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Arquivo para a categoria ‘Cinema’

 

19 a 21 de Janeiro: ‘Quarteto de Alexandria’ de Durrell por Francisco Louçã; Oficina de BD; leitura de ‘A arte de pintar’ de Klingsor; cinema com ‘Esplendor na relva’; Exposição «Mário Dionísio – Vida e Obra» na Amadora; apresentação ‘Em trânsito, em morte’

15 de Janeiro de 2013

Livros das nossas vidas JAN 13_Layout 1

LIVROS DAS NOSSAS VIDAS
O quarteto de Alexandria de Durrell
Sabádo, 19 de Janeiro, 16h

Nesta sessão Francisco Louçã vem falar-nos de Quarteto de Alexandria de Lawrence Durrell.

31.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

Cartaz Oficina BD JAN 13_cartaz paleta

OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 20 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. A oficina continua no domingo 27 de Janeiro.

CARTAZ SEGUNDA 21 JAN 13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 21 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 21 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Esplendor na relva (1961, 124 min.) de Elia Kazan. Quem apresenta é João Pedro Bénard.

Ver aqui a restante programação do ciclo.

Cartaz M. Dionísio

EXPOSIÇÃO «MÁRIO DIONÍSIO – VIDA E OBRA» NA AMADORA
na Biblioteca Piteira Santos (Reboleira, Amadora)
de 18 de Janeiro a 2 de Março de 2013

A exposição itinerante «Mário Dionísio – Vida e Obra» vai inaugurar na Amadora, na Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos.

A exposição, que esteve patente na Casa da Achada em 2011 – e que entretanto já passou por muitos sítios diferentes do país -, é composta por 13 painéis biográficos com textos, excertos de jornais, fotografias, reproduções de obras de arte, e outras informações sobre a vida e a obra de Mário Dionísio, nas suas mais diversas áreas.

Inauguração: 18 de Janeiro, 18h

A inauguração conta com intervenções de Eduarda Dionísio e do presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Moreira Raposo. Também acontecem um conjunto de leituras de textos autobiográficos com projecção de imagens, «Mário Dionísio contado por Mário Dionísio», e canta o Coro da Achada.

No dia 2 de Março, a partir das 14h30, também acontece um ciclo de palestras sobre as várias facetas de Mário Dionísio (professor, escritor, pintor e cidadão), onde participam Rui Canário, Cristina Almeida Ribeiro, Regina Guimarães e Eduarda Dionísio.

CARTAZ EM TRANSITO, EM MORTE_LISBOA

APRESENTAÇÃO DO LIVRO
EM TRÂNSITO, EM MORTE DE IVO MARTINS
Sábado, 19 de Janeiro, 18h

A Casa da Achada recebe a apresentação do livro Em trânsito, em morte, de Ivo Martins, proposta pela editora 7Nós.

7 Nós acaba de publicar o título Em trânsito, em morte, de Ivo Martins, um autor que tem vindo a escrever regularmente sobre arte e jazz em diferentes publicações, mas que conhece com este livro a sua estreia editorial.

Uma luz branca, branca e densa, atravessa a todo o momento a leitura desta obra, não nos deixando escapar à ferida da lucidez.

