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Áreas Principais

Arquivo para a categoria ‘Oficinas’

 

19 a 22 de Julho

15 de Julho de 2013

Livros das nossas vidas JUL 13_Layout 1

MAIAKOVSKI
Livros das nossas vidas
Sexta-feira, 19 de Julho, 18h

Nesta sessão, João Rodrigues vem falar-nos de Vladimir Maiakovski.

35.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

«Foi com Maiakovski – e não com Virginia Woolf, para cujo exemplo um crítico português pouco arguto uma vez me remeteu – que aprendi a tomar nota, no próprio momento e em qualquer circunstância, das observações, das imagens, das sugestões menos vulgares que às vezes nos assaltam. Essas notas, que o extraordinário autor de A nuvem de calças registava mesmo debaixo de chuva e que considerava as “reservas” sem as quais todo o trabalho poético está previamente frustrado, não são apenas importantes elementos de criação. Apesar do seu carácter desmembrado e aparentemente ilógico e além do seu possível aproveitamento futuro, são sobretudo – e só por isso constituem afinal “reservas poéticas” – preciosos momentos de contacto coma realidade menos visível, lúcidos lampejos de consciência do mundo.»
Mário Dionísio, «Contra uma vida sem música» (artigo para a Gazeta Musical, 1951), republicado em Entre palavras e cores – alguns dispersos (1937-1990) (CA-CMD, 2009)

Cartaz Oficina JUL-AGO13_cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingo, 21 de Julho, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina vamos, com Margarida Guia, falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.
Continua todos os domingos de Julho e Agosto.

CARTAZ SEGUNDA 22 JULHO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 22 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Gonçalo Lopes, com projecção de imagens, do 7º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Bom dia, tristeza de Otto Preminger
Segunda-feira, 22 de Julho, 21h30

Nesta segunda-feira projectamos, ao ar livre, Bom dia, tristeza (1958, 94 min.) de Otto Preminger. Quem apresenta é João Pedro Bénard.

Diapositivo 1

SAAL E AUTOCONSTRUÇÃO EM COIMBRA
Lançamento do livro
Sábado, 20 de Julho, 18h
Organização: João Baía, com apoio da editora 100Luz e de IELT– FCSH/UNL

Lançamento do livro SAAL e Autoconstrução em Coimbra – Memórias dos moradores do Bairro da Relvinha 1954-1976 de João Baía, com a participação do autor, de Sónia Vespeira de Almeida e de Jaime Pinto.

Neste livro, o autor, a partir das memórias dos moradores do Bairro da Relvinha, procurou analisar as possíveis razões que conduziram a um envolvimento dos seus moradores de grande intensidade, durante o PREC. Aderiram ao SAAL e participaram activamente na construção das novas casas que substituíram as barracas de madeira, onde tinham sido realojados “provisoriamente” durante vários anos. Este processo de autoconstrução e este período é relatado como um período excepcional no bairro da Relvinha e na cidade de Coimbra.
Um dos objectivos desta investigação foi compreender o passado de alguns dos informantes que foram desalojados da zona da Estação Velha e que ainda hoje vivem na Relvinha e a forma como este passado influenciou o modo como se envolveram no SAAL e no movimento de moradores de Coimbra. Episódios relacionados com a campanha de Humberto Delgado, com o movimento estudantil foram alguns dos relatados pelos moradores. As práticas e as tradições dos moradores antes do realojamento e depois, bem como as múltiplas estratégias de sobrevivência são outros temas focados nesta obra.
Finalmente, este livro pretende ser um contributo para uma maior compreensão de um período e de problemáticas relacionadas com os movimentos sociais, memória, resistência quotidiana, SAAL e autoconstrução a partir da perspectiva dos moradores e “amigos” de um bairro, que foi sendo, ao longo dos tempos, empurrado para a periferia.

 

13 de Julho: FEIRA DA ACHADA; 14 de Julho: Oficina vozes que o vento não levará e apresentações da Hélastre; 15 de Julho: Leitura de ‘Modos de ver’ e cinema com ‘Mónica e o desejo’ de Bergman

10 de Julho de 2013

Feira 13 cartaz 1_Feira 10 cartaz

V FEIRA DA ACHADA
Sábado, 13 de Julho, das 10h às 20h
no Largo da Achada

A Casa da Achada – Centro Mário Dionísio organiza a V Feira da Achada para angariação de fundos da associação. Aqui, desde há quatro anos, a entrada e tudo o que é feito é gratuito para todos. Por isso, a participação nesta feira é importante.

Na feira vamos vender livros e discos, obras de arte de hoje, edições especiais de ontem, objectos de antes de ontem – muita coisa diferente. Vamos ter rifas, canções, conversas, jogos e fabricos. Vamos ter comidas e bebidas.

Porque uma feira da Casa da Achada não pode ser só comércio vai haver, para além do convívio, várias actividades durante o dia:
11h – Visita guiada à exposição «José Júlio – pintura e gravura» por Raquel Henriques da Silva;
15hAs várias facetas de Mário Dionísio – professor, escritor, pintor, cidadão – com Cristina Almeida Ribeiro, Regina Guimarães e Eduarda Dionísio;
Pela tarde fora: conversas, oficinas, músicas, poesias, teatros…
18h – O Coro da Achada canta.

Cartaz Oficina JUL-AGO13_cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingo, 14 de Julho, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina vamos, com Margarida Guia, falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.
Continua todos os domingos de Julho e Agosto.

CARTAZ SEGUNDA 15 JULHO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 15 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Gonçalo Lopes, com projecção de imagens, do 7º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Mónica e o desejo de Ingmar Bergman
Segunda-feira, 15 de Julho, 21h30

Nesta segunda-feira acontece a 3ª sessão do ciclo de cinema ao ar livre, na Rua da Achada, «Férias na Achada». Projectamos Mónica e o desejo (1953, 96 min.) de Ingmar Bergman. Quem apresenta é Regina Guimarães.

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EM JULHO FOICE NA MÃO
Domingo, 14 de Julho, 18h
Organização: Hélastre

Lançamento dos últimos livros e vídeos de Regina Guimarães e Saguenail.

A 14 de Julho, dia em que a Hélastre comemora 38 anos de caminho, descemos ao Centro Mário Dionísio / Casa da Achada para dar a conhecer o nosso trabalho recente. Um punhado de novos filmes, uma pilha de novos livros, a partilhar e debater com
conhecidos e desconhecidos em casa amiga. Entre as 18h e as 20h, andaremos à volta das obras impressas; de seguida, merendaremos ajantaradamente no quintal; por fim, lá pelas 21h30, mostraremos um pequeno número de curtas sem género. Directamente dos fazedores aos fruidores, como é hábito nosso. Não diz o povo que Julho é o mês de colheitas…?

 

6 a 9 de Julho

2 de Julho de 2013

Sociedades de Artistas_Layout 1

AS SOCIEDADES DE ARTISTAS
a partir da experiência de José Júlio
Sábado, 6 de Julho, 16h

A propósito da exposição «José Júlio – pintura e gravura» vamos falar sobre sociedades de artistas, nomeadamente da Sociedade Nacional de Belas Artes, e das suas Exposições Gerais de Artes Plásticas – onde participaram Mário Dionísio e José Júlio -, e da Cooperativa Gravura – onde José Júlio foi sócio-fundador e primeiro presidente.

Participam nesta conversa Rui-Mário Gonçalves, Francisco Castro Rodrigues, Ana Isabel Ribeiro, Cristina Azevedo e Filomena Serra.

«(…) os artistas antifascistas venceram as eleições da Sociedade Nacional de Belas Artes, renovaram a vida associativa, publicaram uma pequena revista (com o interesse e o gosto habituais de KeilAmaral, mais a ajuda do Celestino de Castro, do Castro Rodrigues e até a minha) e aí realizaram a primeira grande Exposição Geral deArtes Plásticas, cuja condição de admissão era só uma: nunca ter exposto no SNI ou deixar de lá expor depois de 1945.»
Mário Dionísio, «Sinais e circunstâncias: depoimento de Mário Dionísio» (entrevista para a Vértice, 1974), publicado em Entrevistas – (1945-1991) (CA-CMD, 2010)

Cartaz Oficina JUL-AGO13_cartaz paleta

VOZES QUE O VENTO NÃO LEVARÁ
Oficina
Domingos, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina vamos, com Margarida Guia, falar em voz bem alta, falar em voz bem baixa para toda gente ouvir e entender o que se diz e o que se quer dizer.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 8 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Gonçalo Lopes, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
Férias em Roma de William Wyner
Segunda-feira, 8 de Junho, 21h30

Nesta segunda-feira acontece a 2ª sessão do ciclo de cinema ao ar livre, na Rua da Achada, «Férias na Achada». Projectamos Férias em Roma (1953, 118 min.) de William Wyner. Quem apresenta é Eduarda Dionísio.

As férias não são tão velhas como o mundo. Antes de começarem a regular os calendários, quem as gozava eram os que não viviam do trabalho e não precisavam de «descansar», mas podiam «mudar de ares» e fazer «vilegiaturas». No século XX, as férias mudaram de figura: foram uma conquista dos trabalhadores e um direito (con)sagrado.
Hoje são «matéria» do comércio e da indústria – «turismo», agências de viagens… E cada vez mais «repartidas». E há cada vez menos «férias»: se não há trabalho, ou se o trabalho é precário, e sem contrato, como pode haver «férias»?
As antigas férias (como os «fins-de-semana», os feriados e as suas «pontes»), conquistadas aos patrões, enquanto terreno da «felicidade» vinda do «não fazer nada», do «não obrigatório», do tempo «livre», têm sido tema e lugar da literatura, da pintura, do teatro, do cinema. Férias desejadas, idealizadas, aproveitadas, e também malbaratadas, desgraçadas. São um tempo com lugares, hábitos e rituais próprios, e paixões, dramas, tragédias e comédias que o «ócio» pode tornar diferentes ou ampliar. São espelho duma sociedade, é claro.
O filme mais antigo deste ciclo, Passeio ao campo de Renoir, começou a ser rodado em 1936, ano determinante na vida dos assalariados franceses: milhões de operários partiram pela primeira vez para as praias, sem perderem o salário dos 15 dias em que não trabalhavam. Vários filmes deste ciclo são dos anos 50. E, ao contrário do que tem acontecido com outros ciclos, não há nenhum do século XXI. Por alguma razão será.
Um ciclo dedicado sobretudo aos que (já) não têm férias e que as poderão ter aqui, olhando para as férias dos outros, uma noite por semana, ao ar livre, enquanto é verão.

