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Arquivo para a categoria ‘Leitura Furiosa’

 

A décima quinta Leitura Furiosa: 18, 19 e 20 de maio

22 de Maio de 2018

Este ano a Leitura Furiosa aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de Maio na Casa Achada e, ao mesmo tempo, na cidade de Amiens (em França), onde nasceu, e no Porto.

Na sexta-feira 18 de Maio, cada um dos grupos se reuniu com um escritor, conviveram, almoçaram juntos e conversaram durante horas. Um momento especial onde os grupos, de pessoas zangadas com a leitura, não leitores habituais, se divertiram e se aproximaram da magia da escrita. À noite, os escritores escreveram em casa um pequeno texto, a partir do encontro.

No sábado 19 de Maio, os grupos voltaram a encontrar-se, desta vez na Casa Achada, leram o texto, falaram sobre ele, e mudaram o que quiseram. Entretanto os desenhadores ilustraram os textos, à vista de todos. A seguir, houve um grande almoço no quintal com todos os participantes e depois alguns deles foram a visitar uma livraria ou biblioteca.

No domingo 20 de Maio, distribuíram-se as brochuras com os textos ilustrados (os de França foram traduzidos para português) e fez-se a sua leitura pública em voz alta por actores, e alguns deles foram musicados e cantados, perante uma muito boa assistência de público. O encerramento do encontro furioso teve lugar com um animado lanche no quintal.

Este ano participaram na Leitura Furiosa: pessoas do Centro de Apoio Social de São Bento, do Conselho Português para os Refugiados, da Escola do Castelo, da Escola Gil Vicente, do GAT/IN-Mouraria e da Rádio Aurora, os escritores Alexandra Lucas Coelho, Filomena Marona Beja, Jacinto Lucas Pires, Miguel CardosoMiguel Castro Caldas e Nuno Milagre, os ilustradores Almeida GarcezCatarina SobralJoão Cabaço, Marta CaldasNadine RodriguesPierre Pratt, os actores e músicos Diogo DóriaF. Pedro OliveiraFernanda Neves, Inês Nogueira, Isabel Pinto, Margarida RodriguesPedro RodriguesRubina Oliveira, Rui Rodrigues, Sofia Marques e Susana Baeta.

 

Leitura Furiosa 2016

20 de Junho de 2016

A Leitura Furiosa destina-se aos que, sabendo ler, estão zangados com a leitura – crianças e adultos, homens e mulheres, empregados e desempregados, portugueses e estrangeiros.

Podem ler os textos feitos em Lisboa:

E uma excepção, fora de Lisboa, por motivo de férias da escritora:

  • «A Bica do Povo» de Filomena Marona Beja com um grupo da Bica do Povo, em Caldas de Arêgos, ilustrado por Pierre Pratt.

A sessão pública, no dia 12 de Junho, contou a leitura de textos de Lisboa, Caldas de Arêgos, Porto e Amiens pelos actores Andresa Soares, Bruno Humberto, F Pedro Oliveira, Inês Nogueira, João Cabral e Sofia Ortolá. Fotografias da sessão por David Lopes.

 

 

Leitura Furiosa duma cidade

8 de Junho de 2016

LF2016

A Leitura Furiosa destina-se aos que, sabendo ler, estão zangados com a leitura – crianças e adultos, homens e mulheres, empregados e desempregados, portugueses e estrangeiros.

A Leitura Furiosa é um acontecimento especial que acontece anualmente há vários anos em Lisboa e, ao mesmo tempo, noutras cidades. Uma dela é Amiens, em França, onde nasceu.

Para a Associação Cardan, de Amiens, que imaginou a Leitura Furiosa e a trouxe até Lisboa, e para a Casa da Achada o saber deve ser acessível àqueles que dele normalmente são excluídos, o saber e a cultura devem nascer de uma ligação com o conjunto da sociedade e a cultura pode e deve ser analisada por aqueles que habitualmente não a praticam ou pouco se ocupam dela. Por aí passa uma outra integração na sociedade daqueles que vivem com mais dificuldades e problemas vários que os afastam dessa cultura. Que pode ser menos aborrecida do que às vezes parece.

A Leitura Furiosa dura três dias. É um momento especial: quem é (ou que a vida tornou) zangado com a leitura, a escrita (e até o mundo) encontra-se com escritores! É um momento único que permite a um não-leitor aproximar-se da magia da escrita, por intermédio de uma pessoa que escreve literatura. Cada um faz ouvir a sua voz e até pode seguir depois um novo caminho, ao descobrir pessoas, coisas, frases, palavras que têm a ver com a sua vida e podem fazer pensar. Em si e nos outros. E na cidade, como propomos este ano na Casa da Achada, por estarmos no ciclo «Estas cidades»: Leitura Furiosa de uma cidade.

Alguns pequenos grupos de gente zangada com a leitura (entre 4 e 6 pessoas) convivem durante um dia (sexta-feira 10 de Junho), com um escritor, convidando-o para um passeio pelo bairro onde se encontram e conversando, de pé ou sentados. Pelo caminho, almoçam. E continuam a conversar.

À noite, o escritor escreverá em casa um pequeno texto, a partir do encontro, que oferecerá ao grupo com quem esteve, quando, no dia seguinte (sábado 11 de Junho), voltarem a encontrar-se, desta vez na Casa da Achada. Lê-se o texto, fala-se do texto, muda-se o texto. E os textos dos vários grupos são ilustrados por desenhadores convidados, à vista de toda a gente.
Depois do almoço, em que zangados com a leitura, escritores e ilustradores se reúnem, todos os grupos visitarão, com o seu escritor, a Casa da Achada e a sua biblioteca e a exposição «Lisboa acima Lisboa abaixo / Lisbonne, lecture d’une ville».

No domingo (12 de Junho, às 15h), os textos são tornados públicos (os que vêm de França são traduzidos para português) numa sessão de leitura em voz alta feita por actore. Será distribuída uma brochura ilustrada, com os textos escritos nas várias cidades, onde cada um, de uma maneira ou de outra, estará: mesmo quem está zangado com a leitura pode entrar, querendo ou não querendo, na literatura que os leitores costumam ler e que os zangados com ela poderão ler também.

