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Arquivo para a categoria ‘Palavras que o vento não levará’

 

Memória duma Kantata…

14 de Junho de 2020

A partir de agora está disponível na internet o vídeo feito por Margarida Rodrigues para os 10 anos da Casa da Achada, lembrando a Kantata d’Algibeira, essa incrível caminhada que fizemos em 2013 com a Margarida Guia, e tantos mais, e que teve como uma de várias consequências o nascimento do Grupo de Teatro Comunitário da Casa da Achada.

Vídeo realizado a partir de registos sonoros e imagens de arquivo.
Registos vídeo de Paulo B. Menezes(e também de Youri Paiva, F. Pedro Oliveira, David Deboudt e Rémi Gelin) e registos sonoros de Margarida Guia.
Montagem: Margarida Rodrigues; Pós-produção áudio: Artur Moura.
(2019)

Kantata de Algibeira (2013)
Texto de Regina Guimarães
Música de João Paulo Esteves da Silva
Direcção de voz e sonoplastia de Margarida Guia
Assistência de direcção de F. Pedro Oliveira
Produção Casa da Achada e Pedro Soares

Vozes em palco: Adeline Silva, Amália Rodrigues, Ana Paula Silva, Ana Paula Sousa, Anália Gomes, André Cristiano Silva, Ângelo Teixeira, Antero Almeida, Catarina Letria, Cláudia Oliveira, Conceição Lopes, Conceição Rodrigues, Daniel Vieira, Diana Dionísio, Ema Palácios, Ermelinda Rodrigues, Francisco d’Oliveira Raposo, Françoise Bourchenin, Gracinda Gregório, Hélder Gomes de Pina, Helena Barradas, Humberto Delgado, Irene van Es, Isabel Cardoso, Isabel Pinto, José Costa, José Daniel Caldeira, José Fava Fernandes, Leonel Limão, Leonilde Oliveira, Leonor Duarte, Luísa Mendonça, Manuel Beirão, Manuela Sacarrão, Margarida Rodrigues, Maria Batista Bastos, Maria Beatriz, Maria Clara Carvalho, Maria de Lourdes Correia, Mariana Oliveira, Nazaré Silva, Rubina Oliveira, Rui Carvalho, Sónia Gabriel, Susana Baeta, Teresa Caldas, Vera Baeta.

SOBRE A KANTATA DE ALGIBEIRA

Mas porque é que livros, canetas, vozes, palcos, telas, lugares com histórias das cidades estão confinados a uns quantos? E tantos, tantos outros nem se atrevem? E a muitos nem lhes passa pela cabeça que a sua palavra possa não ser levada pelo vento…

Um projecto chamado palavras que o vento não levará pôs a Casa da Achada-Centro Mário Dionísio (com apoio do PDCM) a ver se seria possível contrariar esta lei que dizem ser obra do «destino». Será?

Nessas Palavras que o vento não levará este coro de vozes faladas e também cantadas que hoje está aqui tem ocupado um lugar central.

A ideia nasceu dum espectáculo que inaugurou em 2010 o Festival de Música de Saint-Riquier (norte da França), posto de pé pelo Cardan, associação contra a iliteracia que trabalha em Amiens, com muitos «zangados com a leitura» dentro. Chamou-se Philharmonique des mots – texto da escritora Marie Desplechin, música do compositor Nicolas Frize, que dirigiu o espectáculo, feito com vozes de toda a gente e dois instrumentos.

Kantata de algibeira não é uma cópia de Philharmonique des mots. Será antes uma continuação a uns quilómetros de distância. Práticas de lá, práticas de cá, práticas de todos os que aqui dão aos outros o que é seu.

Um assunto «universal» e preocupante para (quase) toda a gente – o dinheiro – que Regina Guimarães transformou em escrita, pensada e fabricada para se tornar som.

