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Áreas Principais

Arquivo para a categoria ‘Itinerários’

 

6 a 9 de Setembro

4 de Setembro de 2013

Layout 1

ITINERÁRIOS: LIA GAMA
Sábado, 7 de Setembro, 16h

Nesta 15ª sessão de «Itinerários», em que uma pessoa conta a sua história pouco vulgar, vamos conversar com Lia Gama.

Como foi vir da Barroca do Zêzere para Lisboa. E saltar de Lisboa até Paris. Como foi parar ao teatro. E depois ao cinema. E depois à televisão. O que tem sido trabalhar em teatros comerciais, nacionais, independentes, com Carlos Avilez, Jorge Listopad, João Mota, Osório Mateus, Luís Miguel Cintra, Jorge Silva Melo e muitos outros. E filmar com Fonseca e Costa, Fernando Lopes, Manoel de Oliveira, Solveig Nordlund, Seixas Santos e muitos mais. E fazer séries e telenovelas. E intervir quando é caso disso. E ser mãe e avó.

cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingo, 8 de Setembro, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina continuamos, com Margarida Guia, a falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.

CARTAZ SEGUNDA 9 SETEMBRO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Iniciação estética de Cochofel
Segunda-feira, 9 de Setembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão Eduarda Dionísio lê e comenta, com projecção de imagens, o capítulo IV de Iniciação estética de João José Cochofel.

«Diante de um quadro, ao escutarmos um trecho musical, quando lemos um livro ou nos alheamos na simples contemplação de uma paisagem, se embora de um modo obscuro pressentimos que tais exercícios vieram, eficazmente, convincentemente, acrescentar algo de novo, de inesperado, de estimulante, à nossa experiência da vida, se alvoroçadamente descobrimos no nosso íntimo que vieram alargar ao mesmo tempo as nossas faculdades de sentir e de compreender, é à palavra belo que recorremos para classificar o objecto que de tão singular maneira se impôs à nossa atenção. Um objecto do qual nada esperávamos que servisse o nosso conhecimento do mundo ou ajudasse a resolver as nossas mais instantes dificuldades quotidianas, cujo valor útil e prático ignorávamos, e que no entanto ali nos retém presos nas invisíveis malhas que todavia o ligam à condição humana de conhecer e agir.»
José João Cochofel, na introdução de Iniciação estética

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Adieu Philipinne de Jacques Rozier
Segunda-feira, 9 de Setembro, 21h30

Nesta segunda-feira projectamos, ao ar livre, Adieu Philipinne (1962, 106 min.) de Jacques Rozier. Quem apresenta é Alberto Seixas Santos.

filme tiago

NOVAS MEMÓRIAS DO CÁRCERE
Sexta-feira, 6 de Setembro, 21h30
Organização: Miguel Horta e Tiago Afonso

Projecto desenvolvido na prisão de Guimarães.
– Projecção do documentário Espaço/Tempo de Tiago Afonso;
– Projecção de curtas metragens realizadas pelos reclusos;
– Apresentação do livro Novas memórias do cárcere resultante duma oficina de escrita e leitura destinada aos reclusos da prisão de Guimarães, orientada por Miguel Horta.

Uma oportunidade rara para se conhecer o trabalho cultural no interior de um estabelecimento prisional, neste caso o EPR Guimarães. Um projecto da Casa de Camilo/Guimarães capital da cultura. Para além do filme, a troca de ideias sobre o projecto “Novas memórias do cárcere” – Mediação Leitora (Miguel Horta).

Diz Tiago Afonso sobre o filme que realizou: “Tempo/Espaço documenta um conjunto de actividades organizadas a partir do mote das Memórias do Cárcere de Camilo Castelo Branco, ao longo de meio ano no Estabelecimento Prisional Regional de Guimarães. Esta ocupação inusitada dos tempos livres (palavra ingrata neste contexto) foi também o pretexto para a nossa progressiva aproximação à vida dos reclusos, e a presença prolongada na prisão permitiu-nos explorar outros pormenores –  tatuagens, vigias, ferrolhos – num dia a dia algures na fronteira entre o documentário observacional e os dispositivos provocados”

Diz Miguel Horta sobre a mediação leitora:” É preciso primeiro escutar as vozes e trabalhar a competência da palavra inata no amago do ser: ouvir as histórias de vida, entender as lágrimas em silêncio, e propor horizontes primeiro de escuta com narração oral e pequenas poesias, acessíveis. Depois, é ir mais longe, comunicando com disponibilidade.”

 

Como foi a sessão com o padre Mário de Oliveira

29 de Outubro de 2012

No sábado passado conversámos com Mário de Oliveira. Um dos participantes filmou a sessão inteira e colocou-a à disposição de toda a gente:

 

27 a 29 de Outubro: Itinerários com Padre Mário da Lixa; oficina «Inventar fabricando»; leitura de ‘Lições do passado’; cinema com ‘São Bernardo’

22 de Outubro de 2012

ITINERÁRIOS: MÁRIO DE OLIVEIRA
Sábado, 27 de Outubro, 16h

Nesta 14ª sessão de «Itinerários», em que uma pessoa conta a sua história pouco vulgar, vamos conversar com Mário de Oliveira, conhecido por Padre Mário da Lixa, que já participou numa sessão sobre as «aparições» de Fátima em Maio.

Como foi nascer no campo há mais de sete décadas. Como se vai parar a padre. Como foi ser professor, ser capelão na Guerra Colonial e voltar depois a Macieira da Lixa. O que é ser preso. O que é ser padre sem paróquia. O que é manter um jornal chamado Fraternizar e uma página na internet. O que o Barracão da Cultura. O que tem sido pensar por si e ir publicando dezenas de livros. Pela vida fora e pela estrada fora. Em que deus se pode crer no meio disto tudo.

OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 28 de Outubro, das 15h30 às 17h30

Em Outubro continuamos a oficina «Inventar fabricando»que não se destina só aos que participaram nela em Agosto, mas também a novas mãos que se queiram juntar.