Em Lisboa, os escritores João Paulo Esteves da Silva, Miguel Cardoso, Miguel Castro Caldas e Nuno Milagre encontram-se com grupos de pessoas da Associação Espaço Mundo, do Centro Social de São Bento, do Conselho Português para os Refugiados e da Escola n.º 10 do Castelo e escrevem textos que serão ilustrados por Bárbara Assis Pacheco, Marta Caldas, Nadine Rodrigues, Pierre Pratt e Zé d’Almeida e lidos por Andresa Soares, Bruno Humberto, F. Pedro Oliveira, João Cabral, Sofia Ortolá e outros.

E mais tarde nascerá disto tudo um livro, de dezenas de grupos, de escritores e ilustradores que às mesmas horas falaram, ouviram, contaram, perguntaram, responderam, leram, desenharam, em várias partes do país e do mundo. Coisas iguais e coisas diferentes.

 

LEITURA FURIOSA 2015 – domingo, 24 de Maio

1 de Junho de 2015

Nos dias 22, 23 e 24 de Maio aconteceu a Leitura Furiosa em Lisboa, Porto, Beja e Amiens.

Na sexta-feira, 23, os escritores Filomena Marona Beja, João Paulo Esteves da Silva, José Mário Silva, Miguel Cardoso e Miguel Castro Caldas encontraram-se com os grupos de pessoas do Centro de Apoio Social de S. Bento, Conselho Português para os Refugiados, Escola do Castelo, Escola Gil Vicente e Serviço Jesuíta aos Refugiados e escreveram os textos que foram discutidos no sábado, dia 24. Nesse mesmo dia esses textos foram ilustrados por Bárbara Assis Pacheco, Marta Caldas, Nadine Rodrigues, Pierre Pratt e Zé d’Almeida. Podem ver aqui fotografias deste dia e ouvir aqui a entrevista de Luís Caetano a Diana Dionísio e Luiz Rosas sobre a Leitura Furiosa, no programa «Ronda da noite» na Antena 2.

No domingo foi a sessão pública, onde os textos de Lisboa, Porto, Beja e Amiens foram lidos e cantados por Antonino Solmer, Diogo Dória, F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira, João Caldas, Luís Lucas, Mariana Nunes, Nuno Moura, Pedro Rodrigues e Sofia Ortolá. Foi editada uma brochura que pode ser descarregada aqui.

 

LEITURA FURIOSA 2015 – sábado, 23 de Maio

23 de Maio de 2015

Na sexta-feira, os escritores Filomena Marona Beja, João Paulo Esteves da Silva, José Mário Silva, Miguel Cardoso e Miguel Castro Caldas encontraram-se com os grupos de pessoas do Centro de Apoio Social de S. Bento, Conselho Português para os Refugiados, Escola do Castelo, Escola Gil Vicente e Serviço Jesuíta aos Refugiados e escreveram os textos que foram discutidos no sábado. Nesse mesmo dia esses textos foram ilustrados por Bárbara Assis Pacheco, Marta Caldas, Nadine Rodrigues, Pierre Pratt e Zé d’Almeida.

Na sessão de domingo, os textos de Lisboa, Porto, Beja e Amiens serão lidos e cantados por Antonino Solmer, Diogo Dória, F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira, João Caldas, Luís Lucas, Nuno Moura, Pedro Rodrigues e Sofia Ortolá.

 

Como foi a Leitura Furiosa

29 de Maio de 2014

A Leitura Furiosa é um acontecimento anual que dura três dias. Um momento de encontro de pessoas «zangadas com a leitura» com escritores. O momento único que permite a um não-leitor aproximar-se, com um escritor, da escrita. Cada um faz ouvir a sua voz e segue um outro caminho. E isto acontece ao mesmo tempo em Lisboa (na Casa da Achada), no Porto (em Serralves), em Beja (na Biblioteca Municipal) e em Amiens (França).

Este ano a Leitura Furiosa aconteceu de 23 a 25 de Maio. Na sexta-feira, os pequenos grupos de «gente zangada com a leitura» conviveram um escritor. À noite os escritores escreveram um pequeno texto.

Em Lisboa, a escritora Filomena Marona Beja encontrou-se com um grupo do Centro Social da Sé, José Mário Silva com um grupo da Escola Gil Vicente, Margarida Vale de Gato com um grupo do Centro de Apoio Social dos Anjos, Miguel Cardoso com um grupo do Conselho Português para os Refugiados e Miguel Castro Caldas com um grupo de alunos da Escola EB1 da Madalena.

No sábado, os escritores encontraram-se com os grupos para discutirem os textos. Depois de serem discutidos, foram ilustrados por Bárbara Assis Pacheco, José Smith Vargas, Marta Caldas e Pierre Pratt, foram sendo traduzidos para o francês (para seriem enviados para Amiens) e paginados na brochura que será editada no dia seguinte. Ao mesmo tempo fomos recebendo textos em francês de Amiens que iam sendo traduzidos para o português. Toda a gente almoçou em restaurantes – o Alcaide e o Eurico – aqui na zona. Durante a tarde os escritores e os seus grupos foram visitar ou a Livraria Fábula Urbis ou a Biblioteca de São Lázaro. Foi no domingo que os textos de Lisboa, do Porto, de Beja e de Amiens foram apresentados às muitas pessoas que vieram à Casa da Achada. Houve leituras pelos actores Antonino Solmer, F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira e Sofia Ortolá e canções por Diana Dionísio e Pedro Rodrigues.

Ver textos e ilustrações:

– ‹‹Chegámos de Charrete›› por Filomena Marona Beja com Maria Luísa, Amália, Silvina e Ermelinda no Centro Social da Sé. Ilustração por Pierre Pratt.