Um trabalho bem concreto, a partir do texto e das pessoas que quiseram entrar nesta (e das suas vozes), que um músico que sabe e quer, chamado João Paulo Esteves da Silva foi fazendo à vista das pessoas.

Mil ciclópicos trabalhos de Margarida Guia, vinda de Bruxelas e radicada em Lisboa durante mais de três meses para conseguir o que mais ninguém conseguiria, se calhar: horas de gravações de sons da cidade e sua montagem, conversas pelas ruas e pelas leitarias, muitas dezenas de sessões em centros sociais e de dia, ATLs e escolas dos arredores da Casa da Achada e na Casa da Achada, misturando vozes graves e agudas, abertas e fechadas, longas e breves, solos e coros, mais a música nascida num piano. Com as ajudas inestimáveis de F. Pedro Oliveira e de Pedro Soares.

Estão agora aqui gentes de muitas idades e formações, de vidas várias, que se quiseram juntar para que estas palavras sonoras fossem suas, pelo menos no Dia Mundial da Música. E para que outros as ouvissem. E pensassem. Ou seja, para que o vento não as levasse. Pelo menos para já.

Casa da Achada-Centro Mário Dionísio
2013

 

28 a 31 de Julho

24 de Julho de 2013

Cartaz Oficina JUL-AGO13_cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingo, 28 de Julho, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina vamos, com Margarida Guia, falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.
Continua todos os domingos de Julho e Agosto.

CARTAZ SEGUNDA 29 JULHO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Iniciação estética de Cochofel
Segunda-feira, 29 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão  Eduarda Dionísio introduz a leitura, com projecção de imagens, de Iniciação estética de João José Cochofel.

«Diante de um quadro, ao escutarmos um trecho musical, quando lemos um livro ou nos alheamos na simples contemplação de uma paisagem, se embora de um modo obscuro pressentimos que tais exercícios vieram, eficazmente, convincentemente, acrescentar algo de novo, de inesperado, de estimulante, à nossa experiência da vida, se alvoroçadamente descobrimos no nosso íntimo que vieram alargar ao mesmo tempo as nossas faculdades de sentir e de compreender, é à palavra belo que recorremos para classificar o objecto que de tão singular maneira se impôs à nossa atenção. Um objecto do qual nada esperávamos que servisse o nosso conhecimento do mundo ou ajudasse a resolver as nossas mais instantes dificuldades quotidianas, cujo valor útil e prático ignorávamos, e que no entanto ali nos retém presos nas invisíveis malhas que todavia o ligam à condição humana de conhecer e agir»
José João Cochofel, na introdução de Iniciação estética

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Ultrapassagem de Dino Risi
Segunda-feira, 29 de Julho, 21h30

Nesta segunda-feira projectamos, ao ar livre, Ultrapassagem (Il sorpasso, 1962, 105 min.) de Dino Risi. Quem apresenta é Fernando Nunes.

Cartaz Encontros de Leitores5_Layout 1

ENCONTRO DE LEITORES
Quarta-feira, 31 de Julho, 14h30

Neste mês recebemos o escritor Nuno Milagre que vai pôr toda a gente a ler e a falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. E procurar nas estantes da Biblioteca da Achada, levar livros para ler em casa. E passar aos outros o que sim, o que não.

Inaugurámos os Encontros de Leitores, do projecto «Palavras que o vento não levará», em Janeiro. Continuam todas as últimas quartas-feiras de cada mês.

 

26 de Junho a 1 de Julho

26 de Junho de 2013

4º Encontro de leitores JUN 13

ENCONTRO DE LEITORES
Quarta-feira, 26 de Junho, 14h30

Neste mês recebemos o escritor José Mário Silva que vai pôr toda a gente a ler e a falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. E procurar nas estantes da Biblioteca da Achada, levar livros para ler em casa. E passar aos outros o que sim, o que não.

Inaugurámos os Encontros de Leitores, do projecto «Palavras que o vento não levará», em Janeiro. Continuam todas as últimas quartas-feiras de cada mês.

