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Poema/Quadro 10

Desta vez um quadro de John Constable, onde podia soar um "rufo de asas", pôs-se à conversa com um pequeno poema de Mário Dionísio, o poema XIV do livro Terceira Idade, de 1982.

XIV

Assustado rufo de asas na floresta
Tão indistinta voz que não há voz que a diga
Assomar de quase nada que é tudo o que nos resta

Dourado fosco de moldura antiga

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