Em trânsito, em morte é uma recolecção e justaposição de impressões, ideias, pequenas ficções, narrativas e digressões reunidas por contaminação num corpo discursivo de estatuto indefinido: nem “ensaio”, nem “romance”, nem “autobiografia”, nem “diário”. O tema deste livro é volátil e difuso – estamos perante uma escrita “sem assunto” e “sem tópico” que, profusa e expansiva, se ocupa de todos os grandes assuntos e grandes tópicos da hipercontemporaneidade (política, arte, sociedade) ao mesmo tempo que faz correr, em linhas paralelas, movimentos subterrâneos pelo interior de um espaço privado feito da solidão, dos impasses e micro-eventos da vida íntima e interior. O seu discurso surge-nos como a dissecação crítica, violenta e desassombrada, da realidade actual, elaborada a partir das fronteiras exíguas e claustrofóbicas de um apartamento suburbano, olhando para o exterior através das molduras das suas janelas e dos ecrãs de televisão. O sentimento específico do autor em relação ao real é, assim, perturbado e amplificado pela luz dos néons e da electricidade estática – símbolos de uma representação mediada (e, por conseguinte, não original) do mundo, que o distorce e submete a estratégias mitologizantes de alienação e a lógicas corruptas de comércio e mercado. A narrativa contida nesta obra desenha o mapa de uma viagem pela paisagem mental do contemporâneo, marcada pela devastação e, por vezes, por clarões pontuais e inesperados de beleza.

A publicação de Em trânsito, em morte apresenta aos leitores uma voz literária singular e introduz na frágil paisagem do pensamento crítico português, um inesperado exemplo de seiva crítica, exuberante e quase selvagem, impossível de ser catalogada ou enquadrada em qualquer corrente intelectual ou sistémica (académica, política ou literária).

«Começámos a aceitar servilmente este estado de coisas e, quando já não somos capazes de esboçar o mais pequeno gesto de recusa sobre a participação no lento processo de destruição em massa em que estamos envolvidos, encontramo-nos prontos a ser vítimas da exploração e de um esmagamento da individualidade, acompanhados da maior de todas as farsas. A democracia relativiza todas as formas de exploração que se assumem como a maior ignomínia do nosso tempo.»

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DIÁLOGOS URBANOS: RISCO E RESILIÊNCIA
Diálogo 2 – Espaços e Urbanidades – Os Silos do Intendente
Terça-feira, 22 de Janeiro, das 14h às 19h30

O IN+ – Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento do Instituto Superior Técnico, inserido no projecto Laboratórios na RUA, organiza este encontro onde pretende apresentar e discutir os projectos dos estudantes de Arquitectura do IST.

Consultar programa aqui.

 

13 a 14 de Janeiro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; oficina de BD; leitura de Klingsor; cinema com ‘Capitalismo – uma história de amor’ de Michael Moore

8 de Janeiro de 2013

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28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Visita guiada
Domingo, 13 de Janeiro, 11h

Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa» por Eduarda Dionísio.

A exposição reconstitui as paredes da casa de Mário Dionísio e Maria Letícia, com obras de pintura, desenho e escultura, pertencentes ao espólio de Mário Dionísio, da autoria de vários artistas: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Pomar, Júlio Resende, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

Cartaz Oficina BD JAN 13_cartaz paleta

OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 13 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. A oficina continua nos domingos 20 e 27 de Janeiro.

Microsoft Word - CARTAZ SEGUNDA 14 JAN  13

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 14 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, com projecção de imagens e exercícios de desenho, de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 14 de Janeiro, 21h30

Nesta segunda-feira deste novo ciclo de cinema sobre o dinheiro, projectamos Capitalismo – uma história de amor (2009, 127 min.) de Michael Moore. Quem apresenta é António Loja Neves.

Para ver a restante programação do ciclo de cinema ver aqui.

 

6 a 7 de Janeiro: Oficina de BD; leitura de Klingsor; cinema com ‘O dinheiro’

6 de Janeiro de 2013

Cartaz Oficina BD JAN 13_cartaz paleta

OFICINA DE BANDA DESENHADA
Domingo, 6 de Janeiro, das 15h às 18h

Nos domingos de Janeiro acontece mais uma oficina, desta vez de Banda Desenhada, com José Smith Vargas.

Experimentar um meio de expressão simples, eficaz e com possibilidades infinitas, unindo texto e imagem, mesmo para quem pensa que não sabe desenhar.

Para todos a partir dos 12 anos. Continua nos domingos 13, 20 e 27 de Janeiro.