– ‹‹Quem-Quers-Quem-Quers-Que-Sai-a-Con-Ti-Go›› por Miguel Castro Caldas com Purbina, Garcia, Marco (Marcovitch/Chico/Francisco), Maria João, Vera (Verusca Patusca/Veriguiness/Veríssima), Umaiya na Escola Básica do 1º ciclo da Madalena. Ilustração de José Smith Vargas.

– ‹‹Coro dos Adolescentes›› por José Mário Silva com Inês, Jonata, Liliana, Pedro, Ruben, Catarina, Tatiana e António na Escola Gil Vicente. Ilustração de Bárbara Assis Pacheco.

– ‹‹Não precisas de ir a Roma para ver o Papa:›› por Margarida Vale de Gato com José Carlos Novais, Ilídio Pagaimo, Luís Brandão e Vítor Duarte no Centro de Apoio Social dos Anjos. Ilustração de Bárbara Assis Pacheco.

– ‹‹A Migração dos Flamingos›› por Miguel Cardoso com Iftikhar Zeb, Alexandra, Amadou Tidiane, Koffi,
Margarita Sharapova, Mondher no Centro Português de Refugiados da Bobadela. Ilustração de Marta Caldas.

 

LEITURA FURIOSA 2014

23 de Maio de 2014

LF 14 Sessão Pública - convite-001

 

Como foi o 3º dia da Leitura Furiosa

30 de Maio de 2013

No 3º dia da Leitura Furiosa apresentámos publicamente os textos escritos em Lisboa, Porto, Beja, Guimarães e Amiens. Para além de uma brochura com 64 páginas, onde se podem ler os textos ilustrados, tivemos leitura de vários textos para os participantes e toda a gente que os quis vir conhecer. Os actores Antonino Solmer, F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira e Sofia Ortolá leram os textos, Diana Dionísio e Pedro Rodrigues musicaram alguns excertos. Também os participantes da Escola Gil Vicente fizeram um rap com o seu texto e apresentaram-no.

Os textos foram escritos pelos escritores Miguel Castro Caldas com o grupo do Centro de Apoio Social dos Anjos; Hélia Correia com o Centro Social da SéJosé Mário Silva com o Centro Social de S. Cristóvão; Margarida Vale de Gato com o Conselho Português para os Refugiados; Nuno Milagre com a Escola do Castelo; Filomena Marona Beja com a Escola Secundária Gil VicenteMiguel Cardoso com o Recolhimento da Encarnação; Rosa Alice Branco com o Recolhimento de S. Cristóvão; Raul Malaquias Marques com o Centro de Dia do Socorro. Estes textos foram ilustrados por Bárbara Assis Pacheco, José Smith Vargas, Nadine Rodrigues, Marta Caldas, Nuno Saraiva, Pierre Pratt e Zé d’Almeida.

No fim fomos para o jardim da Casa da Achada lanchar e conviver.


Fotografias por Marta Raposo.

E aqui fica a brochura da Leitura Furiosa em Amiens!

 

2.º dia da Leitura Furiosa

25 de Maio de 2013

Depois do 1.º dia da Leitura Furiosa , os escritores encontraram-se com os grupos «zangados» com a leitura, na Casa da Achada, para discutirem os textos que foram escritos na véspera.

Nesta manhã encontraram-se os grupos do Centro de Apoio Social dos Anjos com Miguel Castro Caldas; do Centro Social da Sé com Hélia Correia; do Centro Social de S. Cristóvão com José Mário Silva, do Conselho Português para os Refugiados com Margarida Vale de Gato; da Escola do Castelo com Nuno Milagre; da Escola Secundária Gil Vicente com Filomena Marona Beja; do Recolhimento da Encarnação com Miguel Cardoso; do Recolhimento de S. Cristóvão com Rosa Alice Branco; do Centro de Dia do Socorro com Raul Malaquias Marques.

Ao mesmo tempo, no jardim da Casa da Achada, os ilustradores Bárbara Assis Pacheco, José Smith Vargas, Nadine Rodrigues, Marta Caldas, Nuno Saraiva, Pierre Pratt e Zé d’Almeida iam desenhando as ilustrações para os textos. Depois fomos todos almoçar a restaurantes aqui do bairro – o Eurico, o Alcaide e o Trigueirinho.

Durante a tarde os escritores com os grupos foram visitar vários locais com livros: a livraria Fábula-Urbis, a Biblioteca Municipal de São Lázaro, a Feira do Livro e a Feira do Livro Anarquista.

Amanhã, no domingo, às 15h, na Casa da Achada, estes e outros textos (das Leituras Furiosas no Porto, Beja, Guimarães e Amiens) serão lidos e cantados para toda a gente.

 

Começou a Leitura Furiosa

24 de Maio de 2013

Começou a Leitura Furiosa! Neste primeiro dia os escritores participantes foram encontrar-se, logo de manhã, com os grupos de «zangados» com a leitura nas instituições que frequentam. Depois almoçaram juntos e continuaram pela tarde o tempo que entenderam. Neste momento os escritores devem estar a terminar os seus textos a partir dos encontros, que amanhã de manhã serão discutidos com os grupos na Casa da Achada, ao mesmo tempo que serão ilustrados para serem publicados.

Nesta manhã encontraram-se os grupos do Centro de Apoio Social dos Anjos com Miguel Castro Caldas; do Centro Social da Sé com Hélia Correia; do Centro Social de S. Cristóvão com José Mário Silva, do Conselho Português para os Refugiados com Margarida Vale de Gato; da Escola do Castelo, no Centro Social Menino de Deus, com Nuno Milagre; da Escola Secundária Gil Vicente com Filomena Marona Beja; do Recolhimento da Encarnação com Miguel Cardoso; do Recolhimento de S. Cristóvão com Rosa Alice Branco; do Centro de Dia do Socorro com Raul Malaquias Marques.

No domingo, às 15h, na Casa da Achada, estes e outros textos (das Leituras Furiosas no Porto, Beja, Guimarães e Amiens) serão lidos e cantados.