GREVE GERAL
Quinta-feira, 27 de Junho

Em virtude da Greve Geral, a Casa da Achada encerra na quinta-feira.

Histórias JUN 13

OS TIROS DE SARAJEVO
histórias da História
Sexta-feira, 28 de Junho, 18h

Nesta sessão vamos falar sobre os tiros de Sarajevo – o começo da era moderna, a 28 de Junho de 1914, com Sebastião Lima Rego. Os tiros de Sarajevo resultaram no assassinato do arquiduque Francisco Fernando e teve grande influência no início da I Guerra Mundial.

Neste ciclo, «histórias da História», conversaremos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris, sobre as «aparições» de Fátima, sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira e sobre a Independência da Guiné, sobre o golpe em Espanha em 1981, sobre os derrotados no 25 de Abril de 1974.

OFICINA JUN 2013

FAZER O QUE PRESTA A PARTIR DO QUE NÃO PRESTA
Oficina com Eupremio Scarpa
Domingo, 30 de Junho, das 15h3o às 17h30

Nestes três últimos domingos do mês, com Eupremio Scarpa, vamos imaginar e construir sem desperdiçar com materiais baratos, reutilizar e reciclar o que parece que já não serve para nada. Na última sessão vamos fazer pins e outros objectos.

Para todos a partir dos 6 anos.

cartaz segunda 1 JULHO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 1 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Gonçalo Lopes, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
As férias do sr. Hulot de Jacques Tati
Segunda-feira, 1 de Junho, 21h30

Começa, nesta segunda-feira, o ciclo de cinema ao ar livre, na Rua da Achada, «Férias na Achada». Projectamos As férias do sr. Hulot (1953, 114 min.) de Jacques Tati. Quem apresenta é João Rodrigues

As férias não são tão velhas como o mundo. Antes de começarem a regular os calendários, quem as gozava eram os que não viviam do trabalho e não precisavam de «descansar», mas podiam «mudar de ares» e fazer «vilegiaturas». No século XX, as férias mudaram de figura: foram uma conquista dos trabalhadores e um direito (con)sagrado.
Hoje são «matéria» do comércio e da indústria – «turismo», agências de viagens… E cada vez mais «repartidas». E há cada vez menos «férias»: se não há trabalho, ou se o trabalho é precário, e sem contrato, como pode haver «férias»?
As antigas férias (como os «fins-de-semana», os feriados e as suas «pontes»), conquistadas aos patrões, enquanto terreno da «felicidade» vinda do «não fazer nada», do «não obrigatório», do tempo «livre», têm sido tema e lugar da literatura, da pintura, do teatro, do cinema. Férias desejadas, idealizadas, aproveitadas, e também malbaratadas, desgraçadas. São um tempo com lugares, hábitos e rituais próprios, e paixões, dramas, tragédias e comédias que o «ócio» pode tornar diferentes ou ampliar. São espelho duma sociedade, é claro.
O filme mais antigo deste ciclo, Passeio ao campo de Renoir, começou a ser rodado em 1936, ano determinante na vida dos assalariados franceses: milhões de operários partiram pela primeira vez para as praias, sem perderem o salário dos 15 dias em que não trabalhavam. Vários filmes deste ciclo são dos anos 50. E, ao contrário do que tem acontecido com outros ciclos, não há nenhum do século XXI. Por alguma razão será.
Um ciclo dedicado sobretudo aos que (já) não têm férias e que as poderão ter aqui, olhando para as férias dos outros, uma noite por semana, ao ar livre, enquanto é verão.