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OS ÍNDIOS DA MEIA PRAIA – ONTEM E HOJE
Sábado, 6 de Julho, 18h30
Organização: NAM – Não Apaguem a Memória

Conversa sobre os índios da Meia Praia com o arquitecto José Veloso, envolvido nas operações SAAL da Meia Praia, e com o sociologo João Baía. O Coro da Achada vem cantar «Os índios da meia praia» de José Afonso. Às 21h30 projecta-se o filme Os índios da meia praia de António da Cunha Telles.

Quando se deu a revolução de Abril de 1974, as barracas de zinco de uma comunidade de pescadores, em Lagos, desapareceram neste lugar. Através do serviço ambulatório de apoio local, conhecido como projecto SAAL, o governo cedeu o terreno, o apoio técnico e parte do dinheiro, e as populações avançaram com a mão-de-obra.

O fim do bairro de lata ficaria a dever-se ao arquitecto José Veloso. Foi difícil convencer os moradores do bairro. Desconfiavam das promessas e chegaram a ameaçar correr José Veloso à pedrada. O arquitecto não desistiu. Aos poucos, os pescadores acreditaram que poderiam ter direito a uma casa.

Ansiosa por deixar as barracas, a população organizou-se em turnos. Quando os homens estavam no mar, eram as mulheres que trabalhavam nas obras. Havia duas regras: as habitações tinham de começar a ser construídas ao mesmo tempo e todos teriam de ajudar na construção de todas as casas.

O realizador de cinema António da Cunha Telles decidiu documentar a transformação que estava em marcha e Zeca Afonso criou a música com o mesmo nome.

Quase quarenta anos depois, o bairro, localizado a poucos passos da praia, numa zona de expansão turística e ao lado de um campo de golfe, parece ter os dias contados.

 

26 de Junho a 1 de Julho

26 de Junho de 2013

4º Encontro de leitores JUN 13

ENCONTRO DE LEITORES
Quarta-feira, 26 de Junho, 14h30

Neste mês recebemos o escritor José Mário Silva que vai pôr toda a gente a ler e a falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. E procurar nas estantes da Biblioteca da Achada, levar livros para ler em casa. E passar aos outros o que sim, o que não.

Inaugurámos os Encontros de Leitores, do projecto «Palavras que o vento não levará», em Janeiro. Continuam todas as últimas quartas-feiras de cada mês.

GREVE GERAL
Quinta-feira, 27 de Junho

Em virtude da Greve Geral, a Casa da Achada encerra na quinta-feira.

Histórias JUN 13

OS TIROS DE SARAJEVO
histórias da História
Sexta-feira, 28 de Junho, 18h

Nesta sessão vamos falar sobre os tiros de Sarajevo – o começo da era moderna, a 28 de Junho de 1914, com Sebastião Lima Rego. Os tiros de Sarajevo resultaram no assassinato do arquiduque Francisco Fernando e teve grande influência no início da I Guerra Mundial.

Neste ciclo, «histórias da História», conversaremos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris, sobre as «aparições» de Fátima, sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira e sobre a Independência da Guiné, sobre o golpe em Espanha em 1981, sobre os derrotados no 25 de Abril de 1974.

OFICINA JUN 2013

FAZER O QUE PRESTA A PARTIR DO QUE NÃO PRESTA
Oficina com Eupremio Scarpa
Domingo, 30 de Junho, das 15h3o às 17h30

Nestes três últimos domingos do mês, com Eupremio Scarpa, vamos imaginar e construir sem desperdiçar com materiais baratos, reutilizar e reciclar o que parece que já não serve para nada. Na última sessão vamos fazer pins e outros objectos.

Para todos a partir dos 6 anos.

cartaz segunda 1 JULHO 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 1 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Gonçalo Lopes, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
FÉRIAS NA ACHADA
As férias do sr. Hulot de Jacques Tati
Segunda-feira, 1 de Junho, 21h30

Começa, nesta segunda-feira, o ciclo de cinema ao ar livre, na Rua da Achada, «Férias na Achada». Projectamos As férias do sr. Hulot (1953, 114 min.) de Jacques Tati. Quem apresenta é João Rodrigues

As férias não são tão velhas como o mundo. Antes de começarem a regular os calendários, quem as gozava eram os que não viviam do trabalho e não precisavam de «descansar», mas podiam «mudar de ares» e fazer «vilegiaturas». No século XX, as férias mudaram de figura: foram uma conquista dos trabalhadores e um direito (con)sagrado.
Hoje são «matéria» do comércio e da indústria – «turismo», agências de viagens… E cada vez mais «repartidas». E há cada vez menos «férias»: se não há trabalho, ou se o trabalho é precário, e sem contrato, como pode haver «férias»?
As antigas férias (como os «fins-de-semana», os feriados e as suas «pontes»), conquistadas aos patrões, enquanto terreno da «felicidade» vinda do «não fazer nada», do «não obrigatório», do tempo «livre», têm sido tema e lugar da literatura, da pintura, do teatro, do cinema. Férias desejadas, idealizadas, aproveitadas, e também malbaratadas, desgraçadas. São um tempo com lugares, hábitos e rituais próprios, e paixões, dramas, tragédias e comédias que o «ócio» pode tornar diferentes ou ampliar. São espelho duma sociedade, é claro.
O filme mais antigo deste ciclo, Passeio ao campo de Renoir, começou a ser rodado em 1936, ano determinante na vida dos assalariados franceses: milhões de operários partiram pela primeira vez para as praias, sem perderem o salário dos 15 dias em que não trabalhavam. Vários filmes deste ciclo são dos anos 50. E, ao contrário do que tem acontecido com outros ciclos, não há nenhum do século XXI. Por alguma razão será.
Um ciclo dedicado sobretudo aos que (já) não têm férias e que as poderão ter aqui, olhando para as férias dos outros, uma noite por semana, ao ar livre, enquanto é verão.

 

20 a 25 de Junho

17 de Junho de 2013

Livros das nossas vidas JUN 13_Layout 1

«PROUD BEAUTY» DE JOSÉ RODRIGUES MIGUÉIS
COM CRISTINA ALMEIDA RIBEIRO
Quinta-feira, 20 de Junho, 18h

Nesta sessão, Cristina Almeida Ribeiro vem falar-nos do conto «Proud beauty», publicado inicialmente em inglês, posteriormente editado em português com o título «Beleza orgulhosa» em Onde a noite se acaba, de José Rodrigues Miguéis.

34.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

«Onde a noite se acaba era, de facto, um prodígio de exercício(s) e desafio, escrito num estilo aliciante que, como o de Garrett, não temia o estrangeirismo para ser inequivocamente português. Nele o autor se media com Camilo, Eça, Fialho e nele se revelava ou confirmava ser “um dos maiores escritores de língua portuguesa dos nossos dias”. O que hoje corroboro, cortando apenas o restritivo “dos nossos dias” para substituir estas palavras por “de sempre”.»
Mário Dionísio, «Sem Rodrigues Miguéis» (artigo para o Diário de Lisboa, 1980), republicado em Entre palavras e cores alguns dispersos  (1937-1990) (CA-CMD, 2009)

MD - JUN 13

A OBRA LITERÁRIA DE MÁRIO DIONÍSIO
COM MARIA ALZIRA SEIXO
Conclusões, dissensões e aberturas
Sábado, 22 de Junho, 16h

Terminam em Junho as sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Esta é a sessão das conclusões, dissensões e aberturas. Um olhar sobre a pintura dionisiana. Perspectiva comparatista: o traço e a frase, o encadeado das manchas e a segmentação discursiva, arquitecturas visuais e textuais.

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Abordou-se a Autobiografia, a crítica e o ensaio, a poesia, o conto e o romance.

«Dizer, na relação de criar, foi, parece-nos, o essencial da actividade deste escritor, que sempre lidou com imagens, as da visão do mundo e as da sua expressão, as da configuração alienante e as de uma possível abertura de horizontes bloqueados. Daí que a sua preocupação cultural fosse sempre constante, e que o seu trabalho da palavra arriscasse sentidos que a procura do rigor e da nitidez não afastavam da perplexidade e da dúvida.
E é aqui talvez que se situa, para Mário Dionísio, a complementaridade da história e da reflexão, isto é, a consciência dos níveis do tempo envolvido na experiência da condição humana e na sua reflexão, que a sua ficção exemplarmente demonstra e com extrema felicidade desenvolve.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

OFICINA JUN 2013

FAZER O QUE PRESTA A PARTIR DO QUE NÃO PRESTA
Oficina com Eupremio Scarpa
Domingo, 23 de Junho, das 15h3o às 17h30

Nestes três últimos domingos do mês, com Eupremio Scarpa, vamos imaginar e construir sem desperdiçar com materiais baratos, reutilizar e reciclar o que parece que já não serve para nada.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua no domingo 30 de Junho.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 24JUNHO  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 24 de Junho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Não o levarás contigo de Frank Capra
Segunda-feira, 24 de Junho, 21h30

Termina, nesta segunda-feira, este ciclo de cinema sobre o dinheiro. Projectamos Não o levarás contigo (1938, 126 min.) de Frank Capra. Quem apresenta é Gabriel Bonito.

