21 a 23 de Janeiro: Visita guiada à exposição; oficina de Teatro Comunitário; ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››; cinema com ‘O meu tio’ de Tati
No sábado, 21 de Janeiro, pelas 16h, acontece uma visita guiada à exposição ‹‹Sonhar com as mãos – O desenho na obra de Mário Dionísio››. Desta vez a visita fica a cargo de Rui-Mário Gonçalves, crítico e historiador de arte. Os desenhos, na sua maioria dos anos 40 e 50, são de várias dimensões, suportes e técnicas: retratos e auto-retratos, paisagens, cenas de trabalho, figuras, maquetes de murais, esboços de quadros, etc. Os desenhos de Mário Dionísio foram restaurados para esta exposição, com curadoria de Paula Ribeiro Lobo, com apoio da Fundação Montepio, e também do Departamento de Conservação e Restauro da FCT/UNL e do AHU.
Após a visita guiada, às 18h, Maria Teresa Oliveira apresenta o seu livro de poemas, A minha lua.
No domingo, das 15h30 às 17h30, continua a oficina de Teatro Comunitário, orientada por Rita Wengorovius e pelo Teatro Umano. Depois de se ter feito um estendal de poesia e se ter bebido chá comunitário, esta sessão é com pedras, pessoas palavras: expressão dramÁTICA e jogo. Vamos procurar nas pessoas as pedras para através das palavras lavar a alma pelo jogo teatral.
Logo no início da semana, na segunda-feira, 23 de Janeiro, continuam os nossos ciclos de leitura e de cinema. Às 18h30 prossegue a leitura de Conflito e unidade da arte contemporânea (1957), inserido no ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››. Quem lê esta conferência de Mário Dionísio para a I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, com projecção de imagens das obras citadas, é Eduarda Dionísio.
‹‹Sobre o problema que levanto, é talvez cedo para a crítica (a histórica, naturalmente) se poder pronunciar. São hipóteses, são sonhos, que precisam daquela margem muito grande de liberdade que geralmente nos repugna conceder ao crítico.
Falo principalmente para os artistas, que sentirão decerto — e decerto com muito mais acuidade — as mesmas dúvidas e os mesmos desejos de experiência que me inquietam e entusiasmam. E para aquele público que — em vez de avaliara obra pela cotação do mercado ou de exclamar diante de certas obras «Isto também eu fazia» — compreendeu há muito, ou está compreendendo, que o que se passa nas telas está intimamente relacionado com o seu comportamento perante elas, e que é sem dúvida aquele público que se encontra nesta sala.››
Mário Dionísio, Conflito e unidade da arte contemporânea
À noite, pelas 21h30, acontece a 4ª sessão do ciclo de cinema ‹‹Rir uma vez por semana››, com um filme de Jacques Tati: O meu tio (1958, 117 min.). Quem apresenta é João Rodrigues.