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A CASA DA ACHADA FAZ 5 ANOS

5º-Aniversário-

Sexta-feira, 26 de Setembro

– às 21h30:

AS MÃOS OU AS INQUIETAÇÕES. É mais um momento em que o Grupo de Teatro Comunitário da Casa da Achada mostra um pouco do seu percurso, do seu fazer.
Desta vez um trabalho à volta de dois poemas de Mário Dionísio («Pior que não cantar» e «Solidariedade») e de um texto («Mãos cheias») de Conceição Lopes com um apontamento do texto «A Mãe» da Comuna Teatro de Pesquisa, de 1977 (a partir de Bertolt Brecht), tudo isto pautado pela música do Balanescu Quartet.
Trabalho colectivo que vive das presenças e das ausências daqueles que lhe dão corpo, das suas necessidades e dificuldades, das suas raivas e angústias, das suas alegrias e tristezas, mas sobretudo da sua vontade de querer fazer.
Falamos e mostramos as nossas mãos como quem dá e interroga. Tudo podemos fazer e desfazer com as nossas mãos.
Escolhemos fazer, dando as mãos!

Sábado, 27 de Setembro

– das 11h às 15h:

FILMES DA ACHADA. Projecção de diversos filmes que foram sendo feitos ao longo destes cinco anos, por várias mãos, sobre Mário Dionísio e sobre a Casa da Achada e as suas actividades.

– a partir das 15h:

MÁRIO DIONÍSIO – PREFÁCIOS. Lançamento do livro que reúne 14 textos de Mário Dionísio: 6 prefácios a obras literárias de Manuel da Fonseca, Carlos de Oliveira, Alves Redol, José Gomes Ferreira e José Cardoso Pires; 3 introduções a álbuns de arte de Júlio Pomar e Cândido Portinari; 5 textos introdutórios a catálogos de exposições de Portinari, José Júlio, Júlio Resende, Manuel Filipe e Sá-Nogueira.
Este é o 7º volume da Colecção Mário Dionísio, editada pela Casa da Achada.

EXPOSIÇÃO «10 ARTISTAS DE QUE MÁRIO DIONÍSIO FALOU». Inauguração da exposição que reúne obras (grande parte delas pertencentes ao acervo da Casa da Achada) de 10 artistas sobre os quais Mário Dionísio escreveu em livros, prefácios, álbuns, catálogos, artigos: Cândido Portinari, Júlio Pomar, Júlio, Manuel Ribeiro de Pavia, Carlos de Oliveira (um grande escritor que também pintou), Abel Salazar (um grande cientista que também pintou), Júlio Resende, Manuel Filipe, Vieira da Silva e José Júlio.

COM QUE MUNDO SONHO QUANDO ESTOU ACORDADO. Quando o recuperado é irrecuperável, quando o possível nos esmaga, que sonho se solta em nós? Que sobressaltos desejamos? Que possíveis mundos novos impossíveis?
Uma espécie de speakers corner. Série de intervenções a muitas vozes, em todos os cantos da casa.

o irrecuperável
recuperado ei-lo aqui sorrindo
com a boca torcida mas feliz

com os braços esmagados mas feliz
o que não volta eis volta
por ignoradas mãos
numa hora esquecida
entre as horas marcadas

possível  o recomeço
possível  o sobressalto
possível  o sonho solto
possível  um mundo novo
possível  o impossível

outro é o destino do homem

Mário Dionísio

CORO DA ACHADA. O coro da Achada participa no quinto aniversário da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio com uma série de novas canções e textos zangados com a exploração e o desemprego, denunciando as guerras que têm a cor do dinheiro e os racismos do ano inteiro. Juntamos criações originais e outras canções mais antigas, que vão regressando quando precisamos delas, porque «não há machado que corte a raiz ao pensamento». E porque, como faz a Casa da Achada, queremos trocar palavras e ideias, artes e saberes, histórias e resistências. Neste caso, com vozes e música.

Domingo, 28 de Setembro

– das 11h às 18h:

OFICINAS – COM QUE MUNDO SONHO QUANDO ESTOU ACORDADO. Uma série de oficinas de diversas áreas, materiais e fabricos, com gente variada, para fazer o mundo que sonhamos. Fabricar um texto com Regina Guimarães, fotografia com Youri Paiva, fazer uma canção com Pedro Rodrigues, pintura com Pierre Pratt, colagens com José Smith Vargas.

Segunda-feira, 29 de Setembro

– das 16h às 18h30:

FILMES DA ACHADA. Projecção de diversos filmes que foram sendo feitos ao longo destes cinco anos, por várias mãos, sobre Mário Dionísio e sobre a Casa da Achada e as suas actividades.

às 18h30:

CICLO A PALETA E O MUNDO III. Leitura comentada, com projecção de imagens, de O drama de Vicente van Gogh de Mário Dionísio por Lena Bragança Gil.

– às 21h30:

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE – CIDADES DE CERTAS MANEIRAS. Projecção do filme Alphaville (1965, 99 min.) de Jean-Luc Godard. Quem apresenta é Saguenail.

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André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020