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A Leitura Furiosa 2025

Olá! Nos dias 15, 16, 17 e 18 de Maio aconteceu mais uma vez em Amiens, em Lisboa e no Porto a Leitura Furiosa, três (ou quatro!) dias que aproximam pessoas zangadas com a leitura e escritores, ilustradores, fazedores e amantes de livros, a ver no que é que dá.

Este ano em Lisboa, grupos de pessoas da ARAL, da Associação de Moradores do Bairro Horizonte, do Conselho Português para os Refugiados, da Escola Primária nº 1 do Castelo e da Escola Profissional Gustave Eiffel encontraram-se dois ou três dias com os escritores Alex Couto, José Mário Silva, Judite Canha Fernandes, Miguel Cardoso e Nuno Milagre, que escreveram textos que foram ilustrados à vista de todos numa manhã por Catarina Sobral, Graça Santos, Maria Quintas, Matilde Feitor e Nadine Rodrigues.

No sábado à tarde, os participantes viram o espectáculo de teatro físico e circo contemporâneo Eu Livro da extraordinária Denise Stolnik, uma série de tentativas de leitura mal sucedidas, em que quem manda são os livros que, pelos vistos, não querem ser lidos.

No domingo, foi apresentada numa sessão pública a brochura com os textos e ilustrações feitos em Amiens, Lisboa e Porto. Alguns foram lidos pelos actores Inês Nogueira, Marina Albuquerque, Miguel Sopas e Pedro Carraca e musicados pela Teresa e os seus mestres… que eram nove, mas não chegavam a ter uma dezena de anos cada um.

Clicando na imagem, podem ler a brochura:

A Leitura Furiosa é um acontecimento anual que dura três dias. Um momento privilegiado de encontro dos zangados com a leitura, a escrita e o mundo com os escritores. O momento único que permite a um não-leitor aproximar-se, com um escritor, da magia da escrita. Cada um faz ouvir a sua voz e segue um outro caminho.

Quem imaginou, há quase 20 anos, a Leitura Furiosa foi a associação Cardan, duma cidade do norte da França, Amiens, que trabalha para tornar o saber acessível àqueles que dele são excluídos, para quem o saber e a cultura devem nascer de uma ligação com o conjunto da sociedade, para quem a cultura pode e deve ser analisada por aqueles que não a praticam. Por aí passa a integração, a inserção.

Em 2000, a Leitura Furiosa chegou a Lisboa. Até 2004 foi a Abril em Maio, uma associação cultural, que a organizou. Em 2008 começou a acontecer no Porto, pela mão de Regina Guimarães e Saguenail, com sessão pública final em Serralves. Em 2009, a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio repegou na ideia, em Lisboa. E, desde aí, tem continuado a realizá-la todos os anos.

A Leitura Furiosa destina-se aos que, sabendo ler, estão zangados com a leitura – crianças e adultos, homens e mulheres, empregados e desempregados, nacionais e estrangeiros.

Vários pequenos grupos de gente zangada com a leitura convivem durante um dia com um escritor, como entenderem fazê-lo. À noite, o escritor escreve um pequeno texto que oferecerá ao grupo quando, no dia seguinte, voltar a encontrar-se com ele. Passarão todos por uma livraria, por uma biblioteca, um lugar com livros. Os textos são ilustrados, paginados e enviados para os três sítios, e os que vêm de França são traduzidos. No domingo, terceiro dia do encontro, são tornados públicos numa sessão de leitura feita por actores, alguns deles musicados e cantados, e publicados numa brochura. Posteriormente são editados em livro.

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André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020