusier.

Em conjunto, a obra e o percurso de Niemeyer, o plano e a construção de Brasília e os princípios do urbanismo e arquitectura modernos, podem de certo modo ser vistos como diferentes níveis de análise sobre o complexo papel social e político da teoria e prática arquitectónica moderna na história do século XX: as suas contradições e aporias, convergências e divergências, apologias e críticas. Se por um lado o movimento moderno tentou apresentar-se a maioria das vezes como um projecto exclusivamente técnico, por outro lado, sempre procurou fundamentar-se na ideia de uma transformação social total através da simples construção de novas formas urbanas e arquitectónicas, onde o exercício de arquitectura aparece como um exercício de «engenharia social». Ao mesmo tempo que se apresenta como um projecto apolítico e um «estilo internacional», vê-se progressivamente a participar na consolidação e auto-representação de diversos Estados-nação através de projectos-símbolo de modernização social. Se começa por ser uma síntese progressista entre as vanguardas artísticas e os avanços técnico-industriais da Europa Ocidental entreguerras, será apenas a partir da destruição da Segunda Guerra Mundial que terá oportunidade de execução prática e será nas fases de modernização atrasada dos países de passado colonial das décadas de 1950 e 1960 que realizará os projectos mais ambiciosos (Brasília, Chandigarh, Islamabad, etc).

No urbanismo e na arquitectura modernistas, e naturalmente também em Niemeyer e Brasília, cruzam-se assim de forma ambígua diversos temas do pensamento social, político e cultural moderno (utopia e ideologia, capitalismo e socialismo, revolução e reformismo, poder e dinheiro, política e arte, etc.), cruzamentos que observados retrospectivamente revelam problemáticas fundamentais, porventura ainda hoje longe de terem sido verdadeiramente ultrapassadas.

Mais do que uma evocação de Niemeyer ou uma discussão sobre o exemplo concreto de Brasília, a Unipop e a revista Imprópria propõem um debate que, partindo daí, aborde esses diversos cruzamentos sob a perspectiva da cidade moderna.

 

2 a 4 de Março: Oficina de cartoons; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘Khule Wampe’; ciclo de palestas sobre Mário Dionísio na Amadora

26 de Fevereiro de 2013

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MAKE WAR WITH CARTOONS
Oficina
Domingo, 3, das 15h30 às 17h30

Nos três primeiros domingos de Março vamos, com Zé d’Almeida, fazer cartoons, que também se combate assim.

Para todos a partir dos 16 anos. A oficina continua nos domingos 10 e 17 de Março.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 4 MAR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 4 de Março, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Manuela Torres.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 4 de Março, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Kuhle Wampe (1932, 71 min.) de Slatan Dudow, com argumento de Bertold Brecht e música de Hanns Eisler. Quem apresenta é Diana Dionísio.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz M. Dionísio
AS VÁRIAS FACETAS DE MÁRIO DIONÍSIO
Ciclo de Palestras
Sábado, 2 de Março, 14h30
Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos (Reboleira, Amadora)

No encerramento da exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra» na Biblioteca Piteira Santos, na Amadora, acontece um ciclo de palestras em jeito de maratona: Rui Canário fala sobre Mário Dionísio, o professor; Cristina Almeida Ribeiro sobre o escritor; Regina Guimarães sobre o pintor; e Eduarda Dionísio sobre o cidadão.

 

9 a 11 de Fevereiro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; Oficina para aproveitar materiais; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘Humberto D’

5 de Fevereiro de 2013

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VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Sábado, 9 de Fevereiro, 16h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio, da autoria de vários artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

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APROVEITAR OBJECTOS E MATERIAIS
Oficina
Domingo, 10 de Fevereiro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos de Fevereiro vamos, com Irene van Es, aproveitar objectos e materiais à volta de tecidos. «A vida é feita de pequenos nadas» e «quem tem duas mãos tem tudo. E ter uma é mais que nada».

Depois de na sessão passada termos construído móbils a partir de feltro, nesta sessão vamos construir pequenos bonecos a partir de tecidos e outros materiais.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos dias 17 e 24 de Fevereiro.

CARTAZ SEGUNDA 11 FEV 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 11 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 11 de Fevereiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Humberto D (1952, 80 min.) de Vittorio de Sica. Quem apresenta é João Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

19 a 21 de Janeiro: ‘Quarteto de Alexandria’ de Durrell por Francisco Louçã; Oficina de BD; leitura de ‘A arte de pintar’ de Klingsor; cinema com ‘Esplendor na relva’; Exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra» na Amadora; apresentação ‘Em trânsito, em morte’

15 de Janeiro de 2013

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LIVROS DAS NOSSAS VIDAS
O quarteto de Alexandria de Durrell
Sabádo, 19 de Janeiro, 16h

Nesta sessão Francisco Louçã vem falar-nos de Quarteto de Alexandria de Lawrence Durrell.

