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Poema/Quadro 1.


Aqui vai um dos poemas de O riso dissonante, que nos fez lembrar um quadro de Fernand Léger (uma das versões de Les constructeurs), um pintor que Mário Dionísio admirava. E, curiosamente, quadro e poema são os dois de 1950…

27.
um boné de pala sobre o mundo
hirto de sombra iluminada
lança uma flor de arremesso nítida
erguendo bairros de frescor

sobre máquinas novas homens velhos
mudam a pele às horas oleosas
canta atrevido entre o fumo denso
das chaminés um pássaro invisível

com as blusas manchadas com as mãos manchadas
com o riso e a voz para sempre manchados
homens áfonos soltam o prenúncio
da alegria do tempo inevitável

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