6 a 9 de Setembro
4 de Setembro de 2013ITINERÁRIOS: LIA GAMA
Sábado, 7 de Setembro, 16h
Nesta 15ª sessão de «Itinerários», em que uma pessoa conta a sua história pouco vulgar, vamos conversar com Lia Gama.
Como foi vir da Barroca do Zêzere para Lisboa. E saltar de Lisboa até Paris. Como foi parar ao teatro. E depois ao cinema. E depois à televisão. O que tem sido trabalhar em teatros comerciais, nacionais, independentes, com Carlos Avilez, Jorge Listopad, João Mota, Osório Mateus, Luís Miguel Cintra, Jorge Silva Melo e muitos outros. E filmar com Fonseca e Costa, Fernando Lopes, Manoel de Oliveira, Solveig Nordlund, Seixas Santos e muitos mais. E fazer séries e telenovelas. E intervir quando é caso disso. E ser mãe e avó.
VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingo, 8 de Setembro, das 15h30 às 17h30
Nesta oficina continuamos, com Margarida Guia, a falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.
Para todos a partir dos 6 anos.
CICLO A PALETA E O MUNDO III
Iniciação estética de Cochofel
Segunda-feira, 9 de Setembro, 18h30
Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.
Nesta sessão Eduarda Dionísio lê e comenta, com projecção de imagens, o capítulo IV de Iniciação estética de João José Cochofel.
«Diante de um quadro, ao escutarmos um trecho musical, quando lemos um livro ou nos alheamos na simples contemplação de uma paisagem, se embora de um modo obscuro pressentimos que tais exercícios vieram, eficazmente, convincentemente, acrescentar algo de novo, de inesperado, de estimulante, à nossa experiência da vida, se alvoroçadamente descobrimos no nosso íntimo que vieram alargar ao mesmo tempo as nossas faculdades de sentir e de compreender, é à palavra belo que recorremos para classificar o objecto que de tão singular maneira se impôs à nossa atenção. Um objecto do qual nada esperávamos que servisse o nosso conhecimento do mundo ou ajudasse a resolver as nossas mais instantes dificuldades quotidianas, cujo valor útil e prático ignorávamos, e que no entanto ali nos retém presos nas invisíveis malhas que todavia o ligam à condição humana de conhecer e agir.»
José João Cochofel, na introdução de Iniciação estética
CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Adieu Philipinne de Jacques Rozier
Segunda-feira, 9 de Setembro, 21h30
Nesta segunda-feira projectamos, ao ar livre, Adieu Philipinne (1962, 106 min.) de Jacques Rozier. Quem apresenta é Alberto Seixas Santos.
NOVAS MEMÓRIAS DO CÁRCERE
Sexta-feira, 6 de Setembro, 21h30
Organização: Miguel Horta e Tiago Afonso
Projecto desenvolvido na prisão de Guimarães.
– Projecção do documentário Espaço/Tempo de Tiago Afonso;
– Projecção de curtas metragens realizadas pelos reclusos;
– Apresentação do livro Novas memórias do cárcere resultante duma oficina de escrita e leitura destinada aos reclusos da prisão de Guimarães, orientada por Miguel Horta.
Uma oportunidade rara para se conhecer o trabalho cultural no interior de um estabelecimento prisional, neste caso o EPR Guimarães. Um projecto da Casa de Camilo/Guimarães capital da cultura. Para além do filme, a troca de ideias sobre o projecto “Novas memórias do cárcere” – Mediação Leitora (Miguel Horta).
Diz Tiago Afonso sobre o filme que realizou: “Tempo/Espaço documenta um conjunto de actividades organizadas a partir do mote das Memórias do Cárcere de Camilo Castelo Branco, ao longo de meio ano no Estabelecimento Prisional Regional de Guimarães. Esta ocupação inusitada dos tempos livres (palavra ingrata neste contexto) foi também o pretexto para a nossa progressiva aproximação à vida dos reclusos, e a presença prolongada na prisão permitiu-nos explorar outros pormenores – tatuagens, vigias, ferrolhos – num dia a dia algures na fronteira entre o documentário observacional e os dispositivos provocados”
Diz Miguel Horta sobre a mediação leitora:” É preciso primeiro escutar as vozes e trabalhar a competência da palavra inata no amago do ser: ouvir as histórias de vida, entender as lágrimas em silêncio, e propor horizontes primeiro de escuta com narração oral e pequenas poesias, acessíveis. Depois, é ir mais longe, comunicando com disponibilidade.”