31.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

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OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 20 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. A oficina continua no domingo 27 de Janeiro.

CARTAZ SEGUNDA 21 JAN 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 21 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 21 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Esplendor na relva (1961, 124 min.) de Elia Kazan. Quem apresenta é João Pedro Bénard.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz M. Dionísio

EXPOSIÇÃO «MÁRIO DIONÍSIO – VIDA E OBRA» NA AMADORA
na Biblioteca Piteira Santos (Reboleira, Amadora)
de 18 de Janeiro a 2 de Março de 2013

A exposição itinerante «Mário Dionísio – Vida e Obra» vai inaugurar na Amadora, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos.

A exposição, que esteve patente na Casa da Achada em 2011 – e que entretanto já passou por muitos sítios diferentes do país -, é composta por 13 painéis biográficos com textos, excertos de jornais, fotografias, reproduções de obras de arte, e outras informações sobre a vida e a obra de Mário Dionísio, nas suas mais diversas áreas.

Inauguração: 18 de Janeiro, 18h

A inauguração conta com intervenções de Eduarda Dionísio e do presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Moreira Raposo. Também acontecem um conjunto de leituras de textos autobiográficos com projecção de imagens, «Mário Dionísio contado por Mário Dionísio», e canta o Coro da Achada.

No dia 2 de Março, a partir das 14h30, também acontece um ciclo de palestras sobre as várias facetas de Mário Dionísio (professor, escritor, pintor e cidadão), onde participam Rui Canário, Cristina Almeida Ribeiro, Regina Guimarães e Eduarda Dionísio.

CARTAZ EM TRANSITO, EM MORTE_LISBOA

APRESENTAÇÃO DO LIVRO
EM TRÂNSITO, EM MORTE DE IVO MARTINS
Sábado, 19 de Janeiro, 18h

A Casa da Achada recebe a apresentação do livro Em trânsito, em morte, de Ivo Martins, proposta pela editora 7Nós.

7 Nós acaba de publicar o título Em trânsito, em morte, de Ivo Martins, um autor que tem vindo a escrever regularmente sobre arte e jazz em diferentes publicações, mas que conhece com este livro a sua estreia editorial.

Uma luz branca, branca e densa, atravessa a todo o momento a leitura desta obra, não nos deixando escapar à ferida da lucidez.

Em trânsito, em morte é uma recolecção e justaposição de impressões, ideias, pequenas ficções, narrativas e digressões reunidas por contaminação num corpo discursivo de estatuto indefinido: nem “ensaio”, nem “romance”, nem “autobiografia”, nem “diário”. O tema deste livro é volátil e difuso – estamos perante uma escrita “sem assunto” e “sem tópico” que, profusa e expansiva, se ocupa de todos os grandes assuntos e grandes tópicos da hipercontemporaneidade (política, arte, sociedade) ao mesmo tempo que faz correr, em linhas paralelas, movimentos subterrâneos pelo interior de um espaço privado feito da solidão, dos impasses e micro-eventos da vida íntima e interior. O seu discurso surge-nos como a dissecação crítica, violenta e desassombrada, da realidade actual, elaborada a partir das fronteiras exíguas e claustrofóbicas de um apartamento suburbano, olhando para o exterior através das molduras das suas janelas e dos ecrãs de televisão. O sentimento específico do autor em relação ao real é, assim, perturbado e amplificado pela luz dos néons e da electricidade estática – símbolos de uma representação mediada (e, por conseguinte, não original) do mundo, que o distorce e submete a estratégias mitologizantes de alienação e a lógicas corruptas de comércio e mercado. A narrativa contida nesta obra desenha o mapa de uma viagem pela paisagem mental do contemporâneo, marcada pela devastação e, por vezes, por clarões pontuais e inesperados de beleza.

A publicação de Em trânsito, em morte apresenta aos leitores uma voz literária singular e introduz na frágil paisagem do pensamento crítico português, um inesperado exemplo de seiva crítica, exuberante e quase selvagem, impossível de ser catalogada ou enquadrada em qualquer corrente intelectual ou sistémica (académica, política ou literária).

«Começámos a aceitar servilmente este estado de coisas e, quando já não somos capazes de esboçar o mais pequeno gesto de recusa sobre a participação no lento processo de destruição em massa em que estamos envolvidos, encontramo-nos prontos a ser vítimas da exploração e de um esmagamento da individualidade, acompanhados da maior de todas as farsas. A democracia relativiza todas as formas de exploração que se assumem como a maior ignomínia do nosso tempo.»