A partir de objectos de cozinha fizeram-se outros objectos, muitos, que serão antes personagens. Foram nascendo quase histórias. E ainda mais histórias nascerão em Outubro. E se delas fizéssemos livros?
Mais invenções, mais fabricos, mais aprendizagens. Pierre Pratt, desenhador, volta a convidar Filomena Marona Beja, escritora, que já se meteu ao barulho.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 29 de Outubro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 29 de Outubro, 21h30

Nesta sessão projectamos São Bernardo (1972, 113 min.) de Leon Hirzman, a partir do romance de Graciliano Ramos.
Quem apresenta é António Rodrigues.

Sinopse: No interior de Alagoas, um filho de camponeses, Paulo Honório, é um vendedor ambulante que anda pelo sertão a negociar redes, gado, imagens, rosários e miudezas. Fica com uma obsessão: arrancar a fazenda São Bernardo das mãos do dono, o endividado Luiz Padilha, fazendo dele seu empregado. Paulo Honório alcança finalmente o seu objectivo e faz prosperar a fazenda. Sente então que tem de constituir uma família e pensa na professora Madalena, que convida a visitar a fazenda. Casam-se, mas o humanismo e a sensibilidade da professora entra em choque com a rudeza de Paulo Honório. Nasce a suspeita que ela o trai. Paulo Honório tem ciúmes, que vêm da sua imaginação. Um dia, descobre uma folha de papel em que reconhece a letra de Madalena. Pensa que é parte de uma carta para um amante. Discutem e Madalena suicida-se. Honório passa a ser um homem arrasado, torturado pela dúvida, solitário. E escreve as suas memórias.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

18 a 20 de Agosto: Oficina «Inventar fabricando»; leitura de ‘Tratado da paisagem’ de Lhote; cinema ao ar livre com ‘O submarino amarelo’ com música dos Beatles; sessão «Itinerários» adiada

16 de Agosto de 2012

OFICINA INVENTAR FABRICANDO
Domingo, 19 de Agosto, das 15h30 às 17h30

Em Agosto há uma oficina diferente: «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», com Pierre Pratt.

Desta vez, o Pierre convida vossas excelências a sujar as mãos, e talvez um bocadinho da vossa roupa e por isso convinha trazer uma camisola que só espera ficar mais suja de tintas (laváveis, claro, mas nunca se sabe se se pode realmente confiar no rótulo do frasco das tintas, e também do detergente).
Vamos, a partir de objectos do nosso dia-a-dia, ou do dia-a-dia dos outros, dar-lhes outras vidas, e eles até vão gostar!
Venham todos, porque en août, plus on est de fous, plus on rit (em Agosto, quanto mais louco se é, mais se ri), como se diz na minha terra!

Aqui podem ver como foi a primeira sessão desta oficina, em que se fabricaram animais a partir de objectos de cozinha; na segunda sessão fabricaram-se, a partir de vários objectos, personagens humanas. Nesta terceira sessão vamos construir cenários com colagens e pinturas.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 20 de Agosto, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Continua a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem lê é Manuela Torres.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. Hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE – QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 20 de Agosto, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta sessão projectamos O submarino amarelo (1968, 90 min.) de George Dunning, com banda sonora dos Beatles. Quem apresenta é Youri Paiva.

Sinopse: Era uma vez um paraíso sobrenatural chamado Peperland – um lugar onde a música e a felicidade eram rainhas supremas. Mas foi ameaçado quando o terrível Blue Meanies declarou guerra e enviou a sua armada, liderada pelo ameaçador Flying Glove, para destruir tudo o que de bom houvesse. E é aí John, Paul, George e Ringo entram para salvar o dia! Armados com pouco mais do que o seu humor, a sua música e, claro, o seu submarino amarelo, os Fab Four enfrentam corajosamente os perigosos mares na esperança de aniquilar as forças maléficas do reino invasor.

 

ITINERÁRIOS COM CARLOS CARVALHO
Em virtude de Carlos Carvalho se encontrar fora de Portugal, a sessão «Itinerários 14», que se iria realizar no sábado, foi adiada para data a anunciar.

 

9 a 11 de Junho: Itinerário de Jerónimo Franco; oficina de fotografia; leituras da polémica do neo-realismo; cinema com ‘Esta terra é minha’ de Renoir

7 de Junho de 2012

ITINERÁRIOS:
continuação duma conversa com Jerónimo Franco
Sábado, 9 de Junho, 16h

Em Abril já tínhamos conversado com Jerónimo Franco, onde nos contou muitas coisas interessantes. Como ficou muito por contar, Jerónimo Franco regressa neste mês à Casa da Achada.

Como foi vir duma aldeia para Lisboa aos 11 anos, andar na escola e trabalhar. Como foi fazer a tropa em Moçambique. Como foi trabalhar na TAP e ser presidente do Sindicato dos Metalúrgicos antes do 25 de Abril. Como foi discursar a uma multidão no 1º de Maio de 1974. Como foi fundar o MES – Movimento de Esquerda Socialista e dele sair. Como é ir aprendendo com as pessoas e também nos livros. Como é estar reformado e dividir o tempo entre Lisboa e uma aldeia.

A sessão conta com a projecção de um pequeno documentário sobre a luta dos trabalhadores da TAP nos anos 70.

 

OFICINA DE FOTOGRAFIA
Inquérito ao bairro
Domingo, 10 de Junho, das 15h30 às 17h30

Na oficina deste mês, com Youri Paiva e outros, vamos fotografar o bairro onde fica a Casa da Achada – São Cristóvão – e as redondezas. As pessoas, as casas, as obras, o que apetecer pode ser fotografado.

Para todos a partir dos 10 anos. Quem tiver uma máquina fotográfica – seja ela qual for – que a traga, mas quem não tiver pode fotografar com a máquina que cá temos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira,  11 de Junho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, por Marta Raposo e Susana Baeta, de textos da polémica do neo-realismo, em particular dos artigos publicados por João José Cochofel e António José Saraiva na revista Vértice em 1952.