 

26 a 27 de Maio: Leitura Furiosa; leitura de ‘Modos de ver’; cinema com ‘Erro do banco a vosso favor’

20 de Maio de 2013

No domingo, 26 de Maio, às 15h
apresentamos os textos
da Leitura Furiosa 2013
Layout 1

E na segunda-feira, 27 de Maio
há leituras e cinema
Cartaz 27 Maio 13

 

‘Bichos, bichinhos e bicharocos’ na Escola do Castelo

23 de Fevereiro de 2013

A turma do 2º ano da professora Ariana, da Escola n.º 10 do Castelo, em colaboração com a Casa da Achada e com a Biblioteca do Castelo pela mão da professora Teresa Aurora, tem andado à volta do livro Bichos, bichinhos e bicharocos de Sidónio Muralha, ilustrado por Júlio Pomar. Podem saber mais aqui!

As crianças da turma têm ensaiado com Pedro Rodrigues e Susana Baeta as canções de Francine Benoit a partir dos textos do livrinho, e fizeram vários desenhos dos bichos, bichinhos e bicharocos, até construíram um cão em madeira. E se o papagaio é como muitas pessoas, como são as pessoas? Os meninos e meninas respondem.

A exposição dos desenhos foi inaugurada na quarta-feira, na Biblioteca da Escola do Castelo, onde Eduarda Dionísio leu o seu texto sobre o livro.

Queridos meninos da Escola do Castelo,

O sapo sapinho doutor, o papagaio que faz banzé, o grilo da perna torta, a menina da estrelinha miudinha a luzir, e mais uns quantos que vocês agora conhecem, ficaram meus amigos para toda a vida. E trago-os muitas vezes dentro da cabeça, mesmo quando não dou muito por isso. E outras vezes aparecem-me uns versos do Sidónio Muralha na ponta da língua. E os desenhos do Pomar na ponta das pestanas. E foi há tantos, tantos anos que fiz estes amigos. E muitos outros meninos também.

Tive a sorte que nem todos tiveram de conhecer quem escreveu, quem desenhou e quem inventou as músicas que estão neste livro. A Francine Benoit ainda me ensinou um bocadinho de piano… Vejam lá…

Quando a minha filha já lia, passei-lhe o livro e aconteceu-lhe, parece-me, uma coisa parecida. Até lhe comprei uma nova edição, acabada de sair – mas infelizmente muito mais feia – a ver se não se estragava ainda mais o belíssimo livro com que eu tinha andado para trás e para diante, e que até tem uma dedicatória do Sidónio Muralha e do Júlio Pomar …

Um livro cheio de verdes, vermelhos, azuis e amarelos e traços do Pomar que não coincidem com as cores – e era a isso que eu achava graça. E ainda acho. Vejam lá…

Lembro-me muito mais do livro, que me foi acompanhando, do que do Sidónio Muralha, que o escreveu, e que depois escreveu muitos outros livros para crianças. Eu era muito pequena quando ele foi para fora de Portugal – primeiro para África, depois para o Brasil, onde passou a viver e onde morreu. Só cá vinha às vezes.

O Sidónio Muralha saiu de cá porque não conseguia viver e escrever num país sem liberdade, como foi esta nossa terra até ao 25 de Abril de 1974. Eram perseguidos e mesmo presos aqueles que queriam que o mundo fosse de outra maneira e faziam coisas para isso acontecer.

Foi por quererem um mundo em que todos pudessem dizer o que pensavam e onde não houvesse pobres e ricos – os pobres a sofrerem e os ricos de perna estendida – que Mário Dionísio, o meu pai, e Sidónio Muralha (e muitos outros, como o Pomar e a Francine) se tornaram amigos para a vida inteira e fizeram coisas juntos.

Por exemplo, ainda antes de eu ter nascido, no sítio onde hoje é a Casa do Alentejo, ali em baixo, Mário Dionísio com muitos amigos (o Sidónio Muralha e a Francine Benoit estavam neste grupo), organizaram uma série de sessões sobre assuntos a que nem toda a gente ligava e de que as pessoas sabiam pouco, para elas ficarem a saber mais (arte, literatura, música, pintura…). Pois olhem, fez-se a primeira e a segunda foi interrompida pela polícia. E não pôde haver mais. E as pessoas ficaram sem saber o que podiam ter aprendido.

Alguns deles eram poetas. Também isso juntava Mário Dionísio a Sidónio Muralha. Muito novos ainda, pouco tempo antes dessas sessões na Casa do Alentejo, publicaram quase ao mesmo tempo, os seus segundos livros de poemas numa mesma colecção chamada «Novo Cancioneiro» que juntou muitos mais poetas além deles. Todos queriam escrever de uma maneira nova, para mais gente do que aqueles que costumavam de ler, e falar nos seus versos de coisas que então apareciam pouco na poesia.

«Poemas» chama-se o livro de Mário Dionísio que saiu nesta colecção, quando ele tinha 25 anos. «Passagem de Nível» era o nome do livro do Sidónio Muralha, tinha ele 22.

Foi aqui que começaram novas maneiras de escrever. A isso se chamou «Neo-realismo», de que uns gostam e outros não, e que mais tarde vocês virão a saber o que foi. Hoje digo só que, para todos eles, o povo era muito importante. E mudar o mundo ainda mais.

Grande abraço da
Eduarda Dionísio
Fevereiro de 2013

E a turma ainda cantou umas canções!

A Escola do Castelo tem colaborado várias vezes com a Casa da Achada, nomeadamente na «Leitura Furiosa» e, mais recentemente, no projecto «Palavras que o vento não levará».

 

Como foi a Leitura Furiosa

14 de Maio de 2012

Aconteceu no passado fim-de-semana, de 11 a 13 de Maio, mais uma edição da Leitura Furiosa – um acontecimento anual de encontro de pessoas «zangadas com a leitura» com escritores, que este ano decorreu ao mesmo tempo em Lisboa (Casa da Achada), no Porto (Fundação Serralves), Beja (Biblioteca Municipal José Afonso) e Amiens (Cardan, França).