 

20 a 24 de Abril: O conhecimento da arte de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo; oficina «O 25 de Abril que tenho na cabeça»; leitura de ‘Modos de ver’ de John Berger; cinema com ‘A golpada’ de Roy Hill; encontro de leitores com Filomena Marona Beja

17 de Abril de 2013

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O CONHECIMENTO DA ARTE
COM MARIA ALZIRA SEIXO
A obra de Mário Dionísio apresentada em 6 sessões mensais
Sábado, 20 de Abril, 16h

Continuam em Abril as sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Nesta sessão vamos falar sobre o conhecimento da arte de Mário Dionísio: Os estudos sobre van Gogh, 1947 e 53, e Júlio Pomar, 1948. A Paleta e o Mundo, anos 50 e 60. Do saber à problematização. Da prática à pedagogia. Artes plásticas e artes literárias. A fruição da obra de arte em sequência de conhecimento.

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Depois de já termos falado sobre a Autobiografia, a crítica e o ensaio; sobre a poesia; sobre o conto; no mês seguinte abordaremos o romance; e por fim, em Junho, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.

«[…] se pensarmos no seu ensaio a muitos títulos determinante, A Paleta e o Mundo, que tem um alcance que em muito ultrapassa o domínio das artes plásticas para ser uma longa, informada, completa e original meditação sobre as condições e a natureza da criação artística de uma maneira geral. Penso mesmo que se trata de um texto essencial no que respeita à consideração da problemática da evolução do modernismo para a contemporaneidade na cultura portuguesa, e que certos aspectos que parecem hoje estranhos na maneira nacional de lidar com a sensibilidade pós-moderna estão, de certo modo, contidos em reflexões e em perplexidades aí equacionadas pelo autor.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

Sobre estas sessões tem escrito Manuela Degerine no blogue A viagem dos argonautas: «Novas viagens na minha terra – série II – caítulo 93».

Cartaz Oficina ABRIL 13_cartaz paleta

O 25 DE ABRIL QUE TENHO NA CABEÇA
Oficina
Domingo, 21 de Abril, das 15h30 às 17h30

E se em cada esquina houvesse outra vez um amigo? E se, com a ajuda de Zé d’Almeida, José Smith Vargas e Marta Caldas, com papel, cartão, cola, pincéis, lápis, tintas os fizéssemos e colocássemos em cada esquina? E se no fim, com a ajuda de Youri Paiva, fossemos fotografar as ruas e as esquinas cheias de amigos?
Quase 40 anos depois de uma data que às vezes se esquece

Neste domingo vamos continuar a sua construção.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua no domingo, 28 de Abril.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 22 ABR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 22 de Abril, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão é termina a leitura comentada, com projecção de imagens, de Modos de ver de John Berger por Inês Dourado.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
A golpada de George Roy Hill
Segunda-feira, 22 de Abril, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos A golpada (1973, 129 min.) de George Roy Hill. Quem apresenta é João Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz Encontros de Leitores3_Layout 1

ENCONTRO DE LEITORES
com Filomena Marona Beja
Quarta-feira, 24 de Abril, 14h30

Acontece nesta quarta-feira mais um encontro de leitores com a escritora Filomena Marona Beja, inserido no projecto «Palavras que o vento não levará».

Nas últimas quartas-feiras de cada mês acontece um encontro de leitores com um escritor, tendo a Biblioteca da Achada como sítio onde se podem encontrar livros para ler e falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. Procurar nas estantes, livros para ler em casa. Passar aos outros o que sim, o que não.

 

22 de Março a 1 de Abril: Festa da Lega di Cultura di Piadena; Encontro de leitores; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘O cadillac de oiro’

19 de Março de 2013

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FESTA DA LEGA DI CULTURA DI PIADENA

A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio estará fechada no sábado, 23, domingo, 24, e segunda-feira, 25 de Março para participar na festa da Lega di Cultura di Piadena.

A festa anual da Lega di Cultura di Piadena, associação formada em 1978 numa pequena vila no norte de Itália, na zona de Cremona, com o qual colaboramos há muito tempo e muitas vezes, acontece nos dias 22, 23 e 24 de Março. No dia 22, no Teatro Comunale em Casalmaggiore, ouvimos o Coro del Testaccio di Roma, dirigido por Giovanna Marini; no dia 23 debate-se o tema da festa, «O papel da internet para nos organizarmos, a crise da organização política e a nova terra prometida», no Teatro Parrocchiale em Piadena; no dia 24 há lançamentos, cantos de muitos sítios diferentes – também canta o Coro da Achadacomes e bebes, conversas várias, em Pontirolo.