Numa nota de Mário Dionísio na sua Autobiografia (1987) está enumerada uma lista de textos sobre esta polémica:

«Entretanto, ao leitor interessado na vulgarmente cha­mada “polémica interna do neo-realismo”, será indispensável conhecer estes dois grupos de textos, todos eles publicados na revista Vértice, de Coimbra:
I. polémica António José Saraiva – João José Cochofel: Cochofel, «Notas soltas acerca da arte, dos artistas e do público» (Vol. XII, N.° 107, Julho de 52, pp. 343-349); Saraiva, «Problema mal posto» (Vol. XII, N.° 109, Setembro de 52, pp. 495-499); Cochofel, «Problema falseado» (Vol. XII, N.° 109, Setembro de 52, pp. 500-504); Saraiva, «Comentários — A propósito dum lugar comum» (Vol. XIV, N.° 128, Maio de 54, pp.286-288); Cochofel, «Uma carta» (Vol. XIV, N.° 130, Julho de 54, pp. 421-422); «Uma carta do nosso co­laborador António José Saraiva» (Vol. XIV, N.° 133, Outubro de 54, p. 569); Redacção, «Encerramento duma polémica» (Vol. XIV, N.° 135, Dezembro de 54, pp. 726-727). II. Mário Dionísio, «O Sonho e as Mãos» (Vol. XIV, N.° 124, Janeiro de 54, pp. 33-37 e N.° 125, Fevereiro de 54, pp. 93-101); António Vale (aliás Álvaro Cunhal), «Cinco no­tas sobre forma e conteúdo» (Vol. XIV, N.° 131-132, Agosto-Setembro de 54, pp. 466-484); «Uma carta do nosso colabo­rador Mário Dionísio» (Vol. XIV, N.° 133, Outubro de 54, pp. 566-568); «Uma carta do nosso colaborador Fernando Lopes Graça» (Vol. XIV, N.° 134, Novembro de 54, pp. 645-646).»

CICLO DE CINEMA «POLÍTICA UMA VEZ POR SEMANA»
Segunda-feira, 11 de Junho, 21h30

Agora que parece que temos pouco que ver com política, embora ela nos determine a vida quotidianamente, apresentamos o ciclo de cinema «Política uma vez por semana». A política não é só a do poder, ou as vias mais ou menos legais para o alcançar, mas também levantamentos populares, lutas pequenas (ou grandes), revoltas e revoluções, de que a História e as nossas vidas se fazem. É impossível separar a Política da História. E a arte – o cinema incluído – tem política dentro.

Nesta sessão deste ciclo projectamos Esta terra é minha (1943, 103 min.) de Jean Renoir. Um professor tímido e inseguro, Albert Lory, acaba por revelar coragem quando é julgado por homicídio na França ocupada pelos nazis.
Quem apresenta é João Pedro Bénard.

 

25 de Abril – Inauguração da exposição «Deus no telhado e os novos anjos»; 26 de Abril – conversa sobre a exposição; 28 de Abril – uma conversa com Jerónimo Franco

23 de Abril de 2012

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO «DEUS NO TELHADO E OS NOVOS ANJOS»
Quarta-feira, 25 de Abril, 19h

A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, em colaboração com a Lega di Cultura di Piadena, apresenta a exposição de fotografia «Deus no telhado e os novos anjos» de Giuseppe Morandi.

A inauguração conta com a presença do autor e o Coro da Achada canta algumas canções do seu repertório. Há comes e bebes, mas tragam um farnel para ajudar.

A exposição é constituída por meia centena de retratos – feitos ao longo de meio século – de homens, mulheres, crianças, gente vulgar – italianos, africanos, indianos -, que, uma vez fotografada, deixa de ser vulgar e nos faz pensar. São cenas de quotidiano e cenas de festa na Baixa Padana. O título nasceu dum poema de Lise Rouillard, escrito em 1986, «que, ao ver um pedreiro a trabalhar em cima dum telhado, exclama «é um deus!».

Mas não é por acaso que escolhemos esta data para a inauguração:

«Dias impossíveis de contar. Não há tempo para isso. A multidão misturada com os soldados e marinheiros. Cravos (onde nasceram tantos cravos?) nas espingardas e nas mãos de toda a gente. Telefonemas, abraços, o “viva Portugal” por toda a parte. Um país diferente. Toda a gente fala com toda a gente, esfusiante, sem medo! A caça aos Pides. A libertação dos presos de Caxias, o regresso dos emigrados (Mário Soares, primeiro, Álvaro Cunhal depois, Piteira Santos virá depois, tantos mais).
Começam as reuniões por todo o lado. No Liceu Camões realizamos a primeira reunião de apoio ao Movimento. Vamos entregar à Junta de Salvação Nacional o nosso documento. Começamos a organizar-nos. Não paro mais. (30.4.74)»
Mário Dionísio, Passageiro Clandestino

NO DIA SEGUINTE, VAMOS CONVERSAR SOBRE A NOVA EXPOSIÇÃO: OLHARES SOBRE OS NOVOS ANJOS
Quinta-feira, 26 de Abril, 18h

Após a inauguração da exposição «Deus no telhado e os novos anjos» de Giuseppe Morandi, acontece uma conversa que olha para esta exposição e que junta muita gente de muitos sítios e áreas diferentes. Para além da presença do autor, juntam-se Gianfranco Azzali,Peter Kammerer,Paolo Barbaro, Jorge Silva Melo; e os fotógrafos André Beja, Camila Watson, Catarina Botelho e Luís Rocha.

«Tal como na famosa canção dos partisans, alguém acorda de manhã e vê. Neste caso, não vê o invasor, mas um deus no telhado. Ele desce ao pátio e dá a boa nova. As fotografias de 1985 mostram Emilio Bosio, pedreiro, incarnação de uma beleza antiga, semelhante às obras-primas da arte italiana. A seu lado, Antonio, deus negro vindo do Níger. Morandi viu-o passar de bicicleta, com aquele estranho chapéu na cabeça. Aproveitou esse instante, pediu-lhe autorização para o fotografar e travou conhecimento com ele. Não se rouba a fotografia a alguém. Até os indianos do campo desportivo conhecem Morandi e aceitam a sua curiosidade como um acto de solidariedade.»
Peter Kammerer (2011)

E ENTRE O 25 DE ABRIL E O 1º DE MAIO, UM ITINERÁRIO POUCO COMUM:
UMA CONVERSA COM JERÓNIMO FRANCO
Sábado, 28 de Abril, 16h

Nesta 13ª sessão de «Itinerários», onde uma pessoa conta o seu percurso pouco comum, vamos conversar com Jerónimo Franco.

