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Fez frio, esteve quente e a Achada cheia de gente

O sol ajudou, mas o frio de fim de tarde não foi suficiente para desmobilizar quem se deslocou à Casa da Achada no passado fim de semana, 11 e 12 de Dezembro, quando se iniciaram os dias Faça frio ou esteja quente, Achada com a gente! E foram centenas de pessoas que acolhemos de coração cheio e a quem, agora, agradecemos.

Logo a abrir, no sábado, 11, o Coro da Achada juntou-se ao Grupo de Teatro Comunitário da Casa da Achada para, em conjunto, apresentarem a nossa agenda para 2022. Trata-se da primeira agenda editada pelo Centro Mário Dionísio e baseia-se (sem se limitar a ele) no primeiro volume do diário inédito do próprio Mário Dionísio, chamado Passageiro Clandestino I, que lançáramos no 25 de Abril passado. Uma agenda que, para além da sua imensa utilidade e extraordinária beleza (isto falando com a proverbial modéstia de Mário Dionísio), nos lembra que, depois de tanto tempo com as nossas vidas entregues a peritos e especialistas, em 2022 «é preciso criar os dias».

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A Agenda para 2022 «É preciso criar os dias» está à tua espera na Casa da Achada, no seu horário de abertura. Também pode ir ter contigo a casa, se a pedires para centromariodionisio@gmail.com

Findo o espectáculo do Coro e do Grupo de Teatro, as pessoas que se tinham espalhado pelo Largo da Achada para assistirem foram-se dirigindo para o interior da Casa da Achada, onde, para além da Agenda, puderam ver as mil coisas que preparámos para preencher as nossas bancas: muitos livros, entre os quais todas as nossas edições, t-shirts, doces, palavras cruzadas, cadernos, pechinchas vintage, CDs, K7s, serigrafias e um sem fim de lembranças. Quem quis pôde até habilitar-se a um cabaz (na verdade eram dois) daqueles de fazer o pai natal chorar de inveja sobre coca-cola derramada.

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No próximo dia 19, há o sorteio de mais dois cabazes. Apressa-te a apetrechar-te com o papel habilitador! Dirige-te à Casa da Achada no seu horário de abertura para o adquirires!

Nas bancas, a grande novidade destes dias ainda largava um cheiro a gráfica, o odor inconfundível de «livro acabado de sair do forno» (em sentido figurado, claro): o segundo volume de Passageiro Clandestino, o diário inédito de Mário Dionísio, devidamente acompanhado, talvez não casado mas, pelo menos, em união de facto, com as respectivas Notas, obra de Eduarda Dionísio. A própria lançou a sessão, onde essa ideia de inseparabilidade entre «Diário» e «Notas» foi dita e repetida.

A abrir tudo, um inesperado e extraordinário acontecimento: a «devolução» do quadro Ave oculta, uma pintura abstracta de 1992 que Mário Dionísio oferecera a Isabel da Nóbrega. Esta, entre outras coisas, incumbiu a filha (também Isabel) de, à sua morte, «devolver» o quadro à filha de quem o pintou. Esse momento aconteceu ali, é irrepetível, e surgiu como uma 1103ª nota, esta apresentada ao vivo e a cores (agora diz-se «em tempo real»). O quadro Ave oculta pode agora ser visto na Casa da Achada.

Para a ajudarem a explicar o que se passa neste segundo volume do diário de Mário Dionísio, Eduarda Dionísio convidou várias pessoas que tinham tido o privilégio de ler estes documentos antes de estarem disponíveis para o comum dos mortais.

Tal como no lançamento do primeiro volume, a abordagens mais filosóficas ou antropológicas, de investigadores e curiosos, juntaram-se testemunhos de quem esteve com o(s) livro(s) em trabalhos de bastidores, nomeadamente quem o(s) ajudou a rever e a existir enquanto objecto. E assim ouvimos as impressões de Clara Boléo, Cláudia Oliveira, Catherine Dumas, João Rodrigues, João B. Serra, Luísa Duarte Santos, Adelino Gomes, Luís Miguel Cintra, Luís Bigotte Chorão.

Entre leituras de excertos deste segundo volume do Passageiro Clandestino – seleccionadas e lidas por Inês Nogueira e Lena Bragança Gil -, muitas coisas foram ditas, muitas citações lidas, muitos sorrisos trocados, muitas cumplicidades criadas ou reforçadas. Tantas, que a sessão, apesar de ter começado, como previsto, pelas 16h30, não permitiu que toda a gente convidada conseguisse falar e transbordou ainda para as conversas informais que aconteceram depois no jardim, deixando a vontade de se voltar, em breve, a esta conversa à volta do Passageiro Clandestino II e suas notas.

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O inédito Volume II do diário de Mário Dionísio Passageiro Clandestino está disponível na Casa da Achada. Visita-nos no nosso horário de abertura.

O convívio no jardim, regado a comes&bebes, foi aveludado pelo DJ set temático de DJionísio, que ajudou a aguentar o acentuado arrefecimento nocturno e que, se não fez dançar todos os esqueletos, chegou a abanar alguns bem improváveis.

No domingo, dia 12 de Dezembro, o nosso jardim albergou a 27ª sessão da rubrica Ouvido de tísico, que nos presenteou com a audição integral do recém editado CD duplo Zé Mário Pirata, um conjunto de mais de 20 versões de músicas e canções de José Mário Branco que a Rádio Paralelo coordenou e lançou. Seguiu-se uma conversa animada que aproveitou a presença de alguns dos artistas envolvidos para se espalhar dos pormenores da participação ou da produção até questões prático-filosóficas relacionadas com direitos de autor e propriedade intelectual. Ainda temos alguns exemplares do Zé Mário Pirata para quem quiser.

Ah, e a fechar o domingo, ainda oferecemos dois cabazes!

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Os dias «Faça frio ou esteja quente, Achada com a gente!» continuam até 23 de Dezembro. Passa por cá para te lambuzares com as nossas bancas.

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André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020