No primeiro dia, sexta-feira, 11 de Maio, um escritor encontra-se com o grupo de «zangados com a leitura» no seu sítio, almoçam juntos e conversam. Depois o escritor escreve um texto sobre esse encontro. Juntou-se um grupo do Recolhimento da Encarnação com a escritora Filomena Marona Beja, do Recolhimento de São Cristóvão com Jacinto Lucas Pires, do Centro Social Polivalente de São Cristóvão São Lourenço com Jaime Rocha, da Escola n.º 10 do Castelo com José Mário Silva, do Centro Social da Sé com Margarida Vale de Gato, da Escola Secundária Gil Vicente com Miguel Castro Caldas, do Centro de Apoio Social dos Anjos com Nuno Milagre, do Centro de Acolhimento para Refugiados do CPR com Rosa Alice Branco.

Na manhã de sábado os grupos voltam a encontrar-se com o escritor na Casa da Achada. Discutem o texto e fazem alterações. Os textos foram ilustrados por Bárbara Assis PachecoJosé Smith VargasNadine RodriguesNuno SaraivaPierre Pratt e Zé d’Almeida. Durante a tarde cada escritor leva o seu grupo para uma livraria ou biblioteca – visitaram-se as livrarias Fabula Urbis, Letra Livre, na biblioteca pública da  Casa da Achada e na biblioteca Camões, e a Feira do Livro.

O domingo foi o dia da apresentação pública dos textos e das ilustrações – não só os de Lisboa, mas também das Leituras Furiosas de outras cidades. Nessa tarde os actores Antonino Solmer, Diogo DóriaF. Pedro OliveiraInês NogueiraJoana CraveiroSuzana Borges leram os textos; alguns deles musicados por Diana Dionísio e Pedro Rodrigues. No fim houve tempo para um lanche no quintal para toda a gente poder conversar mais um pouco. Foi, também, editada uma brochura com todos os textos e ilustrações da Leitura Furiosa, que pode ser adquirida na Casa da Achada.

Sobre a Leitura Furiosa no Porto: O fio de Ariadne (Zilda Cardoso)

Sobre a Leitura Furiosa em Beja: Funcionária pública (Cristina Taquelim)

 

Leitura Furiosa 2012

7 de Maio de 2012

A Leitura Furiosa é um acontecimento anual que dura três dias. Um momento de encontro de pessoas «zangadas com a leitura» com escritores. O momento único que permite a um não-leitor aproximar-se, com um escritor, da escrita. Cada um faz ouvir a sua voz e segue um outro caminho. E isto acontece ao mesmo tempo em Lisboa (na Casa da Achada), no Porto (em Serralves), em Beja (na Biblioteca Municipal) e em Amiens (França).

Vários pequenos grupos de gente zangada com a leitura convivem durante um dia com um escritor, como entenderem fazê-lo. À noite, o escritor escreve um pequeno texto que oferecerá ao grupo quando, no dia seguinte, voltar a encontrar-se com ele. Passarão todos por uma livraria, por uma biblioteca. Os textos são ilustrados, paginados e os que vêm de França traduzidos. No domingo, terceiro dia do encontro, são tornados públicos numa sessão de leitura feita por actores e não-actores, alguns deles musicados e cantados, e publicados numa brochura.

Neste ano, juntámos um grupo do Recolhimento da Encarnação com a escritora Filomena Marona Beja, do Recolhimento de São Cristóvão com Jacinto Lucas Pires, do Centro Social Polivalente de São Cristóvão São Lourenço com Jaime Rocha, da Escola n.º 10 do Castelo com José Mário Silva, do Centro Social da Sé com Margarida Vale de Gato, da Escola Secundária Gil Vicente com Miguel Castro Caldas, do Centro de Apoio Social dos Anjos com Nuno Milagre, do Centro de Acolhimento para Refugiados do CPR com Rosa Alice Branco.

Os textos serão ilustrados por Bárbara Assis PachecoJosé Smith VargasNadine RodriguesNuno SaraivaPierre Pratt e Zé d’Almeida.

Na sessão pública, no domingo, 13 de Maio, na Casa da Achada, os textos serão lidos pelos actores e cantores Antonino SolmerDiana DionísioDiogo DóriaF. Pedro OliveiraInês NogueiraJoana CraveiroPedro Rodrigues e Suzana Borges

Quem imaginou, há quase 20 anos, a Leitura Furiosa foi a associação Cardan, duma cidade do norte da França, Amiens, que trabalha para tornar o saber acessível àqueles que dele são excluídos, para quem o saber e a cultura devem nascer de uma ligação com o conjunto da sociedade, para quem a cultura pode e deve ser analisada por aqueles que não a praticam.

 

24 a 27 de Fevereiro: Encontro de leitores; oficina de desenho; leitura de Bento de Jesus Caraça; cinema com ‘Gangsters falhados’; Coro da Achada em encontro sobre José Afonso

23 de Fevereiro de 2012

ENCONTRO DE LEITORES

Sexta-feira, 24 de Fevereiro, 15h

Na sequência da sessão «Contar, escrever e ler» que teve lugar na Casa da Achada no dia 10 de Fevereiro, um grupo de alunos da Escola do Castelo, por proposta da professora Ariana Furtado, irá ler um texto de Miguel Castro Caldas, escrito com eles.

Estarão presentes escritores que têm animado os vários grupos de leitura e também ilustradores. Quem requisitou livros – grandes e pequenos – na biblioteca há 15 dias virá devolvê-los e, se possível, falar sobre o que leu. E veremos também como continuarão os grupos até à próxima Leitura Furiosa que se realiza em Maio.

É também mais uma possibilidade de conhecer a Biblioteca Pública da Casa da Achada, onde o serviço de empréstimos começou a funcionar (consultar aqui as condições de empréstimo).

OFICINA DE DESENHO

Domingo, 26 de Fevereiro, das 15h30 às 17h30

Continuação da oficina de desenho de técnicas mistas – lápis, grafite, carvão, pincéis, canetas, aguarelas –, iniciada em Novembro, com a orientação de Carla Mota, a partir da exposição ‹‹Sonhar com as mãos – O desenho na obra de Mário Dionísio››.