O próximo ciclo de cinema, «Férias da Achada», durante Julho, Agosto e Setembro, será ao ar livre, na Rua da Achada.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

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HISTÓRIA ORAL, MÉTODOS,
MEMÓRIAS E ACONTECIMENTOS
com Alessandro Portelli
Terça-feira, 25 de Junho, 18h30
Organização: UNIPOP

Lançamento do livro A morte de Luigi Trastulli e outros ensaios – ética, memória e acontecimento na História Oral de Alessandro Portelli, com conversa com o autor e Miguel Cardina. Depois da conversa canta o Coro da Achada.

«Este livro reúne cinco textos escritos por Alessandro Portelli em diferentes momentos do seu percurso de investigador empenhado no uso de fontes orais. Os três primeiros artigos abordam a História Oral a partir das questões epistemológicas e éticas que ela convoca. Os dois textos seguintes tomam como objeto a Itália do pós-guerra, ocupando-se da temática da memória e do modo como ela se relaciona com os acontecimentos – ocorridos ou imaginados – e com as dinâmicas sociais e políticas circundantes. Todos eles entendem a História Oral não tanto como uma mera técnica de recolha de dados a partir de entrevistas, mas como uma prática que foi construindo um campo peculiar de abordagens e problemas.»

Alessandro Portelli (1942) é professor de Literatura Anglo-Americana na Universidade de La Sapienza (Roma) e referência incontornável no campo da História Oral. É membro do Istituto Ernesto de Martino e presidente do Circolo Gianni Bosio, dedicado ao estudo e revitalização da memória e da cultura popular. O Circolo Gianni Bosio e Alessandro Portelli têm participado, tal como a Casa da Achada, nas festas da Lega di Cultura di Piadena.

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VEM AÍ A FESTA NA CASA DA CERCA
com o Coro da Achada
Sábado, 22 de Junho, 17h
Casa da Cerca, Almada

O Coro da Achada canta no 20º aniversário da Casa da Cerca.

«O lema deste ano é “Ocupe-a!” Todo ano e particularmente no dia 22 de junho em que a Casa da Cerca organiza mais uma edição da sua festa anual, esta para comemorar o seu 20º aniversário. Das 10h às 2h muitas são as atividades que tem para lhe oferecer gratuitamente. Desde yoga pela manhã, a tai-chi ao final de tarde, música com a banda Katharsis, e à noite com o DJ Lizardo (Planeta Pop/Rádio Radar), Teatro-Circo pelo Projeto Anagrama, são algumas propostas a que não vai ficar indiferente. O mercado Crafts & Design vai voltar a atravessar o rio para se instalar todo o dia nesta Festa, com novidades de artistas e artesãos de design urbano e contemporâneo. A Casa da Cerca oferece ainda as habituais visitas orientadas às exposições (que neste dia estarão abertas até à meia noite) e ao Jardim Botânico, bem como um leque de oficinas de arte em que poderá participar livremente, individualmente, em família ou com amigos.
Haverá ainda espaço nesta Festa para um evento surpresa onde muitos segredos da Casa da Cerca serão revelados!
De manhã à noite, ocupe-a!»

Ver aqui a programação.

 

15 a 17 de Junho: A aprendizagem da pintura a partir de José Júlio; Oficina fazer o presta a partir do que não presta; Leitura de ‘Modos de ver’; Cinema com ‘Viram a minha noiva’

11 de Junho de 2013

Aprendizagem da pintura

A APRENDIZAGEM DA PINTURA
a partir do caso de José Júlio
Sábado, 15 de Junho, 16h

A propósito da exposição «José Júlio – pintura e gravura» vamos falar sobre como se aprende a olhar e se aprende a pintar, sobre amadores e profissionais, o papel da divulgação e sobre escolas e ateliers.

Participam nesta conversa João Queiroz e Jorge Silva Melo, que nos vem mostrar o seu filme sobre a Gravura – Sociedade Cooperativa de Gravadores Portugueses, da qual José Júlio foi sócio-fundador e presidente, Gravura: esta mútua aprendizagem.

OFICINA JUN 2013

FAZER O QUE PRESTA A PARTIR DO QUE NÃO PRESTA
Oficina com Eupremio Scarpa
Domingo, 16 de Junho, das 15h3o às 17h30

Nestes três últimos domingos do mês, com Eupremio Scarpa, vamos imaginar e construir sem desperdiçar com materiais baratos, reutilizar e reciclar o que parece que já não serve para nada.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingo 23 e 30 de Junho.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 17JUNHO  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 17 de Junho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada por Inês Dourado, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Viram a minha noiva de Douglas Sirk
Segunda-feira, 17 de Junho, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Viram a minha noiva (1952, 88 min.) de Douglas Sirk. Quem apresenta é António Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

8 a 10 de Junho: Oficina de tapeçaria tecida; leitura de ‘Modos de ver’; cinema com ‘A grande pecadora’; Coro da Achada canta no arraial da associação Renovar a Mouraria

3 de Junho de 2013

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TAPEÇARIA TECIDA
Oficina com Carla Mota
Domingo, 9 de Junho, das 15h30 às 17h30

Última sessão da oficina de tapeçaria tecida com Carla Mota.

Para todos a partir dos 12 anos. Número máximo de participantes: 10.
Confirmar participação pelo e-mail casadaachada@centromariodionisio.org.

Cartaz 10 de Junho 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 10 de Junho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, do 5º capítulo de Modos de ver de John Berger.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
A grande pecadora de Jacques Demy
Segunda-feira, 10 de Junho, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos A grande pecadora (1963, 90 min.) de Jacques Demy. Quem apresenta é Eduarda Dionísio.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

arraial

O CORO DA ACHADA CANTA EM «HÁ ARRAIAL NA MOURARIA»
Sábado, 8 de Junho, 19h
Beco do Rosendo (Lisboa)

O Coro da Achada canta no arraial organizado pela associação Renovar a Mouraria, «Há arraial na Mouraria», nossa vizinha aqui no bairro. Nessa noite, às 22h, segue-se o concerto dos Cabace.

 

1 a 3 de Junho: Oficina de tapeçaria tecida; Grupo Zero e Teatro da Cornucópia; leitura de ‘Modos de ver’; cinema com ‘Os ricos e os pobres’; Coro da Achada canta na Mostra das Associações de Lisboa

28 de Maio de 2013

Cartaz Oficina MAIO 13_cartaz paleta

TAPEÇARIA TECIDA
Oficina com Carla Mota
Domingos, 2 e 9 de Junho, das 15h30 às 17h30

Continuação da oficina de Maio, de tapeçaria tecida com Carla Mota.

Para todos a partir dos 12 anos. Número máximo de participante: 10.
Confirmar participação pelo e-mail casadaachada@centromariodionisio.org.

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COOPERATIVA GRUPO ZERO
E O TEATRO DA CORNUCÓPIA
Ciclo de cinema
Organização: Confederação

Sábado, 1 de Junho
18h30
Novas perspectivas (1980, 45 min.) de Solveig Nordlund
Viagem para a felicidade (1978, 37 min.) de Solveig Nordlund
22h00
Música para si (1978, 54 min.) de Solveig Nordlund

Domingo, 2 de Junho
18h00
E não se pode exterminá-lo? (1979, 135 min.) de Jorge Silva Melo e Solveig Nordlund

Entre os anos de 1975 e 1983, duas estruturas partilhavam as mesmas instalações no Teatro do Bairro Alto (Lisboa). O Teatro da Cornucópia que se mantém como companhia residente desse mesmo teatro desde 1975 até à presente data, e o Grupo Zero, cooperativa fundada pós-25 de Abril de 1974. Durante este período de grande actividade, e com apoio da RTP, foram transpostos para a tela, três textos dramáticos escritos por F. X. Kroetz, e vários textos curtos escritos por Karl Valentin. A transposição destes textos resultou num tríptico realizado por Solveig Nordlund (Viagem para a Felicidade/78; Música para Si/78; Novas Perspectivas/83), e numa série de 5 episódios assinados em conjunto com Jorge Silva Melo no filme de 1979 a partir de textos do alemão Karl Valentin – E Não Se Pode Exterminá-lo? – obra que havia estreado a 24 de Março desse mesmo ano pelo Teatro da Cornucópia. Nele vemos a histórica e maravilhosa levada à cena das curtas peças de Karl Valentin, com encenação do mesmo Jorge Silva Melo e dedicado ao colectivo do Contraponto e ao colectivo do Diário Popular. É um filme que repega no espectáculo da Cornucópia (1979) mas que não é exactamente uma mera filmagem do espectáculo.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 3 JUNHO  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 3 de Junho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de Modos de ver de John Berger por Inês Dourado.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Os ricos e os pobres de John Landis
Segunda-feira, 3 de Junho, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos os ricos e os pobres (1983, 116 min.) de John Landis. Quem apresenta é João Pedro Bénard.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

CORO DA ACHADA CANTA NA MOSTRA DE ASSOCIAÇÕES DE LISBOA
2 de Junho, 14h15
Cinema São Jorge, Lisboa

Organização: Assembleia Municipal de Lisboa

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A Comissão Permanente de Cultura, Juventude, Educação e Desporto da Assembleia Municipal de Lisboa deliberou, no âmbito das suas competências temáticas e tendo em vista a promoção das coletividades da Cidade de Lisboa e das atividades por aquelas desenvolvidas, promover uma “Mostra Cultural”, a realizar no próximo dia 2 de Junho, apartir das 14:30 horas, no Cinema São Jorge.

O referido evento contará, nesta primeira edição, com a participação de agrupamentos especialmente dedicados à música e à dança, que oferecerão aos presentes excertos dos respetivos repertórios, num espectáculo que se pretende participado, variado e potenciador da cultura. Estarão presentes agremiações previamente identificadas pelas freguesias da Cidade pela sua relevante actividade e seleccionadas em função da sua disponibilidade e situação actual.

