12 e 13 de Agosto: Oficina inventar fabricando; leitura de ‘Tratado da paisagem’ de Lhote; cinema ao ar livre com ‘Mary Poppins’
OFICINA INVENTAR FABRICANDO
Domingo, 12 de Agosto, das 15h30 às 17h30
Em Agosto há uma oficina diferente: «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», com Pierre Pratt.
Desta vez, o Pierre convida vossas excelências a sujar as mãos, e talvez um bocadinho da vossa roupa e por isso convinha trazer uma camisola que só espera ficar mais suja de tintas (laváveis, claro, mas nunca se sabe se se pode realmente confiar no rótulo do frasco das tintas, e também do detergente).
Vamos, a partir de objectos do nosso dia-a-dia, ou do dia-a-dia dos outros, dar-lhes outras vidas, e eles até vão gostar!
Venham todos, porque en août, plus on est de fous, plus on rit (em Agosto, quanto mais louco se é, mais se ri), como se diz na minha terra!
Aqui podem ver como foi a primeira sessão desta oficina, no passado dia 6 de Agosto.
Para todos a partir dos 6 anos.
CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 13 de Julho, 18h30
Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.
Terminada a leitura de textos da polémica do neo-realismo, publicada na revista Vértice, vamos iniciar uma nova leitura neste ciclo: Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem começa a leitura comentada, com projecção de imagens das obras citadas, é Manuela Torres.
«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).
CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 13 de Julho, 21h30
Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..
Nesta sessão projectamos Mary Poppins (1964, 139 min.) de Robert Stevenson.
Quem apresenta é Pedro Rodrigues.
Sinopse: Londres, 1910. Bert, homem-orquestra e limpa-chaminés, diverte quem passa diante da casa da família Banks. O Sr. Banks é um bancário cheio de trabalho. A esposa é uma sufragista activa. As ocupações afastam-nos da vida dos filhos, Jane e Michael, que fazem disparates para chamar a atenção dos pais. Depois de mais uma fuga das crianças, a ama, Katie Nounou, despede-se. É um polícia que leva as crianças a casa. Discussão na família sobre as qualidades da nova ama que vai ser contratada. O Sr. Banks tem ideias claras, as crianças também, mas ao contrário. O Sr. Banks redige um anúncio, as crianças também… É então que, descendo das nuvens se apresenta uma nova candidata: Mary Poppins. Vai trazer sonho às crianças e consciência aos pais, uma consciência que não altera nada ao sonho, antes pelo contrário.