Para confirmação da participação na oficina contactar a Casa da Achada nos dias anteriores (218 877 090 ou casadaachada@centromariodionisio.org).

A partir dos 6 anos. Número máximo de participantes: 10.

CICLO A PALETA E O MUNDO III

Segunda-feira, 27 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que ou foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou de obras de autores seus contemporâneos. Por esse motivo já lemos O elogio da mão e A vida e as formas de Henri Focillon, «Conflito e unidade da arte contemporânea» de Mário Dionísio, «A arte e a cultura popular» de Bento de Jesus Caraça. Quem lê a conferência deste último autor, «A cultura integral do indivíduo», com projecção de imagens, é José Smith Vargas.

«Tenho para mim, contudo, que a sua militância mais permanente, mais profunda e mais fecunda, aquela que o conserva vivo entre nós ainda hoje e vivo o conservará entre as gerações que hão-de vir, foi a que, sem repouso, exerceu no domínio da cultura: a sua acção pedagógica no sentido mais amplo da palavra – divulgando, dinamizando, despertando a necessidade de saber, a fome de saber, lutando sem descanso contra a acção pertinazmente obscurantista do fascismo, com a perfeita consciência da força revolucionária que a cultura em si mesma tem e sem a qual seria impossível “despertar a alma colec tiva das massas”, esse despertar co lectivo interior para que apelava e a que chamou “problema central do nosso tempo”.»
Mário Dionísio, «Bento de Jesus Caraça – Um sonhador de realidades futuras», Entre palavras e cores – alguns dispersos (1937-1990)

CICLO DE CINEMA RIR UMA VEZ POR SEMANA

Segunda-feira, 27 de Fevereiro, 21h30

Em tempos sombrios como estes que vivemos, rir é já alguma coisa. Estes filmes, para além de fazerem rir, fazem pensar. No modo como vivemos, na sociedade em que vivemos, e até nos instrumentos para a transformar.

Nesta noite projectamos Gangsters falhados (1958, 106 min.) de Mario Monicelli. Quem apresenta é Gabriel Bonito.

ZECA – 25 ANOS DEPOIS

Quinta-feira, 23 de Fevereiro, 21h
Academia de Santo Amaro, Lisboa

A Associação José Afonso organiza uma sessão de homenagem a Zeca Afonso, 25 anos após a sua morte. A sessão, que é apresentada por Hélder Costa, conta com a participação do Coro da Achada, entre vários outros músicos e grupos musicais: Carlos Carranca, Coro do Instituto de Emprego e Formação Profissional, Coro Lopes-Graça da Academia de Amadores de Música, Couple Coffee Duo, Grupo de Cavaquinhos da Junta de Freguesia da Charneca da Caparica, Francisco Fanhais, Francisco Naia, Jorge Jordan, Jorge Mendes, José Manuel Ésse, José Manuel Santos e Teresa Bispo, Pedro Branco, Quarteto Sons de Gente, Rogério Charraz, Vítor Sarmento, Zeca Medeiros. A entrada é de 3€.

Mais informações aqui.

ZUMBIDOS E IDENTIDADES HÍBRIDAS

Sábado, 25 de Fevereiro, 15h30

A identibuzz organiza a projecção de dois documentários desenvolvidos nos bairros de São Cristóvão e do Socorro e no bairro de San Francisco (Bilbau), em que a Casa da Achada também colaborou:
Zumbidos da Mouraria: realizado com imagens gravadas pelos participantes no Workshop da Mouraria (30 min.);
Zumbidos da Mouraria e San Francisco: este video é um exercício por parte de Úbiqa que se constrói por um lado como um olhar externo sobre a temática das identidades híbridas nos bairros da Mouraria (Lisboa) e San Francisco (Bilbau), e por outro de documentação do desenvolvimento do próprio projecto identibuzz (56 min.).

Mais sobre os documentários aqui.

LANÇAMENTO/DEBATE
DO LIVRO O PASSADO, MODOS DE USAR

Sábado, 25 de Fevereiro, 18h30

A UNIPOP organiza o lançamento do livro O passado, modos de usar do historiador Enzo Traverso, com a presença do autor, Elisa Silva e Manuel Deniz Silva.

 

Textos e ilustrações da Leitura Furiosa em Lisboa

17 de Maio de 2011

‹‹Utopia, utopia›› por Filomena Marona Beja com Octávia, Ricardo, Carlos e David do Centro de Dia do Socorro. Ilustração por José Smith Vargas.

‹‹A tampa da caneta›› por Jacinto Lucas Pires com Natalina, António, Custódia, Carmelina, Conceição e Maria do Centro Social da Sé. Ilustração por Nuno Saraiva.

‹‹As meninas que não sabem os nomes dos autores›› por Jaime Rocha com Rita, Tatiana, Marta e Ariane da Escola Gil Vicente. Ilustração por Pierre Pratt.

‹‹Dois círculos›› por José Mário Silva com Adelino, Hélder, Daniel, José Manuel e João Miguel no Centro de Apoio Social dos Anjos. Ilustração por Zé d’Almeida.

‹‹O encontro é na Casa da Achada›› por Margarida Vale de Gato com Jaime, Lucas, Maria, Mateo, Rita e Rui do 3º ano da Escola do Castelo. Ilustração por Bárbara Assis Pacheco.

‹‹A volta›› por Nuno Milagre com Gulalai, José, Nasri e Ousmane do Centro Português para os Refugiados (CAR, Bobadela). Ilustração por Nadine Rodrigues.

 

Como foi a Leitura Furiosa

9 de Maio de 2011

É a terceira vez que há Leitura Furiosa na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Nos dias 6, 7 e 8 de Maio, a Leitura Furiosa realizou-se aqui, ao mesmo tempo que no Porto e em Amiens (França).