 

18 a 20 de Maio: O romance na obra de Mário Dionísio com Maria Alriza Seixo; Oficina de tapeçaria tecida; leitura de ‘Modos de ver’; cinema com ‘A cor do dinheiro’ de Scorsese; lançamento de ‘Lápis desafiado’

13 de Maio de 2013

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O ROMANCE NA OBRA DE MÁRIO DIONÍSIO
COM MARIA ALZIRA SEIXO
Sábado, 18 de Maio, 16h

Continuam em Maio as sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Nesta sessão vamos falar sobre o único romance na obra de Mário Dionísio: Não há morte nem princípio, 1969. Herança literária, técnica narrativa e textualização da experiência modernista. Um relato singular. Convergências estéticas e inovação.

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Depois de já termos falado sobre a Autobiografia, a crítica e o ensaio; sobre a poesia; sobre o conto; e por fim, no próximo mês, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.

«Mas em Não há Morte nem Princípio, o social emerge como uma estruturação de convergência do económico com o intelectual, e este romance importante, que conduz o confronto da ideia com a sua prática, na relação entre a luta pessoal e o convívio, é um texto fundamental para o pensamento da nossa estética dos anos sessenta, nos planos ideológico, artístico e narrativo.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

Cartaz Oficina MAIO 13_cartaz paleta

TAPEÇARIA TECIDA
Oficina
Domingo, 19 de Maio, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina em Maio, que se prolonga até Junho, com Carla Mota, vamos fazer tapeçaria tecida.

Para todos a partir dos 12 anos. Número máximo de participantes: 10.

cartaz segunda 20 de Maio 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 20 de Maio, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de Modos de ver de John Berger por Gonçalo Lopes.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
A cor do dinheiro de Martin Scorsese
Segunda-feira, 20 de Maio, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos A cor do dinheiro (1986, 119 min.) de Martin Scorsese. Quem apresenta é Youri Paiva.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

lapisdesafiado

LANÇAMENTO: LÁPIS DESAFIADO 1
Domingo, 19 de Maio, 18h

15 não escritores de Lisboa e do Porto foram desafiados a escrever. Deu um livro. A mostrar e a ler.

Será uma rotina algo digno de ser contado?
Junto ao rio devorei encontros não planeados e a vida tornou-se um sorriso.
Já sentia o cheiro a maresia.
Perdeu-se o chamamento da ordem.
Seguimos, vivos, para o cemitério vizinho.
Duas mãos.
Falas sempre tão baixinho.
A lagarta da Alice podia aparecer e falava ao telefone.
Merda! Já é tarde.
Pessoas andavam com as suas vidas às costas.
De molas nos pés.
Deu por si sentado a olhar-se ao espelho.
Sabia dos sentimentos.
Vestiu-se e pegou no telefone.
E então? É por isto?

Quinze citações, uma de cada texto que compõem este Lápis Desafiado 1. Quinze formas de dar forma a um desafio inicial. Quinze não escritores que desafiam a sua não condição e escrevem com a condição de respeitarem o desafio. Escreveram para esta edição: A Empregada, Clara, Toni, Pedro R., Selene e Endymion, Maria, Marta, Diana, Daniela, Ana da Palma, Artemísia Baco, Lois, Paulo, Carlota Joaquina e Youri.

Na quarta-feira, 15 de Maio, às 21h, o Lápis Desafiado 1 é lançado no Porto, na Casa Viva.

 

12 a 13 de Maio: Oficina de tapeçaria tecida; leitura de ‘Modos de ver’; cinema com ‘As bodas de Deus’ de César Monteiro

6 de Maio de 2013

Cartaz Oficina MAIO 13_cartaz paleta

TAPEÇARIA TECIDA
Oficina
Domingo, 12 de Maio, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina em Maio, que se prolonga até Junho, com Carla Mota, vamos fazer tapeçaria tecida.

Para todos a partir dos 12 anos. Número máximo de participantes: 10.

Cartaz segunda 13 Maio 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 13 de Maio, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de Modos de ver de John Berger por Inês Dourado.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
As bodas de Deus de João César Monteiro
Segunda-feira, 13 de Maio, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos As bodas de Deus (1999, 150 min.) de João César Monteiro. Quem apresenta é Vítor Silva Tavares.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Feira de Auto

FEIRA DE AUTO-GESTÃO E COOPERATIVISMO ADIADA PARA 1 DE JUNHO
Sábado, 11 de Maio, das 17h às 21h
Organização: Tertúlia Liberdade

No terreno em frente à Casa da Achada acontece esta feira com bancas de associações e cooperativas em auto-gestão, música ao vivo e gastronomia diversa.

 

3 a 5 de Maio: José Júlio Andrade dos Santos; Oficina de Tapeçaria Tecida; Feira de Auto-Gestão e Cooperativismo; Coro da Achada em Vila Franca de Xira

2 de Maio de 2013

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JOSÉ JÚLIO ANDRADE DOS SANTOS
Amigos de Mário Dionísio
Sábado, 4 de Maio, 16h

Nesta 10ª sessão de «Amigos de Mário Dionísio» aproveitamos a exposição inaugurada no passado 25 de Abril, «José Júlio – pintura e gravura», para conversar sobre José Júlio Andrade dos Santos. Recebemos familiares, ex-alunos, críticos de arte e conhecedores da sua obra, entre os quais Filomena Marona Beja, José-Augusto França, Rui-Mário Gonçalves, António Rebelo.
«Ora é em 49, aos trinta e três anos, que José Júlio, apaixonado professor de Matemática, que nunca deixou de ser, descobre as artes plásticas. Pintando, com um afinco que nada tinha do do simples amador. Mas, simultaneamente, desenvolvimento uma actividade pedagógica sobre arte e artistas que logo deixou a minha a perder de vista.»Mário Dionísio

Cartaz Oficina MAIO 13_cartaz paleta

TAPEÇARIA TECIDA
Oficina
Domingo, 5 de Maio, das 15h30 às 17h30

Nesta oficina em Maio, que se prolonga até Junho, com Carla Mota, vamos fazer tapeçaria com tecidos.

Para todos a partir dos 12 anos.

Feira de Auto

FEIRA DE AUTO-GESTÃO E COOPERATIVISMO
Sábado, 4 de Maio, das 15h às 21h
Organização: Tertúlia Liberdade

No terreno em frente à Casa da Achada acontece esta feira com bancas de associações e cooperativas em auto-gestão, música ao vivo e gastronomia diversa.

A feira continua nos sábados 11 de Maio, 1 e 15 de Junho.

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CORO DA ACHADA EM VILA FRANCA DE XIRA
Ateneu Artístico Vilafranquense
3 de Maio, 21h30

O Coro da Achada canta nesta noite no encontro de coros organizado pela associação, por ocasião do seu 122º aniversário. A entrada é 3€ para sócios da AAV e 5€ para o público em geral.

 

Como foi o 25 de Abril na Casa da Achada

2 de Maio de 2013

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O 25 de Abril foi bem passado na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Ao fim da tarde, depois do fim do desfile, onde o Coro da Achada também cantou, abrimos as portas para inaugurar a exposição «José Júlio – pintura e gravura». Eduarda Dionísio foi quem falou primeiro, para dar as boas-vindas a toda a gente, que era muita; Rui-Mário Gonçalves falou da obra do pintor e das sessões que seguirão nos próximos meses sobre a sua vida e obra; João Carlos Andrade dos Santos, filho de José Júlio, referiu a diversidade das suas áreas de intervenção. A exposição, com cerca de 30 obras, constitui uma homenagem a um grande pintor português, infelizmente bastante esquecido, amigo de Mário Dionísio e sobre o qual este escreveu vários textos, chamando a atenção para a importância e originalidade da sua obra.

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Depois destas intervenções em torno da exposição, o Coro da Achada cantou várias canções, mais antigas e mais recentes, sobre poemas de Mário Dionísio e de outros, e em várias línguas. Abriram-se então as portas do jardim para as pessoas comerem e beberem, conviverem e cantarem, debaixo da nespereira.

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Mas não foi só – e não foi pouco! – neste dia que aconteceram coisas na Casa da Achada. Durante as oficinas deste mês, «O 25 de Abril que tenho na cabeça», construímos 15 grandes amigos de papel e arame, que o Coro da Achada colocou em casa esquina do bairro, na noite de 24 para 25, enquanto ensaiava pelas ruas.

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No sábado recebemos o militar de Abril Carlos Matos Gomes para conversar sobre os derrotados no 25 de Abril. E no domingo fomos fotografar os amigos que ainda estavam nas esquinas, resistentes ao vento.

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20 a 24 de Abril: O conhecimento da arte de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo; oficina «O 25 de Abril que tenho na cabeça»; leitura de ‘Modos de ver’ de John Berger; cinema com ‘A golpada’ de Roy Hill; encontro de leitores com Filomena Marona Beja

17 de Abril de 2013

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O CONHECIMENTO DA ARTE
COM MARIA ALZIRA SEIXO
A obra de Mário Dionísio apresentada em 6 sessões mensais
Sábado, 20 de Abril, 16h

Continuam em Abril as sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Nesta sessão vamos falar sobre o conhecimento da arte de Mário Dionísio: Os estudos sobre van Gogh, 1947 e 53, e Júlio Pomar, 1948. A Paleta e o Mundo, anos 50 e 60. Do saber à problematização. Da prática à pedagogia. Artes plásticas e artes literárias. A fruição da obra de arte em sequência de conhecimento.

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Depois de já termos falado sobre a Autobiografia, a crítica e o ensaio; sobre a poesia; sobre o conto; no mês seguinte abordaremos o romance; e por fim, em Junho, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.