Como foi vir duma aldeia para Lisboa aos 11 anos, andar na escola e trabalhar. Como foi fazer a tropa em Moçambique. Como foi trabalhar na TAP e ser presidente do Sindicato dos Metalúrgicos antes do 25 de Abril . Como foi discursar a uma multidão no 1º de Maio de 1974. Como foi fundar o Movimento de Esquerda Socialista e dele sair. Como é ir aprendendo com as pessoas e também nos livros. Como é estar reformado e dividir o tempo entre Lisboa e uma aldeia.

A sessão conta com a projecção de um documentário sobre a luta dos trabalhadores da TAP nos anos 70.

 

7 a 9 de Janeiro: Itinerários com Jacinto Rego de Almeida; Oficina de Teatro Comunitário; ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››; cinema com ‘Boudu querido’ de Renoir

2 de Janeiro de 2012

O primeiro fim-de-semana do ano será de actividades várias na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.

No sábado, 7 de Janeiro, pelas 16h, acontece a 12ª sessão de ‹‹Itinerários›› – uma rubrica onde convidamos alguém com um percurso de vida invulgar que nos conta a sua história. Desta vez é Jacinto Rego de Almeida que nos explica como foi desertar da guerra colonial em Moçambique, sendo oficial da Armada de carreira; o que foi ser exilado, antes do 25 de Abril, em Paris e no Brasil e, depois do 25 de Abril, Conselheiro Económico da Embaixada de Portugal no Brasil; e como se escolhe ser escritor, publicar livros e escrever sobre literatura, vivendo em Alcanhões.

No dia seguinte, domingo, 8 de Janeiro, das 15h30 às 17h30, começa uma nova oficina: Teatro Comunitário. Todos os domingos de Janeiro serão ocupados por esta oficina de teatro, orientada por Rita Wengorovius, pelo Teatro Umano, e outros mais. Nesta primeira sessão vamos fazer um estendal de poesia do bairro: partilhar poemas que os participantes trouxerem, estender ideias e ensaiar formas de dizer e intervir. Tragam um poema de que gostem muito. Para todos a partir dos 10 anos.

Na segunda-feira, pelas 18h30, continua a leitura de Conflito e unidade da arte contemporânea de Mário Dionísio, inserido no ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››. Quem lê e comenta, com projecção de imagens das obras citadas, é Eduarda Dionísio.

Nessa noite, às 21h30, acontece a 2ª noite de cinema do ciclo ‹‹Rir uma vez por semana››. Projectamos Boudu querido (1932, 85 min.) de Jean Renoir. Quem apresenta é Eduarda Dionísio.

 

21 a 24 de Outubro: Diana Dionísio fala sobre e lê ‘Solicitações e embocadas’; ‹‹Itinerários›› com Filomena Marona Beja; Oficina ‹‹Fazer um livro››; ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››; cinema com ‘O feiticeiro de Oz’

20 de Outubro de 2011

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Na sexta-feira, 21 de Outubro, pelas 18h, a sessão ‹‹Mário Dionísio, escritor›› é dedicada ao livro de poemas As solicitações e emboscadas (1945).

Diana Dionísio vai falar-nos sobre a relação que tem com esse livro publicado no ano do fim da guerra e daquilo que outros disseram sobre ele. Seguir-se-á uma leitura dos poemas.

O maior poema

Como os outros
como os outros
sem nada mais que os outros
sentindo como os outros
pensando como os outros
e sofrendo e lutando
e morrendo
como os outros

FMB - 22 OUT

No dia 22 de Outubro, sábado, pelas 16h, acontece a 11ª sessão de ‹‹Itinerários››, uma série que se realiza de dois em dois meses onde uma pessoa com um itinerário pouco vulgar conta a sua história. Para esta sessão convidámos Filomena Marona Beja.

Como se escolhe fazer estudos de biologia. Como da biologia se vai parar à função pública como documentalista e o que se pode ter aprendido sobre construções escolares. O que é investigar. O que faz começar a publicar romances e contos quando já se tem mais de 50 anos. O que é ser escritora. O que é ser premiada. E participar há mais de 10 anos na Leitura Furiosa com «zangados com a leitura». Haverá uma exposição de livros e leitura de textos de Filomena Marona Beja.

2011-10 Fazer um livro

No domingo, 23 de Outubro, das 15h30 às 17h30, acontece a penúltima oficina ‹‹Fazer um livro››. Nesta sessão continua a paginação do miolo com Pedro Serpa, e vai-se fabricar a capa com Marta Caldas.

SEGUNDA 24 out 11

No dia 24, segunda-feira, às 18h30, continua o ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››. Após a leitura de O Elogio da Mão nas passadas sessões, agora começa a leitura do primeiro capítulo de A vida das formas, ‹‹O mundo das formas››, de Henri Focillon. Quem lê e comenta, com projecção das obras citadas, é Pedro Rodrigues.

Nessa noite, pelas 21h30, projectamos mais um filme do ciclo de cinema ‹‹Estrelas de Hollywood››: O feiticeiro de Oz (1939, 101 min.) de Victor Fleming, com Judy Garland. Quem apresenta o filme é Miguel Castro Caldas.

OUTRAS ACTIVIDADES:

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Na segunda-feira, 24 de Outubro, pelas 15h, na Escola Secundária Camões, acontece uma mesa-redonda com alunos e professores contemporâneos de Mário Dionísio, conduzida pela jornalista e escritora Sarah Adamapoulus (também autora de um artigo sobre a Casa da Achada para o Notícias Magazine). Esta mesa-redonda está inserida na exposição ‹‹Mário Dionísio – Retrato a várias vozes››, que poderá ser visitada até 27 de Outubro (ver aqui o programa completo)

Na quinta-feira, 20 de Outubro, pelas 21h30, cedemos a sala a O Beco/EXIT! para um colóquio, com o tema ‹‹O valor é o homem – Teses sobre a socialização pelo valor e a relação entre os sexos››, a partir do texto de Roswitha Scholz com o mesmo título.

 

Adiado para 22 de Outubro: ‹‹Itinerários›› com Filomena Marona Beja, 16h

14 de Outubro de 2011

Informamos que a sessão ‹‹Itinerários›› com Filomena Marona Beja, que se iria realizar no dia 15 de Outubro, foi adiada para sábado, 22 de Outubro, pelas 16h. Esperamos poder contar convosco!