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DIÁLOGOS URBANOS: RISCO E RESILIÊNCIA
Diálogo 2 – Espaços e Urbanidades – Os Silos do Intendente
Terça-feira, 22 de Janeiro, das 14h às 19h30

O IN+ – Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento do Instituto Superior Técnico, inserido no projecto Laboratórios na RUA, organiza este encontro onde pretende apresentar e discutir os projectos dos estudantes de Arquitectura do IST.

Consultar programa aqui.

 

13 a 14 de Janeiro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; oficina de BD; leitura de Klingsor; cinema com ‘Capitalismo – uma história de amor’ de Michael Moore

8 de Janeiro de 2013

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28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Visita guiada
Domingo, 13 de Janeiro, 11h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio, da autoria de vários artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

Cartaz Oficina BD JAN 13_cartaz paleta

OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 13 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. A oficina continua nos domingos 20 e 27 de Janeiro.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 14 JAN  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 14 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 14 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Capitalismo – uma história de amor (2009, 127 min.) de Michael Moore. Quem apresenta é António Loja Neves.

Para ver a restante programação do ciclo de cinema ver aqui.

 

IV FIM-DE-SEMANA DIFERENTE – 3 dias de vendas e não só – LIXO NA COZINHA; MÁSCARAS, PRISÕES, LIBERDADES E CIFRÕES; BALANÇO DE 2012. COMO FAZER EM 2013?; 28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO; O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS; CORO DA ACHADA; ENCONTRO COM UMA CIDADE QUASE ESQUECIDA

10 de Dezembro de 2012

FIM-DE-SEMANA DIFERENTE
3 dias de vendas e não só
Sexta-feira, 14 de Dezembro, das 15h às 20h

Sábado, 15 de Dezembro, das 11h às 20h
Domingo, 16 de Dezembro, das 11h às 20h

Acontece na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, entre 14 e 16 de Dezembro, o IV Fim-de-semana diferente: três dias de vendas (obras de arte, livros, discos, objectos) para angariação de fundos para a continuidade da Casa da Achada. E é diferente porque comprar e vender é, neste fim-de-semana, importante.

São três dias com muitas coisas diferentes a acontecer: lançamentos, conversas, visitas e oficinas.

Podem vir para ver o que nem sempre se vê. Conviver como nem sempre se faz. Ouvir o que nem sempre se ouve. Falar com quem nem sempre se está. Comprar (barato) o que nem sempre se encontra. Petiscar o que houver.

Programa (ver abaixo programa detalhado):
Sexta-feira, 14 de Dezembro
18h: LIXO NA COZINHA
– Lançamento do livro O lixo da cozinha, resultado da oficina «Inventar fabricando ou as mãos sujas», orientada por Pierre Pratt, com textos de Filomena Marona Beja.

Sábado, 15 de Dezembro
15h: MÁSCARAS, PRISÕES, LIBERDADES E CIFRÕES
– Lançamento e debate das intervenções no 3º aniversário da Casa da Achada sobre a sociedade, a actividade cultural e a arte que temos, não temos, desejamos ou sofremos.
18h: BALANÇO DE 2012. COMO FAZER EM 2013?
– Reunião anual dos Amigos da Casa da Achada, aberta ao público.

Domingo, 16 de Dezembro
11h: 28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
– Visita guiada à exposição por Eduarda Dionísio.
15h30: O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS
Oficina orientada por Irene van Es e Lena Bragança Gil.
18h: CORO DA ACHADA
– actuação com novas e menos novas canções.

Exposições:
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
– A exposição junta mais de quarenta obras plásticas de vários artistas do século XX, contemporâneos de Mário Dionísio.
ENCONTRO COM UMA CIDADE QUASE ESQUECIDA
(últimos dias), exposição de fotografia documental organizada pelo MEF – Movimento de Expressão Fotográfica.

Programa detalhado:

Sexta-feira, 14 de Dezembro
18h: LIXO NA COZINHA – Lançamento do livro O lixo da cozinha, resultado da oficina «Inventar fabricando ou as mãos sujas», orientada por Pierre Pratt, com textos de Filomena Marona Beja.