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ENCONTRO DE LEITORES
com Miguel Castro Caldas

Quarta-feira, 27 de Março, 14h30

Acabados de regressar de Itália, começam logo as actividades da Casa da Achada: o encontro de leitores com o escritor Miguel Castro Caldas, inserido no projecto «Palavras que o vento não levará».

Nas últimas quartas-feiras de cada mês acontece um encontro de leitores com um escritor, tendo a Biblioteca da Achada como sítio onde se podem encontrar livros para ler e falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. Procurar nas estantes, livros para ler em casa. Passar aos outros o que sim, o que não.

Podem ver aqui como foi a sessão do mês passado com a escritora Margarida Vale de Gato.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 1 ABR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
A arte de pintar de Tristan Klingsor
Segunda-feira, 1 de Abril, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
O cadillac de oiro de Richard Quine
Segunda-feira, 1 de Abril, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos O cadillac de oiro (1956, 99 min.) de Richard Quine. Quem apresenta é João Pedro Bénard.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

PALAVRAS QUE O VENTO NÃO LEVARÁ – Mais duas visitas para o Novo Guia Cultural

9 de Março de 2013

Na quinta-feira passada, 7 de Março, aconteceram mais duas visitas para o Novo Guia de Lisboa, inseridas no projecto «Palavras que o vento não levará».

Para esta componente do projecto, pequenos grupos provenientes de Centros Sociais e Escolas, visitam lugares culturais e turísticos de Lisboa que, em princípio, não conhecem ou viram há muito tempo, na companhia de um escritor. Após a visita organizam textos sobre esses lugares, na perspectiva de quem não sendo «culto» nem turista habita a cidade. No fim os textos serão ilustrados e publicados.

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Nestas duas visitas, um grupo do Centro de Dia da N.ª Sr.ª do Socorro, acompanhado pelo escritor José Mário Silva, visitou o MUDE – Museu do Design e da Moda, nomeadamente a sua exposição permanente, «Único e multiplo», e a exposição «Com esta voz me visto»; ao mesmo tempo que a turma da 4.º ano da Escola N.º 10 do Castelo, acompanhada por Filomena Marona Beja, visitou a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, em particular sua exposição permanente e a exposição «Os desastres da guerra» de Graça Morais.

Após as visitas almoçaram no restaurante O Eurico, aqui ao pé da Casa da Achada, para onde depois se dirigiram para passar a tarde a escrever, com apoio dos escritores, sobre o que viram na manhã.

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Estas visitas são mensais, e vão continuar todos os meses até Novembro. Neste projecto ainda há mais três componentes: Encontros de Leitores mensais, na Casa da Achada, com leitura de textos e visita à biblioteca; um espectáculo encenado com vozes de não-artistas; e Idade Terceira, a realização de um filme sobre a velhice.

 

Primeiro Encontro de Leitores com a escritora Margarida Vale de Gato

2 de Março de 2013

Foi na passada quarta-feira, 27 de Fevereiro, que aconteceu o primeiro Encontro de Leitores na Casa da Achada, inserido no projecto «Palavras que o vento não levará». Nesta sessão coube à escritora Margarida Vale de Gato receber três grupos muito diferentes, as crianças do 2.º ano da Escola n.º 10 do Castelo, dos estudantes do 11.º ano da Escola Secundária Gil Vicente, e os frequentadores dos vários Recolhimentos existentes em Lisboa.