Como se escolhe fazer estudos de biologia. Como da biologia se vai parar à função pública como documentalista e o que se pode ter aprendido sobre construções escolares. O que é investigar. O que faz começar a publicar romances e contos quando já se tem mais de 50 anos. O que é ser escritora. O que é ser premiada. E participar há mais de 10 anos na Leitura Furiosa com «zangados com a leitura». Haverá uma exposição de livros e leitura de textos de Filomena Marona Beja.

 

15 a 17 de Outubro: Itinerários com Filomena Marona Beja; oficina de fazer um livro; ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››; cinema com ‘Ninotchka’; o Coro da Achada canta em Grândola

13 de Outubro de 2011

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No dia 15 de Outubro, sábado, pelas 16h, acontece a 11ª sessão de ‹‹Itinerários››, uma série que se realiza de dois em dois meses onde uma pessoa com um itinerário pouco vulgar conta a sua história. Para esta sessão convidámos Filomena Marona Beja.

Como se escolhe fazer estudos de biologia. Como da biologia se vai parar à função pública como documentalista e o que se pode ter aprendido sobre construções escolares. O que é investigar. O que faz começar a publicar romances e contos quando já se tem mais de 50 anos. O que é ser escritora. O que é ser premiada. E participar há mais de 10 anos na Leitura Furiosa com «zangados com a leitura». Haverá uma exposição de livros e leitura de textos de Filomena Marona Beja.

2011-10 Fazer um livro

No domingo, 16 de Outubro, das 15h30 às 17h30, continua a oficina ‹‹Fazer um livro››. Depois de Vítor Silva Tavares ter contado como se faziam livros à mão, nesta sessão Pedro Serpa vai ensinar-nos como se pagina um livro num computador.

SEGUNDA 17 out 11

No dia 17, segunda-feira, às 18h30 continua o ciclo ‹‹A Paleta e o Mundo III››, onde se analisam textos e obras que foram citadas por Mário Dionísio em A Paleta e o Mundo. Eduarda Dionísio continua leitura comentada, com projecção de imagens das obras citadas, de O Elogio da Mão de Henri Focillon.

Nessa noite, acontece a 3ª sessão do ciclo de cinema ‹‹Estrelas de Hollywood››. Pelas 21h30 projectamos o filme Ninotchka de Ernst Lubitsch, com Greta Garbo (1939, 110 min.). Quem apresenta é António Rodrigues.

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OUTRAS ACTIVIDADES:

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Está patente a exposição ‹‹Mário Dionísio – Retrato a várias vozes›› na Escola Secundária Camões, em Lisboa, de 13 a 27 de Outubro, com várias actividades relacionadas com Mário Dionísio e com a Casa da Achada. Pode consultar aqui o programa.

2011-10-15 Grândola AJA

No dia 15 de Outubro, pelas 21h30, o Coro da Achada canta em Grândola, no Cineteatro Grandolense, no lançamento do catálogo da exposição ‹‹Desta canção que apeteço, obra discográfica de José Afonso 1953/1985››, a convite da AJA – Associação José Afonso.

 

27 a 29 de Agosto: Itinerários com Henrique Espírito Santo; oficina de pintura em tecido; leitura de ‘A Paleta e o Mundo’; cinema ao ar livre com ‘A regra do jogo’ de Jean Renoir

25 de Agosto de 2011

De sábado a segunda-feira temos uma programação variada: uma conversa, uma sessão de pintura, uma leitura e cinema.

ItInerários 10 -

No dia 27 de Agosto, sábado, pelas 16h, acontece a 10ª edição de ‹‹Itinerários›› – uma rubrica em que convidamos alguém com um percurso diferente para uma conversa. E desta vez a conversa é com Henrique Espírito Santo: Como se vai parar ao cinema. O que foi o Cineclube Imagem. Dos cineclubes à produção de filmes. O cinema em Portugal no século XX. O que se fez, o que se viu e já não se vê. Como é hoje o cinema. O que é ser actor às vezes sem o ser sempre. Como vive e o que faz quem começou há tantos anos. Para além da conversa, há a projecção de curtas pouco conhecidas e uma exposição de documentos do Cineclube Imagem.

Oficinas Agosto 11

No dia seguinte, domingo, 28 de Agosto, continuam as oficinas ‹‹Cada semana um fabrico››. Das 15h30 às 17h30 vamos pintar em tecidos com Irene van Es. Para todos a partir dos 6 anos.

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Na segunda-feira, 29 de Agosto, às 18h30 continua a leitura comentada, com projecção das obras citadas, de A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio. Quem termina a leitura do capítulo ‹‹Conteúdo e forma›› é Pedro Rodrigues.

Nessa noite, pelas 21h30, continua o ciclo de de cinema ao ar livre ‹‹Filmes das nossas vidas››. Nesta segunda-feira convidamos João Pedro Bénard para escolher e apresentar um filme que, por algum motivo, o marcou: A regra do jogo (1939, 110 min.) de Jean Renoir.
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Notícias frescas: Itinerários de Micio e Giuseppe Morandi; Maria Keil; direitos de autor

20 de Junho de 2011

Nos dois últimos sábados recebemos pessoas que, com percursos diferentes, nos contaram várias coisas importantes das suas vidas e obras.

No dia 11 de Junho, aconteceu mais uma sessão de «Itinerários» em que conversámos com Gianfranco Azzali – Micio – e Giuseppe Morandi. Após convívios vários e a sessão em si, tiveram que regressar rapidamente para Itália para votarem nos referendos e, no dia seguinte, telefonaram-nos a dar as boas notícias de que as pessoas foram votar em grande número contra a privatização da água, contra a energia nuclear e contra a imunidade dos políticos em tribunal. Na conversa falou-se de muitas coisas: o trabalho no campo e na fábrica, as relações entre as pessoas e também com os animais, as mudanças significativas dos últimos anos, a formação da Lega di Cultura di Piadena e a sua evolução, a festa por eles organizada, a importância do canto popular, a fotografia e a relação do fotógrafo com quem fotografa, a participação no movimento de 68 em Itália. Nesse dia houve também uma exposição de fotografia de Giuseppe Morandi e a projecção de três filmes seus: El Pasturin, El Calderon e Il colore della Bassa.