 CICLO

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 7 de Janeiro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Em Janeiro começa a leitura comentada de A arte de pintar de Tristan Klingsor, traduzido e anotado por Mário Dionísio, por Eduarda Dionísio.

CICLO DE CINEMA – DINHEIRO PARA QUE TE QUEREM
Segunda-feira, 7 de Janeiro, 21h30

Na primeira segunda-feira deste ano damos início a este novo ciclo de cinema sobre o dinheiro. Começamos com O dinheiro (1983, 85 min.) de Robert Bresson. Quem apresenta é Gabriel Bonito.

Abre-se um jornal – quando ainda se faz esse gesto antigo – e parece que o centro do mundo é o dinheiro. A falta de dinheiro, o pouco dinheiro, o muito dinheiro, o demasiado dinheiro, o dinheiro guardado – a poupança até tem direito a dia mundial -, o dinheiro usado, o dinheiro roubado, o dinheiro emprestado, oferecido ou por oferecer, ou bem ou mal distribuído, e por aí fora. Créditos e débitos. Dívidas. Bolsas, subsídios, descontos, taxas, impostos.
Greves e manifestações até pertencem agora às páginas de «economia». O preço pelo qual se compra e vende o quadro mais ou menos célebre – ou então o seu roubo – pode ser manchete, assim como o vencedor da lotaria, do totobola, do totoloto, do euromilhões.
Se todos tivéssemos dinheiro, não havia Banco Alimentar. Se todos tivéssemos dinheiro, não se morria à fome, nem havia misericórdias, nem ONGs de caridade, nem IPSSs, nem subsídios de desemprego e de reinserção (quando os há), etc., etc. Nem nasceriam zonas francas nem casinos. Nem quase seriam precisos tribunais que julgam assassinatos, roubos, heranças, partilhas, limites de propriedades… com o dinheiro ao centro.
Muitos – pobres e ricos – vivem para ter dinheiro, para o dividir ou multiplicar – e, os mesmos ou outros, para o gastar. Não se pode viver sem dinheiro. Pelo menos nesta nossa sociedade.
O dinheiro é mesmo o centro do mundo. E, porque parece sê-lo cada vez mais, e sempre de outras maneiras, organizámos este ciclo de filmes, maior que os anteriores. E não veremos tudo o que valeria a pena ver. Alguns filmes que neste ciclo caberiam (por exemplo, A quimera do ouro, O quintero era de cordas, Stavisky) não os passamos agora porque entraram em ciclos anteriores.
Era impossível a 7.ª arte (a literatura, o teatro, antes dela…) não se ocupar do dinheiro. O dinheiro está no centro do mundo e no centro de muitas tragédias e de muitas comédias. Este ciclo vai, assim, percorrer quase um século de cinema: Aves de rapina de Erich von Stroheim é de 1924, Capitalismo – uma história de amor de Michael Moore e Erro do banco a vosso favor de Gérard Bitton e Michel Munz (não passou nos cinemas em Portugal) são de 2009. Do mudo ao sonoro, do preto e branco à cor. São 24 filmes de 24 realizadores, produzidos em países vários: EUA, França, Itália, Alemanha, Espanha, Portugal…
E que, aliás, preciaram de dinheiro para serem feitos, distribuídos, vistos, transformados em DVD – independentemente dos seus maiores ou menores orçamentos e das muitas ou poucas receitas de bilheteira.
Chamados à atenção para uma sessão difícil de que não podíamos prescindir: um filme mudo de mais de três hors – Dinheiro de Marcel L’Herbier. E para todos os outros filmes, evidetemente, que nos farão (re)descobrir cinematografias sempre a (re)descobrir e nos farão pensar sobre aquilo em que vale a pena pensar.
Filmes que, ao longo de seis meses, nos farão rir e chorar.

Ver aqui o restante programa do ciclo de cinema.