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E os meninos da Escola do Castelo escreveram este texto a muitas mãos:

Saímos do Castelo e fomos para baixo…para baixo…para baixo… Descemos as escadas e à direita subimos. Lá está a Casa da Achada! Lá está a Eduarda Dionísio (Beatriz Alexandre). Fomos ao primeiro encontro de leitores no Centro Mário Dionísio, ouvir a escritora Margarida Vale de Gato que gosta muito de poesia. (Alec)

Estavam lá alunos do 11.º ano da Escola Gil Vicente. Os meninos do 11.º ano são engraçados… A Patrícia não gosta de poesia, porque não percebe poesia… A Margarida leu um poema de coelhos. (Tomás)

A poesia é a língua da imaginação e da criatividade. A senhora Margarida Vale de Gato perguntou se gostávamos de poesia. Todos disseram que sim. Menos a Patrícia…(Pedro)

Nós cantámos poemas para os meninos da Escola Gil Vicente e eles adoraram! Eu gosto de poesia, porque é uma palavra bonita. (Gabriel)

Gosto de poesia, porque me faz feliz. (Mariana Santos)

Gosto muito de poesia, porque às vezes faz-me pensar e sorrir. (Rodrigo)

Gosto muito de poesia, porque as pessoas são livres a escrever, podem inventar coisas.

A poesia é livre de fazer o que quiser, a poesia obriga-nos a pensar e a imaginar. (Íris)

Os poemas andam nos livros e eu gosto de lê-los. (Madalena)

Há uns que são engraçados. E outros que não são. (André)

A Margarida inspirou-nos dizendo tantas palavras que nós não conhecíamos.

                                                Os alunos do 2.º ano manhã da Escola do Castelo

Os encontros de leitores continuam todas as últimas quartas-feiras de todos os meses, excepto em Maio, até Dezembro. O próximo encontro é no dia 27 de Março, às 14h30, com o escritor Miguel Castro Caldas, e é aberto a quem se quiser juntar.

 

‘Bichos, bichinhos e bicharocos’ na Escola do Castelo

23 de Fevereiro de 2013

A turma do 2º ano da professora Ariana, da Escola n.º 10 do Castelo, em colaboração com a Casa da Achada e com a Biblioteca do Castelo pela mão da professora Teresa Aurora, tem andado à volta do livro Bichos, bichinhos e bicharocos de Sidónio Muralha, ilustrado por Júlio Pomar. Podem saber mais aqui!

As crianças da turma têm ensaiado com Pedro Rodrigues e Susana Baeta as canções de Francine Benoit a partir dos textos do livrinho, e fizeram vários desenhos dos bichos, bichinhos e bicharocos, até construíram um cão em madeira. E se o papagaio é como muitas pessoas, como são as pessoas? Os meninos e meninas respondem.

A exposição dos desenhos foi inaugurada na quarta-feira, na Biblioteca da Escola do Castelo, onde Eduarda Dionísio leu o seu texto sobre o livro.

Queridos meninos da Escola do Castelo,

O sapo sapinho doutor, o papagaio que faz banzé, o grilo da perna torta, a menina da estrelinha miudinha a luzir, e mais uns quantos que vocês agora conhecem, ficaram meus amigos para toda a vida. E trago-os muitas vezes dentro da cabeça, mesmo quando não dou muito por isso. E outras vezes aparecem-me uns versos do Sidónio Muralha na ponta da língua. E os desenhos do Pomar na ponta das pestanas. E foi há tantos, tantos anos que fiz estes amigos. E muitos outros meninos também.