E diz o Pierre, sobre o livro: As imagens e os textos deste livro foram criados num atelier dominical dirigido por Pierre Pratt na Casa da Achada durante os meses de Agosto e Outubro de 2012.
O encontro da tarde chamou-se «Sujar as mãos» e todos sujaram todas as mãos como devia ser para chegar a este resultado inspirado, bonito e nada sujo.
Pierre agradece a todos os participantes que passaram por lá sem medo, e especialmente a Filomena Marona Beja que aceitou logo sujar também as teclas do seu computador. Obrigado também ao Youri que também sujou as lentes da sua máquina com com muito talento.

para crianças e não só, 36pp. preço: 5€

Sábado, 15 de Dezembro
15h: MÁSCARAS, PRISÕES, LIBERDADES E CIFRÕES
– Lançamento da brochura e debate das intervenções no 3º aniversário da Casa da Achada sobre a sociedade, a actividade cultural e a arte que temos, não temos, desejamos ou sofremos.

Os textos aqui reunidos correspondem a 20 intervenções feitas no dia 29 de Setembro de 2012, numa sessão a que muita gente assistiu e que assinalou o 3º ano de abertura ao público da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Durou das três e meia às sete e meia da tarde. A ordem em que aparecem aqui é a mesma que aconteceu na sessão. Cada um dos convidados foi pedindo a palavra.
Estava prevista a publicação das intervenções. A tentativa de um «primeiro manifesto». A várias vozes.
Os textos são agora ponto de partida para um debate de questões que nos afligem e que se estenderá a todos os que quiserem entrar nele, tenham ou não intervindo na «maratona» de 29 de Setembro.

Participaram: Ariana Furtado, João Rodrigues, Miguel Serras Pereira, Pedro Rodrigues, Regina Guimarães, Luís Miguel Cintra, Miguel Castro Caldas, Luiz Rosas, António Loja Neves, Rui Canário, Maria Alzira Seixo, Pitum Keil do Amaral, Diana Dionísio, Pedro Soares, Youri Paiva, Saguenail, Rui-Mário Gonçalves, Natércia Coimbra, Maria João Brilhante, Vítor Silva Tavares.

para continuar a pensar e a falar pelos meses fora
preço: o que cada comprador entender que deve dar

Sábado, 15 de Dezembro
18h: BALANÇO DE 2012. COMO FAZER EM 2013?
– Reunião anual dos Amigos da Casa da Achada, aberta ao público.

A reunião de Amigos está convocada – e é aberta a todos, mesmo aos que não se fizeram (ainda) Amigos da Casa da Achada mas que por cá apareçam.
É importante para a sobrevivência da Casa da Achada, falarem e proporem os que estão mais ligados a ela: sobre o que se fez (e não fez) e sobre o que se poderá continuar a fazer com os poucos meios que temos. E são também importantes, é claro, as ajudas.
Por isso, apelamos às vossas (boas) vontades, e saberes, e experiências, e desejos.
Gostaríamos muito que todos os Amigos da Casa da Achada pudessem aparecer no Fim-de-Semana Diferente, pelo menos para participar nesta reunião anual, com ideias, com críticas, com sugestões, com opiniões.

Ler aqui o texto completo da convocatória.

Domingo, 16 de Dezembro
11h: 28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
– Visita guiada à exposição por Eduarda Dionísio.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio, da autoria de vários artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

 

 

 


Domingo, 16 de Dezembro
15h30: O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS
Oficina orientada por Irene van Es e Lena Bragança Gil.

Nesta última oficina deste ano vamos meter as mãos à obra e fazer prendas, brincar com os materiais que há à nossa volta: frascos, tintas, cartões, tecidos, botões, caixas de ovos, madeiras, e por aí fora…


 

 

 

 

 

 

 

Domingo, 16 de Dezembro
18h: CORO DA ACHADA
– actuação com novas e menos novas canções.

O Coro da Achada nasceu em Junho de 2009. Quando se pensava em convidar um coro para cantar na abertura da Casa da Achada, alguém provocou «Porque não fazemos nós um coro?». E fizemos mesmo. Começou a funcionar todas as quartas-feiras às 21h30.

Avançámos com a ideia de um coro que cantasse canções com textos do Mário Dionísio e outras: canções de luta de todo o mundo e de épocas diferentes (na língua original ou traduzidas), algumas canções populares portuguesas, canções pouco cantadas, canções que por alguma razão nos entusiasmam e nos libertam.

Exposições:
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
– A exposição junta mais de quarenta obras plásticas de vários artistas do século XX, contemporâneos de Mário Dionísio.

ENCONTRO COM UMA CIDADE QUASE ESQUECIDA (últimos dias), exposição de fotografia documental organizada pelo MEF – Movimento de Expressão Fotográfica.