«[…] se pensarmos no seu ensaio a muitos títulos determinante, A Paleta e o Mundo, que tem um alcance que em muito ultrapassa o domínio das artes plásticas para ser uma longa, informada, completa e original meditação sobre as condições e a natureza da criação artística de uma maneira geral. Penso mesmo que se trata de um texto essencial no que respeita à consideração da problemática da evolução do modernismo para a contemporaneidade na cultura portuguesa, e que certos aspectos que parecem hoje estranhos na maneira nacional de lidar com a sensibilidade pós-moderna estão, de certo modo, contidos em reflexões e em perplexidades aí equacionadas pelo autor.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

Sobre estas sessões tem escrito Manuela Degerine no blogue A viagem dos argonautas: «Novas viagens na minha terra – série II – caítulo 93».

Cartaz Oficina ABRIL 13_cartaz paleta

O 25 DE ABRIL QUE TENHO NA CABEÇA
Oficina
Domingo, 21 de Abril, das 15h30 às 17h30

E se em cada esquina houvesse outra vez um amigo? E se, com a ajuda de Zé d’Almeida, José Smith Vargas e Marta Caldas, com papel, cartão, cola, pincéis, lápis, tintas os fizéssemos e colocássemos em cada esquina? E se no fim, com a ajuda de Youri Paiva, fossemos fotografar as ruas e as esquinas cheias de amigos?
Quase 40 anos depois de uma data que às vezes se esquece

Neste domingo vamos continuar a sua construção.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua no domingo, 28 de Abril.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 22 ABR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Modos de ver de John Berger
Segunda-feira, 22 de Abril, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão é termina a leitura comentada, com projecção de imagens, de Modos de ver de John Berger por Inês Dourado.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
A golpada de George Roy Hill
Segunda-feira, 22 de Abril, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos A golpada (1973, 129 min.) de George Roy Hill. Quem apresenta é João Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz Encontros de Leitores3_Layout 1

ENCONTRO DE LEITORES
com Filomena Marona Beja
Quarta-feira, 24 de Abril, 14h30

Acontece nesta quarta-feira mais um encontro de leitores com a escritora Filomena Marona Beja, inserido no projecto «Palavras que o vento não levará».

Nas últimas quartas-feiras de cada mês acontece um encontro de leitores com um escritor, tendo a Biblioteca da Achada como sítio onde se podem encontrar livros para ler e falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. Procurar nas estantes, livros para ler em casa. Passar aos outros o que sim, o que não.

 

6 a 8 de Abril: Bichos, bichinhos e bicharocos; o 25 de Abril que tenho na cabeça; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘O dinheiro’

1 de Abril de 2013

conviteBichinhos

BICHOS, BICHINHOS E BICHAROCOS
Sábado, 6 de Abril, 15h

Inaugura neste dia a exposição dos trabalhos da turma do 2.º ano, da professora Ariana Furtado, da Escola EB1 n.º 10 do Castelo a partir do livro Bichos, bichinhos e bicharocos de Sidónio Muralha, ilustrado por Júlio Pomar e com músicas de Francine Benoît.

Na inauguração há poemas ditos e cantados pelos alunos da Escola do Castelo. A exposição pode ser visitada até ao dia 16 de Abril.

O papagaio é como muitas pessoas. Mas, como são as pessoas?

As pessoas são perigosas, más, queridas, simpáticas, estúpidas, preguiçosas e ainda por cima são mentirosas. Ser mentiroso é feio. Temos de respeitar os adultos e os mais pequenos, porque os mais pequenos podem magoar-se. – Carolina

As pessoas são estranhas… gostam muito de brincar com os sentimentos dos outros. – Inês

Algumas pessoas são pretas, outras brancas e também castanhas. Algumas pequenas, outras grandes. As pessoas são sempre amigas umas das outras. Do fundo do coração. – Beatriz Alexandre

As pessoas são corajosas, por dentro. Amigas? Algumas são. – Francisco

Algumas pessoas são altas, outras baixas. Umas simpáticas, boas e amigas e por fora bonitas. Outras nem por isso. As pessoas são todas diferentes: brancas, pretas, gordas, magras, de cabelo encaracolado e outras de cabelo liso. – Rodrigo

As pessoas são boas e más, bonitas e divertidas. Existem pessoas que nos servem de exemplo pelas coisas boas que fazem ao longo da vida. Também existem outras pessoas que são tão más que só sabem fazer mal a todos os que as rodeiam. Existem também aquelas pessoas que são muito divertidas. – Soraia

As pessoas são, por dentro, bonitas e amigas. As pessoas por fora, são inimigas, muito altas e muito baixas. Também podem ser egoístas. – André

Os meus amigos são todos pessoas muito simpáticas. – Pedro

As pessoas são amigas. Às vezes más, às vezes boas. – Catarina

As pessoas, por dentro, podem ser más, boas, amigas, amorosas. Por fora podem ser conversadoras, podem ser de todos os jeitos. Algumas pessoas portam-se mal, são atrasadas, preguiçosas e desajeitadas. – Gabriel

As pessoas por dentro são bonitas. Por fora são altas! – Beatriz Esteves

As pessoas são pequenas, médias, altas, grandes. Podem ser muito simpáticas, mas também egoístas, gulosas, mentirosas e maldosas. – Mariana Santos

As pessoas são boas por fora e algumas por dentro. Algumas são boas por dentro e por fora. – Alec

As pessoas são más por fora e são boas por dentro. Eles fazem mal aos animais. As pessoas são todas diferentes. Umas têm o cabelo amarelo, outras têm o cabelo castanho, preto ou vermelho. Algumas têm a pele branca. – Madalena

As pessoas são leoas! – Rafael

Algumas pessoas são alegres e outras tristes. Algumas são trabalhadoras, outras não. Algumas são carpinteiras. Umas divertidas e outras não. Algumas más, algumas boas por dentro e por fora. – Tomás

As pessoas são simpáticas e gostam de brincar. – Jorge

As pessoas são bonitas, fofinhas, queridas. São lindas. Comem carne, peixe, maçã, ovos. Adoram brincar. Às vezes metem-se nos computadores, mas são queridas… Assim são as pessoas. – Mariana Gomes

Já foi apresentada esta exposição na Escola do Castelo, para verem como foi vejam aqui.

Cartaz Oficina ABRIL 13_cartaz paleta

O 25 DE ABRIL QUE TENHO NA CABEÇA
Oficina
Domingo, 7 de Abril, das 15h30 às 17h30

E se em cada esquina houvesse outra vez um amigo? E se, com a ajuda de Zé d’Almeida, José Smith Vargas e Marta Caldas, com papel, cartão, cola, pincéis, lápis, tintas os fizéssemos e colocássemos em cada esquina? E se no fim, com a ajuda de Youri Paiva, fossemos fotografar as ruas e as esquinas cheias de amigos?
Quase 40 anos depois de uma data que às vezes se esquece

Nesta primeira sessão vamos começar a construir os amigos com Zé d’Almeida.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingos 14, 21 e 28 de Abril

Cartaz segunda 8 Abril 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
A arte de pintar de Tristan Klingsor
Segunda-feira, 8 de Abril, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Manuela Torres.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
O dinheiro de Marcel L’Herbier
Segunda-feira, 8 de Abril, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos O dinheiro (L’argent, 1928, 195 min.) de Marcel L’Herbier, baseado no romance de Émile Zola. Quem apresenta é António Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

9 a 11 de Março: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; Oficina «Make war with cartoons»; Leitura de ‘A arte de pintar’; Cinema com ‘Vigaristas de bairro’ de Woody Allen; Debate «Niemeyer, Brasília e a cidade moderna» da Unipop

5 de Março de 2013

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VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Sábado,  9 de Março, 16h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

Com esta exposição quisemos continuar a pôr à disposição das pessoas o espólio de Mário Dionísio. Desta vez, obras de arte que lhe foram oferecidas, quase todas por quem as fez. Juntam-se, assim, 28 artistas de características muito diferentes, disponibilizando uma «fatia» da arte portuguesa (e não só) do século XX, nem toda bem conhecida e parte dela esquecida.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, da autoria de desses 28 artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

Cartaz Oficina MAR 13-1_cartaz paleta

MAKE WAR WITH CARTOONS
Oficina
Domingo, 10, das 15h30 às 17h30

Continua neste domingo esta oficina para fazer cartoons combativos, com Zé d’Almeida.

Para todos a partir dos 16 anos. A oficina continua no domingo 17 de Março.

CARTAZ SEGUNDA 11 MAR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
A arte de pintar de Tristan Klingsor

Segunda-feira,  11 de Março, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Manuela Torres.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Vigaristas de bairro de Woody allen

Segunda-feira, 11 de Março, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Vigaristas de bairro (2000, 94 min.) de Woody Allen. Quem apresenta é Youri Paiva.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

E a Casa da Achada abre portas e cede a sua zona pública para…

Cartaz_Niemeyer_web

NIEMEYER, BRASÍLIA E A CIDADE MODERNA
Sábado, 9 de Março, 18h
Organizado pela Unipop

Com a participação de Ana Vaz Milheiro, Bruno Lamas, Jorge Figueira, Manuel Graça Dias e Tiago Mota Saraiva.

O nome de Óscar Niemeyer, recentemente desaparecido, é universalmente reconhecido como figura incontornável da arquitectura moderna. Esse reconhecimento deve-se sobretudo às obras projectadas para a cidade de Brasília no final da década de 1950. Brasília, por sua vez, pode ser considerada como o mais amplo e completo exemplo concretizado dos princípios funcionalistas do urbanismo e da arquitectura modernos, tal como foram estabelecidos pelos Congrès Internationaux d’Architecture Moderne (CIAM) nos anos 1920/30 e fixados na chamada «Carta de Atenas» (1933) por Le Corbusier.

