Ligações rápidas

Horário de Funcionamento:
Segunda, Quinta e Sexta
15:00 / 20:00

Sábados e Domingos
11:00 / 18:00

 

 

Áreas Principais

»

«

 

 

As escolas onde estudamos: espaços e edifícios

No fim de tarde de sexta-feira, dia 16 de Outubro, teve lugar na Casa da Achada a segunda sessão do ciclo “Escola, para que te quero?”. Desta feita, o tema da conversa foi “As escolas onde estudamos: espaços e edifícios”.

Filomena Beja, figura da casa que muitos conhecem pelo seu trabalho literário, falou-nos da evolução dos edifícios escolares e das preocupações ideológicas, pedagógicas e de saúde pública que guiaram a sua construção, desde o tempo em que o ensino se passava nos mosteiros aos dias de hoje. Entre outras coisas, falou-se da criação das universidades, do ensino assegurado pelos corpos militares depois das Invasões Francesas, das escolas que o legado do Conde de Ferreira permitiu construir por todo o país, ou dos edifícios com ideais republicanos projectados por Adães Bermudes. À mão, para quem quisesse consultar, tivemos os dois volumes de que a Filomena foi co-autora, Muitos anos de escolas, sobre a história dos edifícios destinados ao ensino infantil e primário, em Portugal, até aos anos 70.

A segunda intervenção esteve a cargo de João Barroso, professor da Universidade de Lisboa na área das Ciências da Educação. Dos edifícios passámos à sala de aula e aos pressupostos pedagógicos que regulam a disposição dos alunos e do professor, numa figura facilmente identificável um pouco por todo o mundo: os alunos nas carteiras, virados para o professor, de quem recebem informação. João Barroso partiu de uma imagem do início do séc. XX, de Jean Marc Côté ou de Villemard (que aqui reproduzimos), em que se imaginava uma sala de aula cem anos mais tarde, e em que a principal inovação em relação à sala de aula tradicional tinha a ver com o suposto avanço tecnológico, mantendo-se a relação aluno/professor e a disposição do mobiliário. Esta e outras imagens serviram de mote para uma discussão sobre a flexibilidade do arranjo tradicional, as vantagens e desvantagens da posição hierárquica e fisicamente destacada de um professor e a impossibilidade dessa rigidez nalgumas disciplinas (como as artes), ou da hipótese, hoje mais comum, de transformar a aula num espaço em que os alunos também aprendem uns com os outros, sentando-se frente a frente ou em grupos.

A próxima sessão deste ciclo, em que conversamos sobre as escolas que temos e as que gostaríamos de ter, será no dia 24 de Outubro, às 16h. Aí teremos oportunidade de falar com alunos e colegas de Mário Dionísio sobre o seu trabalho enquanto professor.

Deixe um comentário

 

voltar às notícias

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020