Novembro na Achada
Em Novembro a Casa da Achada foi obrigada a dar prova de flexibilidade para adaptar-se às inúmeras mudanças de dias e horários das sessões por causa dos recolheres obrigatórios e proibições de circulação.
Conseguimos, ainda assim, manter quase tudo o que tínhamos previsto…
O cinema passou a ser às 20h30, o que dificultou o jantar, mas que nos permitu ainda ver filmes juntos e irmos para casa antes da hora estabelecida.
Iniciámos o mês com uma conversa fulcral do nosso ciclo dedicado a Van Gogh e à pintura, sobre loucura e obra. Saguenail falou do texto de Artaud sobre o pintor holandês, Van Gogh, o suicidado da sociedade e guiou-nos no relato da sua vida, seguindo o fil rouge da relação ambígua entre saúde mental e produção artística.
No dia 8 de Novembro – na sessão da rubrica «Não deixarei que me separem de ti mundo» – conversámos com três colectivos que, durante a pandemia, criaram cantinas solidárias em Lisboa e Almada: o RDA, a Seara e o AMA. A conversa, sobre temas relacionados com a diferença entre caridade e solidariedade, activismo e política, prolongou-se por quase duas horas e pode ainda ser vista aqui.
Na sexta-feira 13 tivemos sorte: houve mais uma sessão do Ciclo Van Gogh, uma palestra preparada por Manuel Nunes sobre a correspondência entre Vincent Van Gogh e seu irmão Théo. Pudemos, assim, mergulhar na vida e nas palavras do pintor.

A comunidade de leitura dos Leitores Achados, na sexta-feira 20, divertiu-se bastante na discussão de um conto surrealista e satírico de Alberto Moravia, chamado «A rosa», uma história de liberdade e de não conformismo narrada a partir da vida de dois insectos.
O Ouvido de Tísico n.º 20 de Novembro, seguindo a temática do mês, dedicou-se à exploração dos significados de loucura e de normalidade através de palavras, diálogos, canções e músicas. Tudo narrado pela voz inconfundível de Diana Dionísio.
Agora estamos a preparar um Dezembro cheio de actividades… fiquem atentos à programação!