Em conjunto, a obra e o percurso de Niemeyer, o plano e a construção de Brasília e os princípios do urbanismo e arquitectura modernos, podem de certo modo ser vistos como diferentes níveis de análise sobre o complexo papel social e político da teoria e prática arquitectónica moderna na história do século XX: as suas contradições e aporias, convergências e divergências, apologias e críticas. Se por um lado o movimento moderno tentou apresentar-se a maioria das vezes como um projecto exclusivamente técnico, por outro lado, sempre procurou fundamentar-se na ideia de uma transformação social total através da simples construção de novas formas urbanas e arquitectónicas, onde o exercício de arquitectura aparece como um exercício de «engenharia social». Ao mesmo tempo que se apresenta como um projecto apolítico e um «estilo internacional», vê-se progressivamente a participar na consolidação e auto-representação de diversos Estados-nação através de projectos-símbolo de modernização social. Se começa por ser uma síntese progressista entre as vanguardas artísticas e os avanços técnico-industriais da Europa Ocidental entreguerras, será apenas a partir da destruição da Segunda Guerra Mundial que terá oportunidade de execução prática e será nas fases de modernização atrasada dos países de passado colonial das décadas de 1950 e 1960 que realizará os projectos mais ambiciosos (Brasília, Chandigarh, Islamabad, etc).

No urbanismo e na arquitectura modernistas, e naturalmente também em Niemeyer e Brasília, cruzam-se assim de forma ambígua diversos temas do pensamento social, político e cultural moderno (utopia e ideologia, capitalismo e socialismo, revolução e reformismo, poder e dinheiro, política e arte, etc.), cruzamentos que observados retrospectivamente revelam problemáticas fundamentais, porventura ainda hoje longe de terem sido verdadeiramente ultrapassadas.

Mais do que uma evocação de Niemeyer ou uma discussão sobre o exemplo concreto de Brasília, a Unipop e a revista Imprópria propõem um debate que, partindo daí, aborde esses diversos cruzamentos sob a perspectiva da cidade moderna.

 

2 a 4 de Março: Oficina de cartoons; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘Khule Wampe’; ciclo de palestas sobre Mário Dionísio na Amadora

26 de Fevereiro de 2013

Cartaz Oficina MAR 13-1_cartaz paleta

MAKE WAR WITH CARTOONS
Oficina
Domingo, 3, das 15h30 às 17h30

Nos três primeiros domingos de Março vamos, com Zé d’Almeida, fazer cartoons, que também se combate assim.

Para todos a partir dos 16 anos. A oficina continua nos domingos 10 e 17 de Março.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 4 MAR  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 4 de Março, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Manuela Torres.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 4 de Março, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Kuhle Wampe (1932, 71 min.) de Slatan Dudow, com argumento de Bertold Brecht e música de Hanns Eisler. Quem apresenta é Diana Dionísio.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz M. Dionísio
AS VÁRIAS FACETAS DE MÁRIO DIONÍSIO
Ciclo de Palestras
Sábado, 2 de Março, 14h30
Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos (Reboleira, Amadora)

No encerramento da exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra» na Biblioteca Piteira Santos, na Amadora, acontece um ciclo de palestras em jeito de maratona: Rui Canário fala sobre Mário Dionísio, o professor; Cristina Almeida Ribeiro sobre o escritor; Regina Guimarães sobre o pintor; e Eduarda Dionísio sobre o cidadão.

 

23 a 27 de Fevereiro: Poesia de Mário Dionísio com Maria Alzira Seixo; Oficina de materiais; leitura de Klingsor; Cinema com ‘Benvindo Mr. Marshall’; Encontro de leitores

20 de Fevereiro de 2013

MD poesia

A POESIA DE MÁRIO DIONÍSIO
COM MARIA ALZIRA SEIXO
A obra de Mário Dionísio apresentada em 6 sessões mensais
Sábado, 23 de Fevereiro, 16h

Continuam estas sessões mensais, inseridas no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Nesta sessão vamos falar sobre poesia e intervenção (Poemas, 1941; As solicitações e emboscadas, 1950), poesia e construção da arte (O riso dissonante, 1950; Memória dum pintor desconhecido, 1965), e poesia e experiência (Terceira idade, 1982).

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Depois de em Janeiro termos falado sobre a Autobiografia, a crítica e o ensaio, nos meses seguintes abordaremos o conto, o conhecimento da arte, o romance; e por fim, em Junho, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.

«Dizer, na relação de criar, foi, parece-nos, o essencial da actividade deste escritor, que sempre lidou com imagens, as da visão do mundo e as da sua expressão, as da configuração alienante e as de uma possível abertura de horizontes bloqueados. Daí que a sua preocupação cultural fosse sempre constante, e que o seu trabalho da palavra arriscasse sentidos que a procura do rigor e da nitidez não afastavam da perplexidade e da dúvida.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

Uma das participantes da sessão anterior, Manuela Degerine, escreveu um texto sobre o que aconteceu. Pode ser lido aqui, no blogue A viagem dos argonautas.

Cartaz Oficina FEV 13_cartaz paleta

APROVEITAR OBJECTOS E MATERIAIS
Oficina
Domingo, 24 de Fevereiro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos de Fevereiro vamos, com Irene van Es, aproveitar objectos e materiais à volta de tecidos. «A vida é feita de pequenos nadas» e «quem tem duas mãos tem tudo. E ter uma é mais que nada».

Depois de nas sessões passadas termos construído móbils a partir de feltro e pequenos bonecos a partir de tecidos e outros materiais, nesta sessão novos bonecos vamos fabricar.

Para todos a partir dos 6 anos.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 25 FEV  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 25 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 25 de Fevereiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Benvindo, Mr. Marshall (1953, 78 min.) de Luis Garcia Berlanga. Quem apresenta é Vítor Silva Tavares.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz Encontros de Leitores_Layout 1

ENCONTRO DE LEITORES
Quarta-feira, 27 de Fevereiro, 14h30

Depois de, no dia 6, um grupo da Escola do Castelo e outro do Conselho Português para os Refugiados terem feito as primeiras visitas do Novo Guia de Lisboa, vimos lembrar que, no próximo dia 27 de Fevereiro, vamos inaugurar os Encontros de Leitores do Palavras que o vento não levará, aqui na Casa da Achada, com a escritora Margarida Vale de Gato.

Ler e falar, ouvir, ler e contar, dizer da sua justiça. Procurar nas estantes, livros para ler em casa. Passar aos outros o que sim, o que não.

 

16 a 18 de Fevereiro: Golpe em Espanha em 1981; Oficina «Aproveitar objectos e materiais»; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘Bonnie e Clyde’

14 de Fevereiro de 2013

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GOLPE EM ESPANHA
histórias da História
Sábado, 16 de Fevereiro, 16h

Nesta sessão vamos falar sobre o golpe em Espanha a 23 de Fevereiro de 1981 com Miguel Perez.

Neste ciclo, «histórias da História», conversaremos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris, sobre as «aparições» de Fátima, sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira e sobre a Independência da Guiné.

Cartaz Oficina FEV 13_cartaz paleta

APROVEITAR OBJECTOS E MATERIAIS
Oficina
Domingo, 17 de Fevereiro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos de Fevereiro vamos, com Irene van Es, aproveitar objectos e materiais à volta de tecidos. «A vida é feita de pequenos nadas» e «quem tem duas mãos tem tudo. E ter uma é mais que nada».

Depois de nas sessões passadas termos construído móbils a partir de feltro e pequenos bonecos a partir de tecidos e outros materiais, nesta sessão novos bonecos vamos fabricar.

Para todos a partir dos 6 anos.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 18 FEV  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 18 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 18 de Fevereiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Bonnie e Clyde (1967, 111 min.) de Arthur Penn. Quem apresenta é Pedro Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

9 a 11 de Fevereiro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; Oficina para aproveitar materiais; leitura de ‘A arte de pintar’; cinema com ‘Humberto D’

5 de Fevereiro de 2013

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VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Sábado, 9 de Fevereiro, 16h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio, da autoria de vários artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

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APROVEITAR OBJECTOS E MATERIAIS
Oficina
Domingo, 10 de Fevereiro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos de Fevereiro vamos, com Irene van Es, aproveitar objectos e materiais à volta de tecidos. «A vida é feita de pequenos nadas» e «quem tem duas mãos tem tudo. E ter uma é mais que nada».

Depois de na sessão passada termos construído móbils a partir de feltro, nesta sessão vamos construir pequenos bonecos a partir de tecidos e outros materiais.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos dias 17 e 24 de Fevereiro.

CARTAZ SEGUNDA 11 FEV 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 11 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 11 de Fevereiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Humberto D (1952, 80 min.) de Vittorio de Sica. Quem apresenta é João Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

2 a 4 de Fevereiro: Francisco Castro Rodrigues entrevistado por Eduarda Dionísio e Vítor Silva Tavares; Oficina de aproveitar materiais; leitura de ‘A arte de pintar’ de Klingsor; cinema com ‘Aves de rapina’ de von Stroheim.

30 de Janeiro de 2013

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FRANCISCO CASTRO RODRIGUES
Amigos de Mário Dionísio
Sábado, 2 de Fevereiro, 16h

É a 9ª sessão de «Amigos de Mário Dionísio», e a 2ª com a participação do próprio amigo, Francisco Castro Rodrigues, que será entrevistado por Eduarda Dionísio e Vítor Silva Tavares.

Castro Rodrigues, arquitecto nascido em Lisboa em 1920. Pertenceu ao MUD Juvenil. Esteve preso no Aljube. Viveu no Lubito mais de 30 anos, antes e depois da Independência de Angola, onde está grande parte da sua obra.