Tive a sorte que nem todos tiveram de conhecer quem escreveu, quem desenhou e quem inventou as músicas que estão neste livro. A Francine Benoit ainda me ensinou um bocadinho de piano… Vejam lá…

Quando a minha filha já lia, passei-lhe o livro e aconteceu-lhe, parece-me, uma coisa parecida. Até lhe comprei uma nova edição, acabada de sair – mas infelizmente muito mais feia – a ver se não se estragava ainda mais o belíssimo livro com que eu tinha andado para trás e para diante, e que até tem uma dedicatória do Sidónio Muralha e do Júlio Pomar …

Um livro cheio de verdes, vermelhos, azuis e amarelos e traços do Pomar que não coincidem com as cores – e era a isso que eu achava graça. E ainda acho. Vejam lá…

Lembro-me muito mais do livro, que me foi acompanhando, do que do Sidónio Muralha, que o escreveu, e que depois escreveu muitos outros livros para crianças. Eu era muito pequena quando ele foi para fora de Portugal – primeiro para África, depois para o Brasil, onde passou a viver e onde morreu. Só cá vinha às vezes.

O Sidónio Muralha saiu de cá porque não conseguia viver e escrever num país sem liberdade, como foi esta nossa terra até ao 25 de Abril de 1974. Eram perseguidos e mesmo presos aqueles que queriam que o mundo fosse de outra maneira e faziam coisas para isso acontecer.

Foi por quererem um mundo em que todos pudessem dizer o que pensavam e onde não houvesse pobres e ricos – os pobres a sofrerem e os ricos de perna estendida – que Mário Dionísio, o meu pai, e Sidónio Muralha (e muitos outros, como o Pomar e a Francine) se tornaram amigos para a vida inteira e fizeram coisas juntos.

Por exemplo, ainda antes de eu ter nascido, no sítio onde hoje é a Casa do Alentejo, ali em baixo, Mário Dionísio com muitos amigos (o Sidónio Muralha e a Francine Benoit estavam neste grupo), organizaram uma série de sessões sobre assuntos a que nem toda a gente ligava e de que as pessoas sabiam pouco, para elas ficarem a saber mais (arte, literatura, música, pintura…). Pois olhem, fez-se a primeira e a segunda foi interrompida pela polícia. E não pôde haver mais. E as pessoas ficaram sem saber o que podiam ter aprendido.

Alguns deles eram poetas. Também isso juntava Mário Dionísio a Sidónio Muralha. Muito novos ainda, pouco tempo antes dessas sessões na Casa do Alentejo, publicaram quase ao mesmo tempo, os seus segundos livros de poemas numa mesma colecção chamada «Novo Cancioneiro» que juntou muitos mais poetas além deles. Todos queriam escrever de uma maneira nova, para mais gente do que aqueles que costumavam de ler, e falar nos seus versos de coisas que então apareciam pouco na poesia.

«Poemas» chama-se o livro de Mário Dionísio que saiu nesta colecção, quando ele tinha 25 anos. «Passagem de Nível» era o nome do livro do Sidónio Muralha, tinha ele 22.

Foi aqui que começaram novas maneiras de escrever. A isso se chamou «Neo-realismo», de que uns gostam e outros não, e que mais tarde vocês virão a saber o que foi. Hoje digo só que, para todos eles, o povo era muito importante. E mudar o mundo ainda mais.

Grande abraço da
Eduarda Dionísio
Fevereiro de 2013

E a turma ainda cantou umas canções!

A Escola do Castelo tem colaborado várias vezes com a Casa da Achada, nomeadamente na «Leitura Furiosa» e, mais recentemente, no projecto «Palavras que o vento não levará».

 

23 a 27 de Fevereiro: Poesia de Mário Dionísio com Maria Alzira Seixo; Oficina de materiais; leitura de Klingsor; Cinema com ‘Benvindo Mr. Marshall’; Encontro de leitores

20 de Fevereiro de 2013

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A POESIA DE MÁRIO DIONÍSIO
COM MARIA ALZIRA SEIXO
A obra de Mário Dionísio apresentada em 6 sessões mensais
Sábado, 23 de Fevereiro, 16h

Continuam estas sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Nesta sessão vamos falar sobre poesia e intervenção (Poemas, 1941; As solicitações e emboscadas, 1950), poesia e construção da arte (O riso dissonante, 1950; Memória dum pintor desconhecido, 1965), e poesia e experiência (Terceira idade, 1982).