Na sexta-feira, 6 de Maio, os escritores Filomena Marona Beja, Jacinto Lucas Pires, Jaime Rocha, José Mário Silva, Margarida Vale de Gato e Nuno Milagre encontraram-se com grupos de pessoas do Centro de Dia do Socorro, do Centro Social da Sé, do Conselho Português para os Refugiados, da Escola Primária nº 10 do Castelo, e da Escola Secundária Gil Vicente.

À noite, cada escritor escreveu um texto a partir do encontro que teve com o seu grupo.

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No sábado de manhã, os grupos voltaram a reunir-se com os escritores na Casa da Achada e leram os textos escritos na noite anterior. Ao mesmo tempo, os ilustradores Bárbara Assis Pacheco, José Smith Vargas, Nadine Rodrigues, Nuno Saraiva, Pierre Pratt e Zé d’Almeida leram também os textos e ilustraram-nos.

Depois de almoço, cada escritor foi com o seu grupo a um sítio com livros: uns foram visitar as livrarias Fabula Urbis e Letra Livre, outros foram à Feira do Livro.

Enquanto isto se passava, foram chegando a Lisboa os textos que foram escritos nas Leituras Furiosas em Amiens e no Porto, e foram traduzidos alguns dos textos franceses para português. Foi editada uma brochura com os textos.

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No domingo, houve uma sessão pública, em que os textos de Lisboa e alguns do Porto e de Amiens foram lidos e musicados por Antonino Solmer, Diana Dionísio, Diogo Dória, Elisabete Piecho, F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira, Joana Craveiro, Maria Gil, Pedro Rodrigues, Simon Frankel e Tânia Guerreiro.

A Leitura Furiosa, uma iniciativa que quer pôr em contacto gente «zangada com a leitura» e escritores, é promovida anualmente pela Associação Cardan, de Amiens, desde há cerca de 20 anos. Em Lisboa, existiu entre 2000 e 2004 organizada pela Associação Cultural Abril em Maio e a partir de 2009 organizada pela Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. No Porto, a Leitura Furiosa tem-se realizado desde 2008 na Fundação Serralves.

Deixamos também algumas fotografias da Leitura Furiosa em Amiens:

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Ver aqui mais fotografias da Leitura Furiosa em Lisboa e em Amiens.

 

Leitura Furiosa – Leitura de textos escritos com e para gente zangada com a leitura

5 de Maio de 2011

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Gente zangada com a leitura encontra-se com escritores. Os escritores escrevem textos. Desenhadores ilustram-nos. Actores e músicos lêem-nos e cantam-nos na sessão pública, no dia 8 de Maio às 15h.

Antonino Solmer, Diana Dionísio, Diogo Dória, Elisabete Piecho, F. Pedro Oliveira, Inês Nogueira, Joana Craveiro, Maria Gil, Pedro Rodrigues, Simon Frankel, Tânia Guerreiro lêem e cantam os textos que Filomena Marona Beja, Jacinto Lucas Pires, Jaime Rocha, José Mário Silva, Margarida Vale de Gato, Nuno Milagre escreveram com grupos de zangados com a leitura de Centro de Dia do Socorro, Centro Social da Sé, Conselho Português para os Refugiados, Escola do Castelo, Escola Gil Vicente e que foram ilustrados por Bárbara Assis Pacheco, José Smith Vargas, Nadine Rodrigues, Nuno Saraiva, Pierre Pratt, Zé d’Almeida.

E serão lidos muitos mais textos escritos por muitos mais escritores com muitos mais zangados com a leitura e ilustrados por muitos mais desenhadores no Porto, em Amiens, em Kinshasa.

 

Leitura Furiosa

3 de Maio de 2011

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Como foi o fim-de-semana na Casa da Achada

7 de Fevereiro de 2011

O passado sábado, 5 de Fevereiro, foi um dia cheio cá na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.

Começou logo na hora de abertura, às 11h, com uma visita-guiada por Eduarda Dionísio à exposição «50 anos de pintura e desenho – 2» a um grupo de visitantes do Atrium – Grupo Cultural.

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Às 15h houve um encontro dos participantes de vários grupos de leitura com escritores e pessoas «zangadas com a leitura» na sequência da Leitura Furiosa de 2010. Miguel Castro Caldas com as crianças da Escola nº 10 do Castelo, Filomena Marona Beja com as utentes Centro Social da Sé e Raul Malaquias Marques com as crianças da Escola nº 75 da Madalena. Houve trocas de ideias e impressões, leituras e histórias. No fim as crianças da Escola do Castelo cantaram três canções de poemas de Mário Dionísio. Seguiu-se um pequeno lanche.

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Ao final da tarde, pelas 17h30, aconteceu a 2ª parte do debate «Para que serve o canto popular», proposto pela Lega di Cultura di Piadena aos participantes da sua festa anual. O Coro da Achada vai participar, como no ano passado, na festa que acontecerá no final de Março. Nesta sessão convidámos para se juntar a nós o músico Carlos Guerreiro.

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No domingo começou a Oficina Músicas com História(s) com Manuel Videira. Começando com «Grândola, Vila Morena» de José Afonso, passando por Charlie Haden, canto gregoriano, canções de escravos hebreus, terminou discutindo-se «Que parva que eu sou» dos Deolinda. Muito se conversou sobre música e outras coisas que apareceram pelo caminho. No próximo domingo, às 15h30, continua a oficina aberta a toda a gente com mais de 14 anos.

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Leitura Furiosa no Público

7 de Junho de 2010

Foi publicada uma reportagem, no suplemento P2 do Público, sobre a Leitura Furiosa, que aconteceu nos dias 29, 30 e 31 de Maio na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Podem ler aqui a reportagem «Às vezes fazemos as pazes com a leitura».

 

Leitura Furiosa Lisboa 2010 – os textos e ilustrações

3 de Junho de 2010

«Conversas no Intendente» de Armando Silva Carvalho com Zé Viegas, Luís, Carlos e Lilian do Centro de Apoio Social dos Anjos (C.A.S.A.), ilustração por Nuno Saraiva.

