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25 de Abril – Inauguração da exposição «Deus no telhado e os novos anjos»; 26 de Abril – conversa sobre a exposição; 28 de Abril – uma conversa com Jerónimo Franco

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO «DEUS NO TELHADO E OS NOVOS ANJOS»
Quarta-feira, 25 de Abril, 19h

A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, em colaboração com a Lega di Cultura di Piadena, apresenta a exposição de fotografia «Deus no telhado e os novos anjos» de Giuseppe Morandi.

A inauguração conta com a presença do autor e o Coro da Achada canta algumas canções do seu repertório. Há comes e bebes, mas tragam um farnel para ajudar.

A exposição é constituída por meia centena de retratos – feitos ao longo de meio século – de homens, mulheres, crianças, gente vulgar – italianos, africanos, indianos -, que, uma vez fotografada, deixa de ser vulgar e nos faz pensar. São cenas de quotidiano e cenas de festa na Baixa Padana. O título nasceu dum poema de Lise Rouillard, escrito em 1986, «que, ao ver um pedreiro a trabalhar em cima dum telhado, exclama «é um deus!».

Mas não é por acaso que escolhemos esta data para a inauguração:

«Dias impossíveis de contar. Não há tempo para isso. A multidão misturada com os soldados e marinheiros. Cravos (onde nasceram tantos cravos?) nas espingardas e nas mãos de toda a gente. Telefonemas, abraços, o “viva Portugal” por toda a parte. Um país diferente. Toda a gente fala com toda a gente, esfusiante, sem medo! A caça aos Pides. A libertação dos presos de Caxias, o regresso dos emigrados (Mário Soares, primeiro, Álvaro Cunhal depois, Piteira Santos virá depois, tantos mais).
Começam as reuniões por todo o lado. No Liceu Camões realizamos a primeira reunião de apoio ao Movimento. Vamos entregar à Junta de Salvação Nacional o nosso documento. Começamos a organizar-nos. Não paro mais. (30.4.74)»
Mário Dionísio, Passageiro Clandestino

NO DIA SEGUINTE, VAMOS CONVERSAR SOBRE A NOVA EXPOSIÇÃO: OLHARES SOBRE OS NOVOS ANJOS
Quinta-feira, 26 de Abril, 18h

Após a inauguração da exposição «Deus no telhado e os novos anjos» de Giuseppe Morandi, acontece uma conversa que olha para esta exposição e que junta muita gente de muitos sítios e áreas diferentes. Para além da presença do autor, juntam-se Gianfranco Azzali,Peter Kammerer,Paolo Barbaro, Jorge Silva Melo; e os fotógrafos André Beja, Camila Watson, Catarina Botelho e Luís Rocha.

«Tal como na famosa canção dos partisans, alguém acorda de manhã e vê. Neste caso, não vê o invasor, mas um deus no telhado. Ele desce ao pátio e dá a boa nova. As fotografias de 1985 mostram Emilio Bosio, pedreiro, incarnação de uma beleza antiga, semelhante às obras-primas da arte italiana. A seu lado, Antonio, deus negro vindo do Níger. Morandi viu-o passar de bicicleta, com aquele estranho chapéu na cabeça. Aproveitou esse instante, pediu-lhe autorização para o fotografar e travou conhecimento com ele. Não se rouba a fotografia a alguém. Até os indianos do campo desportivo conhecem Morandi e aceitam a sua curiosidade como um acto de solidariedade.»
Peter Kammerer (2011)

E ENTRE O 25 DE ABRIL E O 1º DE MAIO, UM ITINERÁRIO POUCO COMUM:
UMA CONVERSA COM JERÓNIMO FRANCO
Sábado, 28 de Abril, 16h

Nesta 13ª sessão de «Itinerários», onde uma pessoa conta o seu percurso pouco comum, vamos conversar com Jerónimo Franco.

Como foi vir duma aldeia para Lisboa aos 11 anos, andar na escola e trabalhar. Como foi fazer a tropa em Moçambique. Como foi trabalhar na TAP e ser presidente do Sindicato dos Metalúrgicos antes do 25 de Abril . Como foi discursar a uma multidão no 1º de Maio de 1974. Como foi fundar o Movimento de Esquerda Socialista e dele sair. Como é ir aprendendo com as pessoas e também nos livros. Como é estar reformado e dividir o tempo entre Lisboa e uma aldeia.

A sessão conta com a projecção de um documentário sobre a luta dos trabalhadores da TAP nos anos 70.

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André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020