4 a 9 de Novembro: Oficina da música às palavras; cinema com ‘A estrada do tabaco’; Pensamentos & Achados na Achada
OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS – II
Domingo, 4 de Novembro, das 15h30 às 17h30
* continua todos os domingos do mês
Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.
Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…
A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.
CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 5 de Novembro, 21h30
Nesta sessão projectamos A estrada do tabaco (1941, 84 min.) de John Ford, a partir da obra de Erskin Caldwell.
Quem apresenta é Regina Guimarães.
O filme é legendado em português, como é costume, e também em francês para os participantes do encontro «Pensamentos & Achados na Achada» vindos de Amiens.
O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas. Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.
PENSAMENTOS & ACHADOS NA ACHADA
de Amiens para Lisboa, um colóquio popular em francês
5 a 9 de Novembro
consultar programa
Acontece na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, entre 5 e 9 de Novembro, um encontro, promovido pela Associação Cardan (Amiens, França), de pessoas com dificuldades sociais, desempregados e de reduzida formação escolar, com a participação de pessoas que vivem em Portugal.
Em cada dia será abordado um tema diferente, com diversos participantes. No dia 5 de Novembro, o tema é o Emprego; dia 6, a Mobilidade; dia 7, a Cultura; dia 8, a Cidadania; dia 9, as Aprendizagens. Convidámos diversas pessoas para participarem neste encontro: António Loja Neves, António Pedro Dores, Ariana Furtado, Cláudio Torres, David Rodrigues, Diana Andringa, Fernando Nunes da Silva, Filipe Moura, Filomena Marona Beja, Helena Roseta, Isabel Galvão, Joana Veloso, Joaquim Pais de Brito, Jorge Falcato, José Quitério, Manuel Brandão Alves, Miguel Castro Caldas, Miguel Honrado, Mirna Montenegro, Raul Moura, Regina Guimarães, Serge Abramovici, entre outros.
Este encontro é a continuação do projecto «Recherche-Action» que aconteceu durante seis meses em territórios vizinhos da cidade de Amiens: 16 pessoas desempregadas ou que nunca tiveram emprego foram contratadas (20 horas semanais) para pensar, com o acompanhamento de animadores culturais e um filósofo, sobre emprego, mobilidade, oferta cultural, aprendizagens, cidadania.
Estas pessoas chegaram a conclusões que querem expor a outros. Querem confrontá-las com as ideias de outros, uns mais institucionais e outros menos. Querem fazer perguntas, umas mais concretas e outras menos, e ter respostas. Por exemplo: em que medida tivemos nós experiências semelhantes? Quais os meios de mobilidade dos portugueses? Quais os preços dos passes sociais? Como são processadas as ofertas de emprego? Há pólos de emprego como em França? A segurança social é extensível a todas as pessoas? Como se passam as visitas a museus e a edifícios históricos? Quantos monumentos estão inscritos na UNESCO? Como vivem os jovens detidos em centros de reabilitação? Porque é que foram detidos? Que ajudas lhes poderão ser dadas? Como é que se produz o vinho do Porto?
A arte e a cultura entram nesta sua «nova vida» (precária). Daí as várias actividades (facultativas) que constam do programa (visitas a museus, cinema, participação num ensaio do Coro da Achada).
Sairá para o encontro uma publicação bilingue com os textos que os participantes escreveram sobre quadros de Manessier, pintor abstracto da Escola de Paris dos anos 50.
Durante o Encontro serão produzidos textos, quer pelos trabalhadores-pensadores da «Recherche-Action», quer por Regina Guimarães, «relatora» das sessões.
As sessões são abertas ao público. A língua do encontro será só o francês, dado que não há meios financeiros para a tradução simultânea.