 

1 a 3 de Dezembro: Oficina «O natal está nas nossas mãos»; leitura de Georg Schmidt; cinema com

29 de Novembro de 2012

OFICINA O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS
Domingo, 2 de Dezembro, das 15h30 às 17h30

Nesta última oficina deste ano vamos meter as mãos à obra e fazer prendas, brincar com os materiais que há à nossa volta: frascos, tintas, cartões, tecidos, botões, caixas de ovos, madeiras, e por aí fora…
Nesta primeira sessão, com Irene van Es e Lena Bragança Gil, vamos pintar pequenos objectos de gesso.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingos 9, 16 e 23 de Dezembro.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 3 de Dezembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia. Quem lê é Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 3 de Dezembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Morte em Veneza (1978, 117 min.) de Luchino Visconti, a partir da obra de Thomas Mann.
Quem apresenta é Gabriel Bonito.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

EXPOSIÇÃO «MÁRIO DIONÍSIO – VIDA E OBRA» NO PORTO
de 1 a 15 de Dezembro | inauguração: 1 de Dezembro, 16h
Duas de Letra, Porto

A Casa da Achada vai pela primeira vez ao Porto! Na galeria café Duas de Letra apresenta a exposição itinerante «Mário Dionísio – Vida e Obra», composta por 13 painéis biográficas com reprodução de documentos, obras de arte e várias informações. Na inauguração canta o Coro da Achada.

 

Reportagem do Câmara Clara sobre a exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»

21 de Novembro de 2012

O Diário Câmara Clara visitou a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio para conhecer e mostrar a exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa».

A reportagem, que passou na RTP2 no passado 19 de Novembro, pode ser vista aqui: http://www.rtp.pt/play/p213/e99528/diario-camara-clara

 

15 a 19 de Novembro: «Direis que não é poesia» com Nuno Moura e João Manso; oficina da música às palavras; leitura de «Lições do passado» de Schmidt; cinema com ‘Assassinos’; exposição de fotografia «Encontro com uma cidade quase esquecida»; UNIPOP na Achada

16 de Novembro de 2012

DIREIS QUE NÃO É POESIA
um improviso à volta de Mário Dionísio
Sexta-feira, 16 de Novembro, 18h

Neste improviso à volta de Mário Dionísio vamos contar com as leituras de Nuno Moura acompanhadas pelo baixo de João Manso.

«Direis que não é poesia» é uma rubrica de espectáculos que já teve seis sessões na Casa da Achada. Desafiámos e desafiaremos pessoas e grupos de pessoas para não fazerem, a partir da poesia de Mário Dionísio, simples recitais mas sim criarem novos objectos: música, dança, vídeo, leituras encenadas, pintura…

O meu galope é em frente

Direis que não é poesia
e a mim que importa?

Eu canto porque a voz nasce e tem de libertar-se.
E grito porque respondo
às lanças que me espetam
e aos braços que me chamam
E porque, dia e noite, minhas mãos e meus olhos,
por estranhas telegrafias,
dos cantos mais ignotos
e das ilhas perdidas
e dos campos esquecidos
e dos lagos remotos,
e dos montes,
recebem longas mensagens e comunicações:
para que grite e cante.

O meu grito e meu canto é a voz de milhões.

Por isso que me importa?
Eu canto e cantarei o que tiver a cantar
e grito e gritarei o que tiver a gritar
e falo e falarei o que tiver a falar.

Direis que não é poesia.
E a mim que importa
se eu estou aqui apenas para escancarar a porta
e derrubar os muros?
E a mim que importa
se vós sois afinal o que hei-de ultrapassar
e esmigalhar
em nome
de todos os futuros?

Eu sigo e seguirei.
como um doido ou um anjo,
obstinado e heróico a caminho de nós
em palavras e acções
Por todos os vendavais
e temporais
e multidões
nos cantos mais ignotos
e nas ilhas perdidas
e nos campos esquecidos
e nos lagos remotos
e nos montes
– por terra, mar e ar.

Direis que não é poesia
e a mim que importa!
Convosco ou não, meu galope é em frente.
Pertenço a outra raça, a outro mundo, a outra gente.

É andar, é andar!

Mário Dionísio, 1943

OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS
Domingo, 18 de Novembro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 19 de Novembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 19 de Novembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Assassinos (1946, 103 min.) de Robert Siodmak, a partir da obra de Ernest Hemingway.
Quem apresenta é João Pedro Bénard.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

e nesta semana também recebemos duas actividades organizadas por duas associações:

 

EXPOSIÇÃO «ENCONTRO COM UMA CIDADE QUASE ESQUECIDA»
12 de Novembro a 15 de Dezembro

O terraço da Casa da Achada recebe esta exposição de fotografia documental, organizada pelo MEF – Movimento de Expressão Fotográfica, com fotografias do bairro da Mouraria. Participam os fotógrafos Luís Rocha, Anna de Amorim, Tânia Araújo, Bitina Santos, João Carlos Neves, Nuno Morais e Rute Martins.

