FILOMENA MARONA BEJA
Deixámos de ver a Filomena Beja durante e depois da pandemia. Estava confinada. Circulavam emails para lá e para cá, mas não era a mesma coisa. Durante anos – na Abril em Maio e depois na Casa da Achada – a sua presença era assídua e contávamos com ela, a maior entusiasta da Leitura Furiosa em que participava escrevendo ou noutras múltiplas tarefas. De palestras sobre história, ciência, literatura, sobre as escolas como as conhecemos até às inúmeras conversas a partir de escritores de que gostava ou da sua própria obra. Gostar de livros e da leitura também incluía cuidar da biblioteca de Mário Dionísio e Maria Letícia. Esta sócia sorridente e bem disposta, assertiva mas capaz de escutar deixa muitas saudades. De uma escritora ficam palavras e nelas a sua voz.