31 de Março a 2 de Abril: Entrelinhas – o desenho em Mário Dionísio e seus contemporâneos; oficina de missangas; leitura de Lopes-Graça; cinema com ‘Os grandes aldrabões’
ENTRELINHAS
O desenho em Mário Dionísio e seus contemporâneos
Sábado, 31 de Março, 16h
Neste encontro, da série «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», vamos falar sobre o desenho na obra de Mário Dionísio e de outros artistas seus contemporâneos, incidindo sobre vários aspectos do desenho dos anos 30 a 50 do século XX.
Paula Ribeiro Lobo, curadora da exposição «Sonhar com as mãos», e organizadora desta sessão, vem falar-nos sobre o desenho na obra de Mário Dionísio. Sobre o desenho neo-realista fala David Santos, director do Museu do Neo-Realismo. O desenho surrealista em Portugal será tratado por Bruno Marques. Também analisaremos o desenho em dois artistas em particular: Almada Negreiros por Filomena Serra, e Maria Helena Vieira da Silva por Marina Bairrão Ruivo.
«Autodidacta, Mário Dionísio reteve das leituras de André Lhote um “conselho” que influenciaria toda a sua produção pictórica e gráfica: “desenhar é preparar de antemão o lugar para a cor”. Desta concepção do desenho como meio para alcançar a pintura nunca conseguiu libertar-se. Mesmo na fase abstracta, a mão fugia para o traço colorido e contrariava a vontade de partir para as telas com grandes manchas de tinta: “O desenho prende-me e grande parte do esforço posterior será o de alterá-lo, disfarçá-lo, destruí-lo, esquecer-me dele o mais depressa possível”, escreveria num diário de 1983.»
Paula Ribeiro Lobo, «A necessidade de ver claro», Sonhar com as mãos – O desenho na obra de Mário Dionísio (2011)
QUEM TEM DUAS MÃOS TEM TUDO
Oficinas de fabricos vários
Domingo, 1 de Abril, das 15h30 às 17h30
No mês de Abril as oficinas serão diferentes em cada domingo. Nesta primeira sessão, com Irene van Es, vamos construir objectos com missangas: brincos, colares e outras coisas que se tenha vontade de fazer.
Nos domingos seguintes vamos fazer ilustrações e construir berimbaus.
Para todos a partir dos 6 anos.
Número máximo de participantes: 10.
CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 2 de Abril, 18h30
Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou de obras de autores seus contemporâneos.
Nesta sessão, Pedro Rodrigues continua a leitura, com projecção de imagens e audição de peças musicais, de Introdução à música moderna (1941) de Fernando Lopes-Graça.
«O esforço de Fernando Lopes Graça e de todos os seus colaboradores tem sido de uma importância primordial e decisiva nesta luta pela seriedade da actividade musical. O compositor que se desdobra em regente de orquestra e em organizador de coros, em executante e em ensaiador, em conferencista e em autor de livros de divulgação, e o grupo de colaboradores que ele próprio tem sabido fazer nascer à sua volta, são pedras fundamentais dessa mesma luta que, abrindo a sensibilidade e a inteligência do público para a arte dos sons, está evitando, pelos seus próprios meios e no escalão que lhe compete, a possibilidade monstruosa de uma vida sem música.»
Mário Dionísio, «Contra uma vida sem música», Entre palavras e cores – alguns dispersos (1937-1990)
CICLO DE CINEMA
RIR UMA VEZ POR SEMANA
Segunda-feira, 2 de Abril, 21h30
Em tempos sombrios como estes que vivemos, rir é já alguma coisa. Estes filmes, para além de fazerem rir, fazem pensar. No modo como vivemos, na sociedade em que vivemos, e até nos instrumentos para a transformar.
Nesta noite, a última deste ciclo de cinema, projectamos Os grandes aldrabões (1933, 68 min.) de Leo McCarey com os Irmãos Marx. Quem apresenta é João Rodrigues.
Na segunda-feira seguinte, 9 de Abril, começa um novo ciclo de cinema: «Política uma vez por semana».