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No passado sábado, dia 18, recebemos Maria Keil para a 3ª edição de «Amigos de Mário Dionísio». Maria Keil, 96 anos, artista e amiga de Mário Dionísio, foi ela quem paginou a A Paleta e o Mundo. Na sessão, Pitum Keil do Amaral falou da sua vida e da sua obra, enquanto iam sendo projectadas imagens de obras e fotografias. A sessão ainda contou com a participação de Miguel Horta. Também no mesmo dia montou-se, enquanto as nossas vizinhas estendiam a roupa, uma pequena exposição de Maria Keil, «Roupa a secar no Bairro Alto».

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Chegou-nos a notícia da publicação livre de Imaginem um mundo sem direitos de autor nem monopólios (Imagine there’s no copyright and no cultural conglomerates too…) de Joost Smiers e de Marieke van Schijndel. Esta edição foi traduzida por vários colaboradores da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio e incide nas incongruências dos direitos de autor e da propriedade privada que nos têm afectado. A publicação pode ser consultada nesta página e aconselhamos a sua leitura.

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16 a 18 de Abril: Itinerários com Alípio de Freitas, oficina de cadernos, apresentação de ‘HHhH – Operação Antropóide’ e projecção de ‘Os carrascos também morrem’ de Fritz Lang

14 de Abril de 2011

No sábado, 16 de Abril, às 16h acontece a 7ª sessão de Itinerários, uma série de conversas com pessoas com percursos invulgares. Desta vez a conversa será com Alípio de Freitas: De Trás-os-Montes para o Brasil, do Brasil para o Alentejo, com várias terras pelo meio. O que foi «perder» o 25 de Abril. Liberdade – prisão, prisão – liberdade. Como uma canção pode salvar vidas. Ser padre e deixar de ser. O que é um movimento camponês. O que é uma arma. O que é um partido. Como se faz um golpe militar. O que é a tortura. O que é o exílio. O que é a justiça. Ensinar e aprender.

No fim será projectado o filme À procura do socialismo de Alípio de Freitas e Mário Lindolfo.

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No domingo continua a oficina de ‹‹Juntar folhas em cadernos›› com Sónia Gabriel e Pedro Oliveira às 15h30. Para todos a partir dos 6 anos, nesta oficina juntam-se folhas, brancas ou com desenhos, imagens, fotografias…

Cartaz Oficina

Na segunda-feira, 18 de Abril, às 18h30 é apresentado o livro HHhH – Operação Antropóide de Laurent Binet, editado pela Sextante. Conta com a presença do autor e do editor João Rodrigues.

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À noite, pelas 21h30, projectamos o terceiro filme do Ciclo Revoltas e Revoluções: Os carrascos também morrem (1943, 134 min.) de Fritz Lang. Quem apresenta é Laurent Binet.

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Mário Dionísio escritor e Itinerários

8 de Dezembro de 2010

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Maria Alzira Seixo acaba de publicar, no 1º número da revista Letras Convida, editada pelo CLEPUL da Faculdade de Letras de Lisboa, num «dossiê escritor» sobre Mário Dionísio, um pequeno texto intitulado «Quinze anos depois – brevíssimo salto para Monólogo a duas vozes», segundo livro de contos de Mário Dionísio, editado em 1986 pela Dom Quixote e há vários anos esgotado.
Este pequeno texto segue-se à reedição de uma sua análise do conto «A lata de conserva», de O dia Cinzento e outros contos.

É de Monólogo a duas vozes que Maria Alzira Seixo vem falar, depois de a propósito dele ter escrito: «O que me interessa sublinhar é a capacidade matizada da linguagem ficcional de M. D., não como compromisso mas como revelação de contradições […]» E a frase não acaba aqui…

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João Paiva, 90 anos, litógrafo de profissão, tem tido uma vida cheia, parte dela em contacto com artistas bem mais conhecidos do que ele. Um percurso pouco vulgar, que nos vai contar.

Jorge Silva Melo recolheu um depoimento seu sobre a Gravura – Cooperativa de Gravadores Portugueses, fundada em 1956, onde João Paiva trabalhou, ensinando a quem quis aprender.
Por isso, incluímos a projecção do documentário Gravura – esta mútua aprendizagem na sessão onde vamos ouvir João Paiva contar. E Jorge Silva Melo participará na conversa, evidentemente.
É um documentário que inclui muitos outros depoimentos: Charrua, Bartolomeu Cid, Guilherme Parente, Júlio Pomar, Manuel Torres, Nikias Skapinakis, Paula Rego… Foi com os mais velhos que João Paiva privou e trabalhou.

 

Nos próximos dias: conversas, exposições, cinema, oficinas e leituras

21 de Outubro de 2010

Esperam-nos quatro dias preenchidos na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.

Este sábado, dia 23 de Outubro, acontecem duas coisas:

Às 16h inauguramos a exposição de fotografia «Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes vistos por Ursula Zangger», com a presença da autora. A exposição continua até o dia 8 de Novembro.

Fotos Ursula

Depois, às 17h, acontece a 4ª sessão de Itinerários. Desta vez é Jorge Valadas que nos falará do seu percurso: de Lisboa a Paris, nos anos 60; hoje entre Paris e Tavira; do trabalho manual ao trabalho intelectual; mudar a vida, mudar o mundo – o emigrante, o imigrado, o militante, o autor de livros em francês, com ou sem pseudónimo, também sobre Portugal.

Itinerarios 4

Nesse mesmo dia, em Paris, o Coro da Achada canta na Fête de Chorales no Les Condensateurs d’Idées (Montreuil).

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No domingo, dia 24 de Outubro, às 15h30, continua a Oficina de Teatro. É a 3ª sessão coordenada por Mariana Goes.

Oficina Teatro

No dia seguinte, segunda-feira, 25 de Outubro há a sessão habitual de leitura de A Paleta e o Mundo às 18h30. João Rodrigues e Sónia Gabriel lêem o capítulo «Sorrir e gritar».

À noite, às 21h30, projectamos o filme Espoir, a única longa-metragem de André Malraux. Quem apresenta é Eduarda Dionísio.