 

7 a 10 de Dezembro: Joaquim Namorado por António Pedro Pita; oficina «o natal está nas nossas mãos»; leitura de Schmidt; cinema com ‘Os irmãos Karamazov’, lançamento ‘Capicua’

3 de Dezembro de 2012

LANÇAMENTO DE CAPICUA SOBRE MÁRIO DIONÍSIO
Sexta-feira, 7 de Dezembro, 18h

A associação cultural Catalunyapresenta faz a apresentação do quarto número da revista Capicua – uma ponte entre as letras catalãs e portuguesas.

Este quarto número da revista foca com destaque especial os autores Mário Dionísio e Montserrat Roig. Conta, também, com narrativas breves, poesia e ensaio de jovens autores e de outros mais clássicos.

A apresentação estará a cargo de Eduarda Dionísio e Sebastià Bennasar. Ler-se-ão, nas duas línguas, alguns dos textos editados na revista, o Coro da Achada cantará poemas de Mário Dionísio, e para terminar faremos un brinde à literatura com cava (espumante) da Catalunha.

AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Joaquim Namorado
Sabádo, 8 de Dezembro, 16h

Nesta 8ª sessão de «Amigos de Mário Dionísio» vamos falar sobre Joaquim Namorado com António Pedro Pita.

«Este Joaquim Namorado que aqui temos de onde veio? Ele mesmo disse na “Invenção do poeta”. Veio da luta: “E, pouco a pouco, surgi / da luta / um outro que agora sou”. A sua vida e o sentimento dela foram para sempre transformados, enformados, recriados pela luta a que para sempre se entregou. Mas acaso esse outro, que a luta redimensionou, deixou de ser um poeta e um escritor? Acaso esse outro poderá furtar-se, sem mutilação indesejável, às responsabilidades que a poesia implica, as quais, se não devem abafar as do homem comum, não devem também por este ser abafadas?»
Mário Dionísio

 

OFICINA O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS
Domingo, 9 de Dezembro, das 15h30 às 17h30

Nesta última oficina deste ano vamos meter as mãos à obra e fazer prendas, brincar com os materiais que há à nossa volta: frascos, tintas, cartões, tecidos, botões, caixas de ovos, madeiras, e por aí fora…
Nesta segunda sessão, com Irene van Es e Lena Bragança Gil, vamos continuar a fabricar prendas.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingos 16 e 23 de Dezembro.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 10 de Dezembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Após os comentários de Rui-Mário Gonçalves, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, Helena Barradas conclui a sua leitura.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 10 de Dezembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Os irmãos Karamazov (1958, 145 min.) de Richard Brooks, a partir da obra de Fiódor Dostoiévski. Quem apresenta é Manuel Wiborg

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros (sobretudo romances de todos os tempos, daqueles tempos em que houve – ou há – romances) transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.

Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas. Os filmes estão ordenados por ordem cronológica dos livros donde partiram e não da realização dos filmes. Dos mais recentes para os mais antigos. Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.

Recordamos que Mário Dionísio, homem de literatura, se interessou muito pelo cinema. Escreveu sobre filmes. Daí termos feito um ciclo que se chamou «Filmes de que Mário Dionísio falou». Entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

Ver aqui a programação completa do ciclo.

 

1 a 3 de Dezembro: Oficina «O natal está nas nossas mãos»; leitura de Georg Schmidt; cinema com

29 de Novembro de 2012

OFICINA O NATAL ESTÁ NAS NOSSAS MÃOS
Domingo, 2 de Dezembro, das 15h30 às 17h30

Nesta última oficina deste ano vamos meter as mãos à obra e fazer prendas, brincar com os materiais que há à nossa volta: frascos, tintas, cartões, tecidos, botões, caixas de ovos, madeiras, e por aí fora…
Nesta primeira sessão, com Irene van Es e Lena Bragança Gil, vamos pintar pequenos objectos de gesso.

