Como foram as sessões ‹‹Mário Dionísio, um escritor›› com João Caldas e Mariana Nunes e a Oficina ‹‹Caça Texturas›› com Miguel Horta
23 de Setembro:
Uma pessoa, ainda longe dos 20 anos (e ainda bem), que estuda música e canta no Coro da Achada, musicou 4 poemas que Mário Dionísio escreveu entre os 20 e 22 anos e que foram publicados em 1941, no 2º volume da colecção Novo Cancioneiro: Poemas.
Quem musicou chama-se João Caldas. Mariana Nunes cantou. E muito bem cantou ‹‹Sangue impetuoso››, ‹‹Casa deserta››, ‹‹Solidariedade›› e ‹‹Canto de bar››.
Assim se passam coisas – de geração em geração. Haverá gerações?
Sete elementos do Coro da Achada (Ângelo Teixeira, Daniela Gama, Diana Dionísio, Inês Nogueira, Pedro Soares, Sónia Gabriel e Youri Paiva), a convite de João Caldas, leram mais poemas deste livro: ‹‹Arte poética››, ‹‹Complicação››, ‹‹Depois de mim››, ‹‹Dois poemas de sonho›› ‹‹Nós seremos amor››, ‹‹Para lá dos limites››, ‹‹Perdida›› e ‹‹Poema da mulher nova››.
Foi uma sessão bem especial na Casa da Achada, que interessou a quem esteve. E muitos estiveram.
Ficam aqui sons e imagens.
2 de Outubro:
Miguel Horta fez uma oficina na Casa da Achada, com gente de todas as idades, daqui e dalém. Com grafite e lápis de cera foi-se descobrindo em papel as texturas do chão, e não só, e nelas a história de uma cidade: as pedras da calçada, as fábricas metalúrgicas que fizeram tampas disto e daquilo e tantas coisas mais, as matrículas dos automóveis e por aí fora.
Esta cidade que ainda se pode descobrir irá mesmo desaparecer?
E fez-se uma exposição das obras na grade, em frente da Casa da Achada, que se poderia ver enquanto a Ópera do Castelo cantava no Largo da Achada.
Mas pouca gente viu esta história porque a Rua da Achada estava às escuras, à espera do sol do dia seguinte…
Aqui ficam imagens.