20 a 24 de Abril: O conhecimento da arte de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo; oficina «O 25 de Abril que tenho na cabeça»; leitura de ‘Modos de ver’ de John Berger; cinema com ‘A golpada’ de Roy Hill; encontro de leitores com Filomena Marona Beja
O CONHECIMENTO DA ARTE
COM MARIA ALZIRA SEIXO
A obra de Mário Dionísio apresentada em 6 sessões mensais
Sábado, 20 de Abril, 16h
Continuam em Abril as sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.
Nesta sessão vamos falar sobre o conhecimento da arte de Mário Dionísio: Os estudos sobre van Gogh, 1947 e 53, e Júlio Pomar, 1948. A Paleta e o Mundo, anos 50 e 60. Do saber à problematização. Da prática à pedagogia. Artes plásticas e artes literárias. A fruição da obra de arte em sequência de conhecimento.
Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Depois de já termos falado sobre a Autobiografia, a crítica e o ensaio; sobre a poesia; sobre o conto; no mês seguinte abordaremos o romance; e por fim, em Junho, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.
«[…] se pensarmos no seu ensaio a muitos títulos determinante, A Paleta e o Mundo, que tem um alcance que em muito ultrapassa o domínio das artes plásticas para ser uma longa, informada, completa e original meditação sobre as condições e a natureza da criação artística de uma maneira geral. Penso mesmo que se trata de um texto essencial no que respeita à consideração da problemática da evolução do modernismo para a contemporaneidade na cultura portuguesa, e que certos aspectos que parecem hoje estranhos na maneira nacional de lidar com a sensibilidade pós-moderna estão, de certo modo, contidos em reflexões e em perplexidades aí equacionadas pelo autor.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)
Sobre estas sessões tem escrito Manuela Degerine no blogue A viagem dos argonautas: «Novas viagens na minha terra – série II – caítulo 93».
O 25 DE ABRIL QUE TENHO NA CABEÇA
Oficina
Domingo, 21 de Abril, das 15h30 às 17h30
E se em cada esquina houvesse outra vez um amigo? E se, com a ajuda de Zé d’Almeida, José Smith Vargas e Marta Caldas, com papel, cartão, cola, pincéis, lápis, tintas os fizéssemos e colocássemos em cada esquina? E se no fim, com a ajuda de Youri Paiva, fossemos fotografar as ruas e as esquinas cheias de amigos?
Quase 40 anos depois de uma data que às vezes se esquece
Neste domingo vamos continuar a sua construção.
Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua no domingo, 28 de Abril.
CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 22 de Abril, 18h30
Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.
Nesta sessão é termina a leitura comentada, com projecção de imagens, de Modos de ver de John Berger por Inês Dourado.
CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
A golpada de George Roy Hill
Segunda-feira, 22 de Abril, 21h30
Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos A golpada (1973, 129 min.) de George Roy Hill. Quem apresenta é João Rodrigues.
Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.
Ver aqui a restante programação do ciclo.
ENCONTRO DE LEITORES
com Filomena Marona Beja
Quarta-feira, 24 de Abril, 14h30
Acontece nesta quarta-feira mais um encontro de leitores com a escritora Filomena Marona Beja, inserido no projecto «Palavras que o vento não levará».
Nas últimas quartas-feiras de cada mês acontece um encontro de leitores com um escritor, tendo a Biblioteca da Achada como sítio onde se podem encontrar livros para ler e falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. Procurar nas estantes, livros para ler em casa. Passar aos outros o que sim, o que não.