Pode-se considerar fotografia documental a que constitui uma relação com a realidade, a que documenta as condições e o meio em que se desenvolve o homem, tanto de uma forma individual como social.
Através da realização de um workshop de fotografia documental, o Movimento de Expressão Fotográfica lançou o desafio para uma interpretação de um bairro de Lisboa, o Bairro da Mouraria foi o eleito. Este desafio surge com a intenção de construir uma equipa de fotógrafos para realizarem um documentário fotográfico sobre o bairro e constituírem a apresentação final do trabalho, realizada em local público, devolvendo desta forma as imagens à população que foi registada.
A exploração fotográfica em que consiste «Encontro Com Uma Cidade Quase Esquecida» aponta directamente para um documentário sócio-cultural ilustrando o modo de vida da população local.

A exposição está integrada 12ª Bienal de Vila Franca de Xira.

 

UNIPOP NA ACHADA
Sábado, 17 de Novembro, a partir das 15h

Durante a tarde e a noite deste sábado recebemos várias sessões organizadas pela UNIPOP.

Programa:
15h-16h45: Conversa sobre Memória e Historiografia, em torno do livro O passado, modos de usar, de Enzo Traverso (edições Unipop, 2012)
Com Sérgio Campos Matos, Ângela Cardoso, Mariana Pinto dos Santos e moderação de José Neves

16h45: Apresentação do novo website da Unipop

17h-18h45: Conversa sobre Globalização, Migrações e Estado-nação, em torno dos livros Direito de fuga, de Sandro Mezzadra (edições Unipop, 2012), e Quem canta o Estado-nação?, de Judith Butler e Gayatri Spivak (edições Unipop, 2012)
Com Nuno Dias, Manuela Ribeiro Sanches, Nuno Nabais e moderação de Bruno Peixe Dias

21h30: Debate sobre «Futuro», pela ocasião do lançamento do n.º 2 da revista Imprópria (Unipop + Tinta-da-China)
Com Golgona Anghel, António Guerreiro, Nuno Ramos de Almeida, José Bragança de Miranda, Tiago Carvalho, José Luís Garcia e moderação de Miguel Cardoso

Ver aqui mais informações.

 

10 a 12 de Novembro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; oficina da música às palavras; leitura de ‘Lições do passado’; cinema com ‘Os indiferentes’.

9 de Novembro de 2012

VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Sábado, 10 de Novembro, 16h

Após ter sido inaugurada no passado 29 de Setembro, vamos ter a primeira visita guiada, por Eduarda Dionísio, à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa».

A exposição junta mais de quarenta obras plásticas de vários artistas do século XX: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Resende, Lima de Freitas, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS – II
Domingo, 11 de Novembro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 12 de Novembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 12 de Novembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Os indiferentes (1964, 84 min.) de Francesco Maselli, a partir da obra de Alberto Moravia.
Quem apresenta é Gabriel Bonito.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

3º Aniversário da Casa da Achada

25 de Setembro de 2012

3º ANIVERSÁRIO DA CASA DA ACHADA
Sábado, 29 de Setembro, a partir das 15h

Nesta data faz 3 anos que a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio abriu as portas a toda a gente, e faz 4 anos que se formou como associação. É um dia como os outros, mas também um dia especial, e por isso será um dia preenchido com discussões, coisas novas para ver e ouvir.

Às 15h começa uma maratona de intervenções de amigos e colaboradores da Casa da Achada sobre a sociedade, a actividade cultural e a arte que temos, não temos, desejamos ou sofremos, a que chamámos «Máscaras, prisões, liberdades e cifrões».

Quem vai tomar a palavra: Ariana Furtado, António Loja Neves, Diana Dionísio, João Rodrigues, Jorge Silva Melo, Luis Miguel Cintra, Luiz Rosas, Maria Alzira Seixo, Maria João Brilhante, Miguel Castro Caldas, Miguel Serras Pereira, Natércia Coimbra, Pedro Rodrigues, Pedro Soares, Pitum Keil do Amaral, Regina Guimarães, Rui Canário, Rui-Mário Gonçalves, Serge Abramovici (Saguenail), Vítor Silva Tavares, Youri Paiva.

