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Poema/Quadro 3.

O poema 61 do livro “Le feu qui dort”, de Mário Dionísio, lembrou-nos um quadro de Turner, “Waves breaking against the wind”… porque diz assim:

61.
Já não há navio
nem mastro nem remo
Só vagas em redor à direita e à esquerda

Sê pois o grão a chama
que à tona mantém
a jangada da musa onde naufrago

É a tradução portuguesa de Regina Guimarães do poema que Mário Dionísio escreveu em francês:

61.
Y a plus de navire
plus de mât plus de rame
À droite à gauche tout autour rien que des flots

Sois le grain et la flamme
qui tient à fleur de l’eau
ce radeau de la muse où je chavire

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