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Depois de em Janeiro termos falado sobre a Autobiografia, a crítica e o ensaio, nos meses seguintes abordaremos o conto, o conhecimento da arte, o romance; e por fim, em Junho, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.

«Dizer, na relação de criar, foi, parece-nos, o essencial da actividade deste escritor, que sempre lidou com imagens, as da visão do mundo e as da sua expressão, as da configuração alienante e as de uma possível abertura de horizontes bloqueados. Daí que a sua preocupação cultural fosse sempre constante, e que o seu trabalho da palavra arriscasse sentidos que a procura do rigor e da nitidez não afastavam da perplexidade e da dúvida.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

Uma das participantes da sessão anterior, Manuela Degerine, escreveu um texto sobre o que aconteceu. Pode ser lido aqui, no blogue A viagem dos argonautas.

Cartaz Oficina FEV 13_cartaz paleta

APROVEITAR OBJECTOS E MATERIAIS
Oficina
Domingo, 24 de Fevereiro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos de Fevereiro vamos, com Irene van Es, aproveitar objectos e materiais à volta de tecidos. «A vida é feita de pequenos nadas» e «quem tem duas mãos tem tudo. E ter uma é mais que nada».

Depois de nas sessões passadas termos construído móbils a partir de feltro e pequenos bonecos a partir de tecidos e outros materiais, nesta sessão novos bonecos vamos fabricar.

Para todos a partir dos 6 anos.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 25 FEV  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 25 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 25 de Fevereiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Benvindo, Mr. Marshall (1953, 78 min.) de Luis Garcia Berlanga. Quem apresenta é Vítor Silva Tavares.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz Encontros de Leitores_Layout 1

ENCONTRO DE LEITORES
Quarta-feira, 27 de Fevereiro, 14h30

Depois de, no dia 6, um grupo da Escola do Castelo e outro do Conselho Português para os Refugiados terem feito as primeiras visitas do Novo Guia de Lisboa, vimos lembrar que, no próximo dia 27 de Fevereiro, vamos inaugurar os Encontros de Leitores do Palavras que o vento não levará, aqui na Casa da Achada, com a escritora Margarida Vale de Gato.

Ler e falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. Procurar nas estantes, livros para ler em casa. Passar aos outros o que sim, o que não.

 

PALAVRAS QUE O VENTO NÃO LEVARÁ – Primeiras visitas para o Novo Guia de Lisboa

11 de Fevereiro de 2013

Na quarta-feira passada, 6 de Fevereiro, arrancou o novo projecto «Palavras que o vento não levará», com as primeiras visitas do Novo Guia de Lisboa.

Para esta componente do projecto, pequenos grupos provenientes de Centros Sociais e Escolas, visitam lugares culturais e turísticos de Lisboa que, em princípio, não conhecem ou viram há muito tempo, na companhia de um escritor. Após a visita organizam textos sobre esses lugares, na perspectiva de quem não sendo «culto» nem turista habita a cidade. No fim os textos serão ilustrados e publicados.

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Nestas duas primeiras visitas, um grupo do Conselho Português para os Refugiados, acompanhado pelo escritor Miguel Castro Caldas, visitou a Igreja de São Roque; ao mesmo tempo que uma turma da Escola N.º 10 do Castelo, acompanhada por Filomena Marona Beja, visitou a Fundação Calouste Gulbenkian, em particular a exposição «Um chá para Alice». Após essa visita almoçaram todos juntos no restaurante O Eurico, aqui ao pé da Casa da Achada, para onde depois se dirigiram para passar a tarde a escrever, com apoio dos escritores, sobre o que viram na manhã.

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Estas visitas são mensais, e vão continuar todos os meses até Novembro. Neste projecto ainda há mais três componentes: Encontros de Leitores mensais, na Casa da Achada, com leitura de textos e visita à biblioteca; um espectáculo encenado com vozes de não-artistas; e Idade Terceira, a realização de um filme sobre a velhice.

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020