Depois das discussões é altura, pelas 19h, de olhar com maior atenção para a exposição que vamos inaugurar neste dia: «Artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa». Nesta exposição mostramos obras de artistas de várias correntes, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio e que lhe foram oferecidas-

A exposição conta com obras de Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

À noite, às 21h, vamos ouvir o Coro da Achada cantar, incluíndo algumas canções novas a partir de poemas de Mário Dionísio.

MÁSCARAS, PRISÕES, LIBERDADES E CIFRÕES
Sábado, 29 de Setembro, às 15h

Maratona de intervenções de amigos e colaboradores da Casa da Achada sobre a sociedade, a actividade cultural e a arte que temos, não temos, desejamos ou sofremos.

Ponto de partida:
No dia 29 de Setembro a Casa da Achada vai fazer 3 Anos. Em torno do espólio de Mário Dionísio, partindo da sua obra de escritor, pintor, professor, da sua atitude perante a vida e da sua relação com o mundo e com os outros, da obra de outros artistas seus amigos, da quantidade de temas de toda a ordem e de questões que a sua obra convida a pensar e repensar, muita coisa se passou na Casa da Achada com mais ou menos gente presente, mais ou menos interesse, sempre com esforço, mas com muita alegria de trabalhar e de juntar pessoas. É com algum orgulho e até alguma surpresa que nos damos conta do que se fez em 3 anos e da quantidade de gente de áreas diferentes que por aqui passou, participou, se conheceu.

Independentemente da natureza de cada uma das realizações e sem pensar muito nisso, a própria Casa acaba por definir uma «personalidade própria», uma maneira de estar na chamada Cultura que é afinal aquilo que reúne tanta gente diferente e que em tudo se opõe ao «mercado cultural» que, com crise ou sem crise, vai minando a própria ideia, função e lugar da arte, do conhecimento, do pensamento, do prazer, na vida das pessoas, tudo englobando na lógica do dinheiro ou da falta dele. Sentimos que uma das razões principais por que as pessoas gostam de cá vir é justamente por este espaço ser uma ilha de «civilização» no supermercado cultural, e corresponder de forma espontânea e natural afinal a um sentimento político comum a tanta gente, que aqui se sente bem, a uma verdadeira necessidade de encontrar cúmplices de oposição à lógica tecnocrática, inculta, mercantilista, desumana, em que o sistema político em que vivemos nos quer prender.

A «crise» está a tornar em fatalidade uma barbárie que muita gente recusa, e que é decorrente do próprio sistema de valores sobre o qual a sociedade agora se rege; o tema da própria progressiva desresponsabilização do Estado pela actividade cultural muitas vezes encobre a interiorização na vida artística dos critérios de mercado ou a ignorância a que os sistemas educativos condenam a actividade intelectual.

Já que a Casa da Achada tem juntado tanta gente solidária neste sentimento de oposição, pensámos que seria oportuno celebrar os seus 3 anos de existência com uma tomada de posição, uma tentativa de primeiro manifesto. Pensámos que podíamos programar uma maratona de pequenas intervenções de 10 minutos de colaboradores da Achada, pessoas de muitas áreas diferentes e de diferentes idades, em que, cada um à sua maneira desse conta do mal-estar que sente na vida cultural, fizesse um diagnóstico de erros, desse sugestões, falasse das relações do dinheiro com a prática, das aspirações, dos problemas de formação artística, de cultura e educação, cultura e escola, desencantos e alegrias, formas de organização. Gostaríamos de reunir testemunhos pessoais ou colectivos, pequenos textos que no seu conjunto acabassem por dar conta de como a vida política afecta a actividade cultural e como a vida cultural pode ou não influenciar a vida política nesta já segunda década do século XXI e ser ela própria actividade política prioritária. Com o mesmo carácter livre e espontâneo com que tanta gente tem colaborado nas actividades da Casa, seria uma tentativa de prestar testemunho de como na Casa da Achada existe, em cada momento de trabalho, em cada conversa, em cada sessão em que participamos, um ideal de vida que é contrário ao que as democracias europeias estão a querer solidificar mas que gostaríamos que cada vez mais recusassem.

A Casa da Achada não corresponde a nenhum dos modelos culturais previstos. Em vez de isso nos empurrar para uma atitude defensiva, gostaríamos de a afirmar como vontade de criação de um espaço de combate ou de afirmação de alternativas. Desafiamo-lo a ser um dos que na tarde de dia 29 tomasse a palavra. A ideia seria dedicar a tarde a essa sequência de intervenções e conseguir depois editar como livrinho esse conjunto de textos. Jantaríamos por lá e ainda cantaria o Coro da Achada.