«… e deixa-me ouvir» de Jaime Rocha com David, Carlos Silva, Ermelinda, Emília e Lurdes do Centro de Dia de Nossa Senhora do Socorro, ilustração por Nadine Rodrigues.

«Força, Portugal» de Jacinto Lucas Pires com Barros, Mafalda e João do Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço, ilustração por Zé d’Almeida.

«A terra conversa connosco» de Miguel Castro Caldas com Anastasia, Diaby, Jean, Omid, Sahar, Udesh e Wajidali do Centro de Acolhimento do Conselho Português para os Refugiados (CAR-CPR), ilustração por Bárbara Assis Pacheco.

«Zangados… a gente?!» de Filomena Marona Beja com David, Francisco, Mamadu, Fabien, Daniela, Carolina e Duarte da Escola nº 10 do Castelo, ilustração por Pierre Pratt.

«Flores e raízes num castelo» de Raul Malaquias Marques com Vital, Grupreet, Iara, Eduardo, Rafael e Daniel da Escola nº 10 do Castelo, ilustração por Bárbara Assis Pacheco.

«Um balão vermelho, sem fita-cola» de José Mário Silva com Diogo, Isabel, Érica, Mário, Daniela e Willian da Escola nº 75 da Madalena, ilustração por Pierre Pratt.

«Seis memórias do antes e depois» de Mário de Carvalho com João, Inês, Bruno, Tiago e Diana da Escola Secundária Gil Vicente, ilustração por José Smith Vargas.

 

Leitura Furiosa: 3º dia

31 de Maio de 2010

Ontem foram apresentados os vários textos da Leitura Furiosa. Compareceram os grupos de «zangados com a leitura», os escritores e os ilustradores envolvidos, para além de muitas outras pessoas que quiseram conhecer os textos escritos em quatro cantos do mundo.

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Os actores Antonino Solmer, Bruno Bravo, Diogo Dória, Fernanda Neves, Inês Nogueira e Sandra Faleiro leram textos produzidos em Lisboa, Porto, Amiens e Kinshasa. Pedro e Diana musicaram quatro textos. Os alunos da escola do Castelo cantaram uma música no fim da sessão.

A brochura que compila os textos e as ilustrações da Leitura Furiosa das quatro cidades foi distribuída pelos participantes e está agora à venda na Casa da Achada.

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O escritor José Mário Silva, que acompanhou o grupo da Escola da Madalena, foi relatando a sua participação na Leitura Furiosa no seu blogue, o Bibliotecário de Babel. Podem ver como foi o 1º e o 2º dia da Leitura Furiosa em Lisboa aqui. Ainda podem ler a reportagem da Lusa.

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Leitura Furiosa: 1º e 2º dia

29 de Maio de 2010

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Começou ontem a Leitura Furiosa. Os escritores encontraram-se com os grupos de «zangados com a leitura». Armando Silva Carvalho encontrou-se com pessoas do Centro de Apoio Social dos Anjos; Jaime Rocha com utentes do Centro de Dia de Nossa Senhora do Socorro; Jacinto Lucas Pires com utentes do Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço; Miguel Castro Caldas com pessoas do Centro de Acolhimento para Refugiados; Filomena Marona Beja e Raul Malaquias Marques com crianças da Escola Nº 10 do Castelo; José Mário Silva com crianças da Escola Nº 75 da Madalena; e Mário de Carvalho com jovens da Escola Secundária Gil Vicente.

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Hoje de manhã os grupos reencontraram-se, já com os textos escritos, na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Conversaram e discutiram os textos e ao mesmo tempo vários ilustradores desenharam ou moldaram imagens sobre cada texto. Houve ainda um almoço com todas as pessoas e depois os vários grupos foram visitar algumas livrarias.

Amanhã, dia 30 de Maio, às 15:00h, na Casa da Achada, são tornados públicos os textos numa sessão de leitura feita por actores e não-actores, alguns deles musicados e cantados, e publicados numa brochura.

 

Leitura Furiosa

24 de Maio de 2010

Leitura Furiosa - Cartaz

Cartaz 30 de Maio

A Leitura Furiosa é um acontecimento anual que dura três dias. Um momento privilegiado de encontro dos zangados com a leitura, a escrita e o mundo com os escritores. O momento único que permite a um não-leitor aproximar-se, com um escritor, da magia da escrita. Cada um faz ouvir a sua voz e segue um outro caminho.

Quem imaginou, há quase 20 anos, a Leitura Furiosa foi a associação Cardan, duma cidade do norte da França, Amiens, que trabalha para tornar o saber acessível àqueles que dele são excluídos, para quem o saber e a cultura devem nascer de uma ligação com o conjunto da sociedade, para quem a cultura pode e deve ser analisada por aqueles que não a praticam. Por aí passa a integração, a inserção.

Em 2000, a Leitura Furiosa chegou a Lisboa. Até 2004 foi a Abril em Maio, uma associação cultural, que a organizou. Em 2008 começou a acontecer no Porto, em Serralves. Em 2009, a Casa da Achada – Centro Mário Dionísio repegou na ideia, em Lisboa. Em 2010 continua, com mais grupos, mais escritores, mais desenhadores, mais actores e cantores.

A Leitura Furiosa destina-se aos que, sabendo ler, estão zangados com a leitura – crianças e adultos, homens e mulheres, empregados e desempregados, nacionais e estrangeiros.

Vários pequenos grupos de gente zangada com a leitura convivem durante um dia com um escritor, como entenderem fazê-lo. À noite, o escritor escreve um pequeno texto que oferecerá ao grupo quando, no dia seguinte, voltar a encontrar-se com ele. Passarão todos por uma livraria, por uma biblioteca. Os textos são ilustrados, paginados e os que vêm de França e Kinshasa traduzidos. No Domingo, terceiro dia do encontro, são tornados públicos numa sessão de leitura feita por actores e não-actores, alguns deles musicados e cantados, e publicados numa brochura. Posteriormente são editados em livro.

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020