SEG 25 Out

Terça-feira a Casa da Achada abre excepcionalmente à noite. Pelas 21h30 há a apresentação e projecção do filme De Caras de Tiago Afonso, a partir de uma longa entrevista com Camilo Mortágua, com a presença do realizador e do entrevistado. Aqui deixamos o que diz Tiago Afonso sobre o filme e a apresentação:

«Arrasta-se há mais de três anos aquilo a que eu chamava o projecto LUAR. Hoje apresento-o na Casa da Achada com o título “De Caras”. O que começou por ser uma investigação e conjunto de entrevistas à volta da Liga Unida de Acção Revolucionária centrou-se numa só personagem: Camilo Mortágua.
Filme de enorme simplicidade formal, trata-se de um depoimento montado no qual a personagem fala sobre o seu percurso desde o início dos anos sessenta até aos dias de hoje tendo como momentos essenciais as acções da organização antifascista e a aventura da Torre Bela, ocupação e consequente autogestão da herdade dos duques de Lafões, que se transformou num dos ícones do PREC por ter sido registado em filme pelo recém falecido realizador alemão Thomas Harlan.
A segunda dimensão do filme, ao nível da imagem, são desenhos feitos por PAM a partir do depoimento, sendo que apenas um ou outro tem características de ilustração. A maioria tende para a dispersão. Trata-se de interpretações subjectivas de palavras bastante objectivas.
Desde o início que entendo que o sítio ideal para apresentar pela primeira vez este projecto é a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, não só por certas afinidades políticas, mas também por ter sido com estas pessoas (Mário Dionisenses) que dei os meus primeiros passos na descoberta da história recente, mas forçosamente esquecida por muitos deste nosso malfadado país à beira mar encostado.»

De Caras

 

Sábado: Exposição de Fotografia ‹‹Vieira da Silva e Arpad Szenes vistos por Ursula Zangger›› | Itinerários com Jorge Valadas

19 de Outubro de 2010

Este sábado, dia 23 de Outubro, acontecem duas coisas na Casa da Achada.

Às 16h inauguramos a exposição de fotografia ‹‹Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes vistos por Ursula Zangger››, com a presença da autora. A exposição continua até o dia 8 de Novembro.

Fotos Ursula

Depois, às 17h, acontece a 4ª sessão de Itinerários. Desta vez é Jorge Valadas que nos falará do seu percurso: de Lisboa a Paris, nos anos 60; hoje entre Paris e Tavira; do trabalho manual ao trabalho intelectual; mudar a vida, mudar o mundo – o emigrante, o imigrado, o militante, o autor de livros em francês, com ou sem pseudónimo, também sobre Portugal.

Itinerarios 4

Nesse mesmo dia, em Paris, o Coro da Achada canta na Fête de Chorales no Les Condensateurs d’Idées (Montreuil).

Coros_Paris

 

SÁB: Itinerários com Vítor Silva Tavares | DOM: Oficina de Gravura | SEG: Cinema: Os Verdes Anos

25 de Agosto de 2010

Este sábado, dia 28 de Agosto, às 16h, acontece a 3ª sessão de Itinerários. Desta vez é Vítor Silva Tavares que nos irá falar do seu percurso: Ir e vir da Madragoa ao Bairro Alto e ao Chiado; ir de Lisboa a Benguela e voltar; ir e vir de Lisboa ao Fundão. Ler, escrever e desenhar. Fazer jornais, fazer livros, fazer capas. Descobrir, inventar, contar, ajudar, viver. &etc &etc &etc…

Haverá também uma exposição de livros da &etc.

Itinerários 3

No domingo, dia 29, haverá mais uma oficina. Carla Mota fará gravura no jardim da Casa da Achada, das 15:30h às 17:30h. Para toda a gente a partir dos 6 anos. Número máximo de participantes: 10.

Oficina Gravura no Jardim

Na segunda-feira, dia 30 de Agosto, como habitualmente, há a leitura de A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio. Às 18:30h Filomena Marona Beja continua a leitura do capítulo ‹‹Para mais longe que os cavalos do Partenón›› sobre Gauguin.

Às 21:30hcinema ao ar livre frente à Casa da Achada. Projectamos Os verdes anos (1963) de Paulo Rocha, com a presença do realizador. Se as condições atmosféricas não permitirem a projecção ao ar livre, esta realiza-se na Casa da Achada. Ver aqui a restante programação do ciclo de cinema assim começaram 13 grandes realizadores.

30 Ago: Leitura A Paleta e o Mundo e Cinema Os Verdes Anos

Todas as actividades são de entrada livre.

 

Programação de Agosto de 2010

26 de Julho de 2010

AGOSTO 10

 

Passou-se um belo fim de semana na Casa da Achada: 19 e 20 de Junho

20 de Junho de 2010

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SÁBADO À TARDE: O ITINERÁRIO DE CLÁUDIO TORRES

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Veio de longe e foi para muito longe a conversa com Cláudio Torres, um dos fundadores da Casa da Achada-Centro Mário Dionísio. Histórias sem fim que não couberam nas três horas de conversa e hão-de continuar um dia destes. Quem estava (infelizmente poucos) também contou e completou, perguntou. Não foi difícil perceber porque é que o Campo Arqueológico de Mértola (de que Cláudio Torres ainda falou pouco na Casa da Achada) é o que é.

E um pedido de desculpa: no último e-mail enviado dizíamos que a conversa era às 19h. Mas não era. Foi às 16h, como o cartaz e a outras informações anteriores indicavam. Talvez também por isso ter havido menos presenças do que esta espantosa sessão merecia.

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SÁBADO E DOMINGO: DUAS VISITAS COLECTIVAS À CASA DA ACHADA

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No sábado de manhã, a visita inesperada de uma dúzia de pessoas que andavam a conhecer melhor Lisboa: pararam, entraram pela mão de quem já tinha entrado, olharam, ouviram, perguntaram. Descobriram.

No domingo à tarde, a visita de cerca de 20 pessoas vindas do Porto, frequentadoras da Universidade do Autodidacta e Terceira Idade, acompanhadas por Irene Ferreira. Foi a ultima etapa de uma visita que passou pelo Museu Irene Lisboa, pelo Museu do Neo-Realismo e pelo Parque dos Poetas. Também olharam, ouviram, perguntaram. Descobriram.

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DOMINGO À TARDE: MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO FINAL DA OFICINA DE FOTOGRAFIA «ACHAR A ACHADA» PARA GENTE NOVA (E MENOS NOVA)

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Com orientação de Catarina Costa Alves e Vera Correia, terminou a oficina de Fotografia. O trabalho foi montar a exposição do trabalho realizado nas duas sessões anteriores. Assim se achou a Achada, assim mostrou a quem quis ver, o achamento da Achada.