EXPOSIÇÃO: ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
pintura e desenho do século XX
Sábado, 29 de Setembro, inauguração às 19h

Com esta exposição quisemos continuar a pôr à disposição das pessoas o espólio de Mário Dionísio.
Desta vez, obras de arte que lhe foram oferecidas, quase todas por quem as fez.
Juntam-se, assim, 28 artistas, todos do século xx, de características muito diferentes. O que têm em comum é terem vindo das paredes (poucos das gavetas) de uma mesma casa: a de Mário Dionísio e de Maria Letícia, na Av. Elias Garcia, em Lisboa. E quase todas ficaram emolduradas como estavam lá.
Por isso, chamámos a esta mostra reconstituição das paredes duma casa. O que não é bem verdade: algumas (poucas) obras têm molduras novas; havia nessa casa muitas outras peças nas paredes, nomeadamente quadros de Mário Dionísio; não estavam dispostas lá como nos pareceu interessante fazer aqui.

É que, além de disponibilizar uma «fatia» da arte portuguesa (e não só) do século xx, nem toda bem conhecida e parte dela esquecida, quisemos organizá-la de forma a que se entendessem as (diferentes) relações de Mário Dionísio com os seus autores. Ou seja, porque é que teriam ido parar àquela casa e porque é que Mário Dionísio as teria tido sempre diante dos olhos, nalguns casos a vida inteira.
– Os três diabos em pessoa(s) são, como lhes chama Mário Dionísio, os responsáveis por esse «novo amor» (a pintura) que nasceu nele nos primeiros anos 40: Álvaro Cunhal, José Huertas Lobo e António Augusto de Oliveira, cabo-verdiano (havemos de conseguir mais informações sobre ele).
– As Exposições Gerais de Artes Plásticas – uma luta contra a ditadura é a secção maior: reúne obras (de características muito diversas) de companheiros (de várias idades, de várias estéticas») dessas exposições de que Mário Dionísio foi em 1946 um dos principais responsáveis e que abandonou antes do fim, em 1954. E dois deles faltam aqui: foram parar à secção «Os quatro júlios» (José Júlio e Júlio Pomar).
– Encontros em Paris – que realismos? só inclui estrangeiros, encontrados «fora de portas», todos eles entrevistados por Mário Dionísio (as entrevistas com Portinari não estão editadas em Encontros em Paris), pouco tempo antes de a «polémica do neo-realismo» rebentar nas páginas da Vértice.
– Os quatro júlios junta quatro pintores sobre os quais Mário Dionísio escreveu mais do que sobre muitos outros, mesmo quando as coincidências de linguagem e os itinerários políticos não pareciam grandes (Júlio, Júlio Resende). Nos quatro casos, interesse e admiração bem à vista, da sua parte.
– Encontros vários é o conjunto mais ecléctico e talvez invulgar: nasceu da multiplicidade de encontros de que as vidas se fazem. Quase nenhum de «acaso» – cumplicidades literárias e/ou artísticas totais, ou prolongadas ou ocasionais, encontros de férias, familiares, de trabalho, editoriais…
Destes aqui reunidos Mário Dionísio só não terá conhecido António Cunhal.

Muitos dos artistas presentes nestas paredes são «amadores». Os tais que «entre outras coisas, pintam». Como Mário Dionísio.
Foi para a Casa da Achada um desafio bem grande pôr lado a lado obras dessas gentes várias (maravilhadas com o mundo e maravilhosas nas suas vidas e nas suas artes) e obras de pintores «profissionais», alguns deles com lugar na História da Arte (até mundial) e outros que poderão vir a tê-lo – em breve ou daqui a muito tempo. Sabe-se lá.

CANÇÕES PELO CORO DA ACHADA
Sábado, 29 de Setembro, às 21h

O Coro da Achada nasceu em Junho de 2009. Pensou-se convidar um coro para cantar na Semana de Abertura do Centro Mário Dionísio (entre 29 Setembro e 5 de Outubro de 2009). Alguém provocou: «Porque é que não fazemos nós um coro?» E fizemos mesmo. Começou a funcionar todas as quartas-feiras às 21h30. O Centro Mário Dionísio ainda não estava aberto ao público, começámos a ensaiar ainda com as obras a decorrer.

Avançámos com a ideia de um coro que cantasse canções com textos do Mário Dionísio e outras: canções de luta de todo o mundo e de épocas diferentes (na língua original ou traduzidas), algumas canções populares portuguesas, canções pouco cantadas, canções que por alguma razão nos entusiasmam e nos libertam.

Para o 3º aniversário da Casa da Achada, o Coro da Achada preparou novas canções, para além das que já existem no seu repertório, a partir de poemas de Mário Dionísio, Carlos de Oliveira e José Gomes Ferreira.

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020