Autor do livro Um cesto de cerejas, editado pela Casa da Achada em 2009, em que conta a sua longa vida, de onde retirámos estes excertos:

«Agora há doutoramentos em Arquitectura. Tenho um colega que assinou um trabalho assim: Professor Doutor Arquitecto Fulano de tal…
Eu cá tenho muita honra em ser arquitecto só. Já cega para o trabalhinho que tenho…»

«Quando eu ia visitá-lo [Mário Dionísio], ele costumava mostrar-me as suas últimas obras, que tinha lá no seu atelier.
E eu, ao olhar para este quadro: “Olha, as Azenhas do Mar!” E ele: “Azenhas do mar? Não tem nada a ver com as Azenhas do Mar.”
E até deve ter ficado melindrado, “então este tipo não sabe que eu não sou naturalista nem gostaria de o ter sido?”
Chamei a Lourdes: “Anda cá ver!” E ela: “Olha as Azenhas do Mar!” Ele ficou um bocado atrapalhado.
Mais tarde telefona-me: “Gostava de ir aí ter consigo. Queria oferecer-lhe um quadro.” “Então porquê?” “Esteve aqui há uns tempos o Pomar e, ao ver os quadros, olha para um e diz: ‘Olha, as Azenhas do Mar…’ Então vou-lhe oferecer esse quadro.”»

«E comecei assim: “Eu nasci em 1947; quando entrei para os cárceres da PIDE, onde contactei com uma série de rapaziada, o Mário Soares, aquela malta toda…”
Nascer, nascer, eu nasci “por favor”… Nasci foi em 47, quando estive no Aljube e em Caxias.»

«Há quem diga: “Se é para pobre, o terreno é mais pequenino…” Eu digo: “Não, não. O terreno é o que for essencial para uma família, quer ela seja pobre ou rica.” Se ela quer comprar um terreno ao lado, que o faça, se o regulamento da câmara permitir. Agora, no tecido da cidade que o urbanista faz, não tem de estar preocupado com a riqueza ou não riqueza de cada um. A célula inicial é “uma casa, uma família” – ou um homem. Aqui é família.»

«Lá em Angola é que nunca [pus o chapéu colonial]. O sol é para todos e é a fonte da vida, de acordo com o meu pai…
Também fui controntado, logo à chegada, com outras realidades. Por exemplo: ao ouvir insólitos “ais”, ritmados e pungentes cuja origem descobri partirem da esquadra da polícia, a cívica, onde um agente, beata ao canto da boca, displicente e metodicamente assentava fortes palmatoadas na mão empolada de um… “indígena”.
As donas de casa, para se “distraírem”, mandavam à esquadra o “criado” com um recado para lhe darem palmatoadas…
Logo ali virei “angolano”.»

Cartaz Oficina FEV 13_cartaz paleta

APROVEITAR OBJECTOS E MATERIAIS
Oficina
Domingos, das 15h30 às 17h30

Nos domingos de Fevereiro vamos, com Irene van Es, aproveitar objectos e materiais à volta de tecidos. «A vida é feita de pequenos nadas» e «quem tem duas mãos tem tudo. E ter uma é mais que nada».

Para todos a partir dos 6 anos.

CARTAZ SEGUNDA 4 FEV  13-pdf

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 4 de Fevereiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 4 de Fevereiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Aves de rapina (1924, 140 min.) de Erich von Stroheim. Quem apresenta é António Rodrigues.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

 

26 a 29 de Janeiro: Obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo; Oficina de BD; Leitura de ‘A arte de pintar’; Cinema com ‘Tráfico’; Caso República; revista Golpe d’Asa

24 de Janeiro de 2013

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A OBRA LITERÁRIA DE MÁRIO DIONÍSIO
por Maria Alzira Seixo
Sábado, 26 de Janeiro, 16h

É neste sábado que acontece a primeira sessão, inserida no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio por Maria Alzira Seixo.

Nesta sessão, «Autobiografia, crítica e ensaio», vamos falar sobre as Fichas, o estudo sobre Guilherme de Azevedo (1946), o caso Redol, os prefácios (anos 50 a 70), e a Autobiografia (1986).

Em seis sessões mensais, Maria Alzira Seixo, professora catedrática da Faculdade de Letras de Lisboa, apresenta a obra literária de Mário Dionísio. Nos outros meses trataremos a poesia, o conto, o conhecimento da arte, o romance; e por fim, em Junho, serão discutidas conclusões, dissenções e aberturas.

«Dizer, na relação de criar, foi, parece-nos, o essencial da actividade deste escritor, que sempre lidou com imagens, as da visão do mundo e as da sua expressão, as da configuração alienante e as de uma possível abertura de horizontes bloqueados. Daí que a sua preocupação cultural fosse sempre constante, e que o seu trabalho da palavra arriscasse sentidos que a procura do rigor e da nitidez não afastavam da perplexidade e da dúvida.»
Maria Alzira Seixo, no texto «Mário Dionísio, cultor de imagens», publicado em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (Biblioteca-Museu República e Resistência, 1996)

Cartaz Oficina BD JAN 13_cartaz paleta

OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 27 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. Última sessão desta oficina.

Segunda 28

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 28 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por José Smith Vargas.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 28 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Tráfico (1998, 112 min.) de João Botelho, que vem apresentar o filme.

Parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

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PROJECÇÃO E DEBATE
CASO REPÚBLICA
Terça-feira, 29 de Janeiro, 21h30

Nesta noite projectamos o documentário Caso República (República: journal du peuple, 1998, 55 min.) de Ginette Lavigne. Após a projecção há debate com a presença da realizadora e dos jornalistas Adelino Gomes e Margarida Silva Dias.

Sinopse: Portugal 1975. Há um ano que a «revolução dos cravos» faz sonhar. Em nome do poder popular, fábricas, terras e casas são ocupadas. Em Maio de 1975, o jornal diário República é ocupado pela comissão de trabalhadores. Este acontecimento cristaliza de súbito tudo o que está em jogo na revolução portuguesa: a luta já não é entre a direita e a esquerda, mas entre a esquerda revolucionária e a esquerda parlamentar. Os media internacionais percebem claramente o que está em causa: durante dois meses, o «caso República» está nas primeiras páginas. Portugal 1998. Alguns actores desta história: administrativos, jornalistas, tipógrafos, recordam o sucedido.

«O lugar do espectador só pode ser o do mal-estar: o que lhe é dado a ver é precisamente o que historicamente foi riscado como presença, olhar, escuta, desejo, amor, revolta. Mas acontece que o povo ausente hoje, cuja ausência as nossas três personagens marcam, esse povo estava presente ontem – foi filmado, os arquivos mostram-no, a despedir os patrões, a ocupar as mansões, a tomar conta dos jornais… a fazer a revolução. O cinema rasga o tempo. A presença tornou-se ausência: a ausência, presença. Como diz um dos senhores, um jornalista socialista, o caso República é inimaginável hoje. Ele seria impossível, impensável. Pensemos nisso.»
Jean-Louis Comolli

golpedasa

APRESENTAÇÃO DA REVISTA
GOLPE D’ASA nº 2
Sábado, 26 de Janeiro, 18h30

A Casa da Achada recebe a apresentação do nº 2 da revista de poesia Golpe d’Asa, proposta pela sua direcção.

O poeta convidado do caderno central, José-Alberto Marques (autor do 1.º poema concreto português), fará uma performance com hino pessoal.

 

19 a 21 de Janeiro: ‘Quarteto de Alexandria’ de Durrell por Francisco Louçã; Oficina de BD; leitura de ‘A arte de pintar’ de Klingsor; cinema com ‘Esplendor na relva’; Exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra» na Amadora; apresentação ‘Em trânsito, em morte’

15 de Janeiro de 2013

Livros das nossas vidas JAN 13_Layout 1

LIVROS DAS NOSSAS VIDAS
O quarteto de Alexandria de Durrell
Sabádo, 19 de Janeiro, 16h

Nesta sessão Francisco Louçã vem falar-nos de Quarteto de Alexandria de Lawrence Durrell.

31.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

Cartaz Oficina BD JAN 13_cartaz paleta

OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 20 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. A oficina continua no domingo 27 de Janeiro.

CARTAZ SEGUNDA 21 JAN 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 21 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 21 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Esplendor na relva (1961, 124 min.) de Elia Kazan. Quem apresenta é João Pedro Bénard.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz M. Dionísio

EXPOSIÇÃO «MÁRIO DIONÍSIO – VIDA E OBRA» NA AMADORA
na Biblioteca Piteira Santos (Reboleira, Amadora)
de 18 de Janeiro a 2 de Março de 2013

A exposição itinerante «Mário Dionísio – Vida e Obra» vai inaugurar na Amadora, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos.

A exposição, que esteve patente na Casa da Achada em 2011 – e que entretanto já passou por muitos sítios diferentes do país -, é composta por 13 painéis biográficos com textos, excertos de jornais, fotografias, reproduções de obras de arte, e outras informações sobre a vida e a obra de Mário Dionísio, nas suas mais diversas áreas.

Inauguração: 18 de Janeiro, 18h

A inauguração conta com intervenções de Eduarda Dionísio e do presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Moreira Raposo. Também acontecem um conjunto de leituras de textos autobiográficos com projecção de imagens, «Mário Dionísio contado por Mário Dionísio», e canta o Coro da Achada.

No dia 2 de Março, a partir das 14h30, também acontece um ciclo de palestras sobre as várias facetas de Mário Dionísio (professor, escritor, pintor e cidadão), onde participam Rui Canário, Cristina Almeida Ribeiro, Regina Guimarães e Eduarda Dionísio.

CARTAZ EM TRANSITO, EM MORTE_LISBOA

APRESENTAÇÃO DO LIVRO
EM TRÂNSITO, EM MORTE DE IVO MARTINS
Sábado, 19 de Janeiro, 18h

A Casa da Achada recebe a apresentação do livro Em trânsito, em morte, de Ivo Martins, proposta pela editora 7Nós.

7 Nós acaba de publicar o título Em trânsito, em morte, de Ivo Martins, um autor que tem vindo a escrever regularmente sobre arte e jazz em diferentes publicações, mas que conhece com este livro a sua estreia editorial.