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FORA DE PORTAS, SÁBADO À NOITE: O CORO DA ACHADA CANTOU EM COIMBRA

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Vários elementos do Coro da Achada foram a Coimbra participar na festa da pintura do mural da história do Bairro da Relvinha, na Cooperativa Semear Relvinhas.

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AMANHÃ TAMBÉM É DIA

Cartaz-ciclo-paleta-2-245x300 Filmes proibidos antes do 25 de Abril Oficina Saguenail

Quem vier amanhã (segunda 21 de Junho) ao fim da tarde à leitura colectiva de A Paleta e o Mundo – é João Paulo Esteves da Silva que continua a ler o o capítulo «Nos umbrais da solidão», sobre os inícios da pintura moderna – e quem vier à noite ver ou rever Jules et Jim de François Truffaut, apresentado por Saguenail. Poderá ainda ver algumas imagens pelas portas e jardim: caricaturas de Salazar feitas por Cláudio Torres em 1966 (e recentemente editadas num pequeno álbum), assim como os resultados da oficina de fotografia.

 

Próximas actividades na Casa da Achada (17 a 21 de Junho)

14 de Junho de 2010

17 Junho, quinta-feira, às 18:00h
Mário Dionísio, um escritor: poemas lidos por Manuel Cintra

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Poemas lidos por Manuel Cintra, com a participação de Pedro e Diana, das obras de Mário Dionísio: Poesia incompleta, Poemas, As solicitações e emboscadas, O riso dissonante, Memória dum pintor desconhecido, Le feu qui dort, Terceira idade.

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19 de Junho, sábado, às 19:00h
Itinerários – 2: uma conversa com Cláudio Torres
Exposição de desenhos: «Salazar 40 anos?»

Itinerários-2

Conversa com Cláudio Torres:
Tondela. Flausino Torres. Exílio. Bucareste. Uma máquina de escrever. História de Arte. Rádio Bucareste. Desenhos. Praga 68. Lisboa. 25 de Abril. Faculdade de Letras. Mértola. Guadiana. Arqueologia. Museus. Islamismo. Unesco. Prémios.
Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc. Etc.

Exposição de desenhos de Cláudio Torres: «Salazar 40 anos?»

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20 Junho, domingo, das 15:30h às 17:30h
Oficina de Fotografia: Achar a Achada
Exposição das fotografias da oficina

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Com orientação de Catarina Costa Alves e Vera Correia.

Exposição «Achar a Achada»
Em conjunto, construir e inaugurar a exposição «Achar a Achada».

A partir dos 8 anos.

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21 Junho, segunda-feira, das 15:00h às 18:00h
Oficina de Vídeo

Oficina Saguenail

Com orientação de Saguenail.

Sessões: 3 horas por dia, de 21 de Junho a 2 de Julho. Sábado, dia 26, e domingo, dia 27, todo o dia. Inscrições: 218877090 ou casadaachada@centromariodionisio.org.

Dos 11 aos 14 anos. Máximo de participantes: 10.

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21 Junho, segunda-feira, às 18:30h
Leitura da 3ª parte de A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio

Ciclo A Paleta e o Mundo

Leitura colectiva, com projecção de imagens, do capítulo «Nos umbrais da solidão» . Quem lê é João Paulo Esteves da Silva.

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21 Junho, segunda-feira, às 21:30h
Ciclo Filmes Proibidos antes do 25 de Abril: Jules e Jim

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Continuação do ciclo «Filmes proibidos antes do 25 de Abril» com a projecção de Jules e Jim de François Truffaut (1962, 105 min.). Legendado em português.

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Ver aqui a programação de Junho de 2010.

Todas as actividades são de entrada livre. Ao chegar pergunte o que são os Amigos da Achada.

Horário de abertura: 2ª, 5ª e 6ª das 15h às 20h; sábados e domingos das 11h às 18h.

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O Coro da Achada canta:

19 Junho, sábado, na Cooperativa Semear Relvinhas (Coimbra), às 21:30h
Festa da pintura do mural da história do Bairro da Relvinha

Relvinha

Programa:
10:00h – 19:00h: Pintura do Mural
21:00h – 21:30h: Rebimbómalho
21:30h – 22:00h: Coro da Achada
22:00h – 22:30h: GEFAC – Grupo Etnográfico e Folclore da Academia de Coimbra

Durante o dia vai-se pintar um mural com a história do bairro da Relvinha e à noite o Rebimbómalho, Coro da Achada e a Tocata do GEFAC juntam-se aos vários grupos que se solidarizaram com o bairro na luta por condições condignas de habitabilidade nesta iniciativa que visa lembrar a história deste bairro.

História breve do bairro da Relvinha: Em 1954, 28 famílias foram desalojadas na zona da Estação Velha. Entre 1954 e 1974 estas famílias foram realojadas num bairro de barracas de madeira construído de raíz que procurava resolver de forma provisória a situação relativa à habitação destes moradores. As barracas de madeira, pouco tempo depois de serem estreadas, começaram a ter problemas de insalubridade. A pobreza e a fome marcavam a vida destes moradores. No final da década de 60 os moradores levam a cabo algumas acções radicais e criam uma comissão de moradores onde começam a discutir os problemas que os moradores enfrentavam, chegando a reivindicar junto da Câmara Municipal melhores condições de habitabilidade. Após 25 de Abril de 1974, com a adesão ao projecto SAAL, iniciou-se a construção de casas novas em auto-construção e substituiram-se as barracas de madeira, marcando o início de um novo tempo. Um tempo que é lembrado pelos moradores como um tempo denso em que está presente a “espoir”, conceito desenvolvido por Luísa Tiago Oliveira (2004) ao considerar que a “espoir” descrita por Malraux acerca da guerra civil espanhola se tratava de uma esperança idêntica à que se viveu e sentiu em Portugal nos dois ou três anos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974. Neste processo de auto-construção houve uma intensa participação dos moradores do bairro da Relvinha. Os moradores, na execução da Operação SAAL da Relvinha, contaram com a colaboração de vários grupos que se solidarizaram com a luta destes moradores pelo direito a uma habitação condigna. Entre os mesmos, contam-se um grupo de estudantes de medicina, grupos culturais, grupos de jovens voluntários estrangeiros, empresas, pessoas a título individual que deram um contributo imenso para a consecução dos objectivos dos moradores.

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020