Uma luz branca, branca e densa, atravessa a todo o momento a leitura desta obra, não nos deixando escapar à ferida da lucidez.

Em trânsito, em morte é uma recolecção e justaposição de impressões, ideias, pequenas ficções, narrativas e digressões reunidas por contaminação num corpo discursivo de estatuto indefinido: nem “ensaio”, nem “romance”, nem “autobiografia”, nem “diário”. O tema deste livro é volátil e difuso – estamos perante uma escrita “sem assunto” e “sem tópico” que, profusa e expansiva, se ocupa de todos os grandes assuntos e grandes tópicos da hipercontemporaneidade (política, arte, sociedade) ao mesmo tempo que faz correr, em linhas paralelas, movimentos subterrâneos pelo interior de um espaço privado feito da solidão, dos impasses e micro-eventos da vida íntima e interior. O seu discurso surge-nos como a dissecação crítica, violenta e desassombrada, da realidade actual, elaborada a partir das fronteiras exíguas e claustrofóbicas de um apartamento suburbano, olhando para o exterior através das molduras das suas janelas e dos ecrãs de televisão. O sentimento específico do autor em relação ao real é, assim, perturbado e amplificado pela luz dos néons e da electricidade estática – símbolos de uma representação mediada (e, por conseguinte, não original) do mundo, que o distorce e submete a estratégias mitologizantes de alienação e a lógicas corruptas de comércio e mercado. A narrativa contida nesta obra desenha o mapa de uma viagem pela paisagem mental do contemporâneo, marcada pela devastação e, por vezes, por clarões pontuais e inesperados de beleza.

A publicação de Em trânsito, em morte apresenta aos leitores uma voz literária singular e introduz na frágil paisagem do pensamento crítico português, um inesperado exemplo de seiva crítica, exuberante e quase selvagem, impossível de ser catalogada ou enquadrada em qualquer corrente intelectual ou sistémica (académica, política ou literária).

«Começámos a aceitar servilmente este estado de coisas e, quando já não somos capazes de esboçar o mais pequeno gesto de recusa sobre a participação no lento processo de destruição em massa em que estamos envolvidos, encontramo-nos prontos a ser vítimas da exploração e de um esmagamento da individualidade, acompanhados da maior de todas as farsas. A democracia relativiza todas as formas de exploração que se assumem como a maior ignomínia do nosso tempo.»

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DIÁLOGOS URBANOS: RISCO E RESILIÊNCIA
Diálogo 2 – Espaços e Urbanidades – Os Silos do Intendente
Terça-feira, 22 de Janeiro, das 14h às 19h30

O IN+ – Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento do Instituto Superior Técnico, inserido no projecto Laboratórios na RUA, organiza este encontro onde pretende apresentar e discutir os projectos dos estudantes de Arquitectura do IST.

Consultar programa aqui.

 

13 a 14 de Janeiro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; oficina de BD; leitura de Klingsor; cinema com ‘Capitalismo – uma história de amor’ de Michael Moore

8 de Janeiro de 2013

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28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Visita guiada
Domingo, 13 de Janeiro, 11h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio, da autoria de vários artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

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OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 13 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. A oficina continua nos domingos 20 e 27 de Janeiro.

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CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 14 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 14 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Capitalismo – uma história de amor (2009, 127 min.) de Michael Moore. Quem apresenta é António Loja Neves.

Para ver a restante programação do ciclo de cinema ver aqui.

 

6 a 7 de Janeiro: Oficina de BD; leitura de Klingsor; cinema com ‘O dinheiro’

6 de Janeiro de 2013

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OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 6 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. Continua nos domingos 13, 20 e 27 de Janeiro.

 CICLO

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 7 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Em Janeiro começa a leitura comentada de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 7 de Janeiro, 21h30

Na primeira segunda-feira deste ano damos início a este novo ciclo de cinema sobre o dinheiro. Começamos com O dinheiro (1983, 85 min.) de Robert Bresson. Quem apresenta é Gabriel Bonito.

Abre-se um jornal – quando ainda se faz esse gesto antigo – e parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora. Créditos e débitos. Dívidas. Bolsas, subsídios, descontos, taxas, impostos.
Greves e manifestações até pertencem agora às páginas de «economia». O preço pelo qual se compra e vende o quadro mais ou menos célebre – ou então o seu roubo – pode ser manchete, assim como o vencedor da lotaria, do totobola, do totoloto, do euromilhões.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
Muitos – pobres e ricos – vivem para ter dinheiro, para o dividir ou multiplicar – e, os mesmos ou outros, para o gastar. Não se pode viver sem dinheiro. Pelo menos nesta nossa sociedade.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores. E não veremos tudo o que valeria a pena ver. Alguns filmes que neste ciclo caberiam (por exemplo, A quimera do ouro, O quintero era de cordas, Stavisky) não os passamos agora porque entraram em ciclos anteriores.
Era impossível a 7.ª arte (a literatura, o teatro, antes dela…) não se ocupar do dinheiro. O dinheiro está no centro do mundo e no centro de muitas tragédias e de muitas comédias. Este ciclo vai, assim, percorrer quase um século de cinema: Aves de rapina de Erich von Stroheim é de 1924, Capitalismo – uma história de amor de Michael Moore e Erro do banco a vosso favor de Gérard Bitton e Michel Munz (não passou nos cinemas em Portugal) são de 2009. Do mudo ao sonoro, do preto e branco à cor. São 24 filmes de 24 realizadores, produzidos em países vários: EUA, França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal…
E que, aliás, preciaram de dinheiro para serem feitos, distribuídos, vistos, transformados em DVD – independentemente dos seus maiores ou menores orçamentos e das muitas ou poucas receitas de bilheteira.
Chamados à atenção para uma sessão difícil de que não podíamos prescindir: um filme mudo de mais de três hors – Dinheiro de Marcel L’Herbier. E para todos os outros filmes, evidetemente, que nos farão (re)descobrir cinematografias sempre a (re)descobrir e nos farão pensar sobre aquilo em que vale a pena pensar.
Filmes que, ao longo de seis meses, nos farão rir e chorar.

Ver aqui o restante programa do ciclo de cinema.

 

21 a 29 de Dezembro: Oficina «O natal está nas nossas mãos»; o que Mário Dionísio escreveu nos jornais depois do 25 de Abril; o Coro da Achada em Setúbal

20 de Dezembro de 2012

OFICINA
O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS
Domingo, 23 de Dezembro, das 15h30 às 17h30

Nesta última oficina deste ano, com Irene van Es e Lena Bragança Gil, vamos meter as mãos à obra e fazer prendas, brincar com os materiais que há à nossa volta: frascos, tintas, cartões, tecidos, botões, caixas de ovos, madeiras, e por aí fora…

Para todos a partir dos 6 anos.

MÁRIO DIONÍSIO, ESCRITOR E OUTRAS COISAS MAIS
Sábado, 29 de Dezembro, 16h

Nesta sessão, do ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», Eduarda Dionísio vem falar-nos de o que Mário Dionísio escreveu nos jornais depois do 25 de Abril. Mário Dionísio foi presença habitual em vários jornais – O Jornal, Diário de Lisboa, A Capital, Expresso, Jornal de Letras e Artes, Vértice, etc – sobre vários assuntos: a arte e a cultura, a política e a sociedade, o ensino e a educação.

«Ponham-se então as coisas no seu verdadeiro pé: nem a arte muda se o homem que a produz não mudou já ou está mudando, nem tal mudança rapidamente se opera, nem a sua expressão estética se produz mecanicamente e de chofre.»
Mário Dionísio, em «Ir ao povo», publicado em O Jornal em 1975.

«Enquanto os partidos de esquerda (onde começará e acabará hoje a esquerda?) se desentendem e brincam à Unidade, que é o mais perigoso dos jogos se não se toma a sério, o fascismo, não interessa com que nome ou nomes, organiza-se, infiltra-se, cresce, aceita a mão que lhe estendem, instala-se civilizadamente ou ataca selvaticamente na rua com a protecção das «forças da Ordem» chamada «democrática».
Entretanto, um jovem de 18 ou 19 anos caiu para sempre por repelir o fascismo e porque, nas circunstâncias dadas, defender o fascismo era «legal» e ilegal atacá-lo.
Não foi o primeiro, não será o último. Teremos bem a consciência do que isto significa – no nosso presente e no nosso futuro?»
Mário Dionísio, em «Legalmente assassinado», sobre o assassinato de José Jorge Morais, publicado no Diário de Lisboa em 1978.

Nas segundas-feiras 24 e 31 de Dezembro não se realizam as leituras inseridas no ciclo «A Paleta e o Mundo III» nem as projecções de cinema.
O ciclo de leituras continua em Janeiro com a leitura de A arte de pintar de Tristan Klingsor e nas segundas-feiras à noite vamos ter um novo ciclo de cinema: «Dinheiro para que te querem».

O CORO DA ACHADA CANTA EM SETÚBAL
Sexta-feira, 21 de Dezembro, 21h30
Casa da Cultura, Setúbal
entrada: 3€

O Coro da Achada canta, a convite da AJA – Associação José Afonso e da Câmara Municipal de Setúbal, na Casa da Cultura dessa cidade. A actuação está inserida no Ciclo de Música Popular Portuguesa.

O Coro da Achada nasceu em Junho de 2009. Quando se pensava em convidar um coro para cantar na abertura da Casa da Achada, alguém provocou «Porque não fazemos nós um coro?». E fizemos mesmo. Começou a funcionar todas as quartas-feiras às 21h30.

Avançámos com a ideia de um coro que cantasse canções com textos do Mário Dionísio e outras: canções de luta de todo o mundo e de épocas diferentes (na língua original ou traduzidas), algumas canções populares portuguesas, canções pouco cantadas, canções que por alguma razão nos entusiasmam e nos libertam.

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020