Para todos a partir dos 6 anos. A oficina continua nos domingos 9, 16 e 23 de Dezembro.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 3 de Dezembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia. Quem lê é Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 3 de Dezembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Morte em Veneza (1978, 117 min.) de Luchino Visconti, a partir da obra de Thomas Mann.
Quem apresenta é Gabriel Bonito.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

EXPOSIÇÃO «MÁRIO DIONÍSIO – VIDA E OBRA» NO PORTO
de 1 a 15 de Dezembro | inauguração: 1 de Dezembro, 16h
Duas de Letra, Porto

A Casa da Achada vai pela primeira vez ao Porto! Na galeria café Duas de Letra apresenta a exposição itinerante «Mário Dionísio – Vida e Obra», composta por 13 painéis biográficas com reprodução de documentos, obras de arte e várias informações. Na inauguração canta o Coro da Achada.

 

23 a 26 de Novembro: O 25 de Novembro; Mário Dionísio e o ensino; oficina da música às palavras; leitura de «Lições do passado» de Schmidt; cinema com ‘Gente de Dublin’

21 de Novembro de 2012

HISTÓRIAS DA HISTÓRIA
O 25 de Novembro
Sexta-feira, 23 de Novembro, 18h

Nesta sessão vamos falar sobre a o 25 de Novembro de 1975 com Duran Clemente.

Neste ciclo, «histórias da História», conversaremos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris, sobre as «aparições» de Fátima, sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira e sobre a independência da Guiné.

MÁRIO DIONÍSIO E O ENSINO
Sábado, 24 de Novembro, 16h

Nesta sessão, do ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», Maria Emília Diniz vem falar-nos de Mário Dionísio e o ensino, em particular sobre o seu papel na reforma educativa de 1974.

«Não chegou a ser [um papel] na reforma [do ensino após o 25 de Abril]. Eu presidia a uma grande comissão de estudo da reforma educativa, isto é, nós – eu com os meus cem colegas, deviam ser aproximadamente cem professores – conseguimos, num curto prazo de dois ou três meses, remendar – não foi mais do que remendar – os programas e introduzir já algumas alterações. Mas não chegou a ser uma reforma… Depois, eu saí do Ministério, os ministros mudaram, seguiu-se por outros caminhos. De facto, não tenho qualquer responsabilidade no que se passa hoje no ensino, excepto no ter contribuído para a criação de uma cadeira, como por exemplo Educação Visual, e doutra, Música, que infelizmente me parece que continua a não existir no ponto com que sonhavam os meus colaboradores. Mas o problema é realmente muito complicado, muito complexo, e eu, que na faculdade fui professor de pessoas que já estão a ser professores – muitos deles, uma grande quantidade deles… Apavora-me um pouco e dá-me um pouco a impressão de que é quase irreversível.»
Mário Dionísio, numa entrevista no programa «De mãos dadas» de Maria Júlia Guerra, na RDP, emitida a 1 de Maio de 1986 (disponível em Entrevistas (1945-1991))

OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS
Domingo, 25 de Novembro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 26 de Novembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia. Quem lê é Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 26 de Novembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Gente de Dublin (1987, 83 min.) de John Huston, a partir da obra de James Joyce.
Quem apresenta é João Rodrigues.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

15 a 19 de Novembro: «Direis que não é poesia» com Nuno Moura e João Manso; oficina da música às palavras; leitura de «Lições do passado» de Schmidt; cinema com ‘Assassinos’; exposição de fotografia «Encontro com uma cidade quase esquecida»; UNIPOP na Achada

16 de Novembro de 2012

DIREIS QUE NÃO É POESIA
um improviso à volta de Mário Dionísio
Sexta-feira, 16 de Novembro, 18h

Neste improviso à volta de Mário Dionísio vamos contar com as leituras de Nuno Moura acompanhadas pelo baixo de João Manso.

«Direis que não é poesia» é uma rubrica de espectáculos que já teve seis sessões na Casa da Achada. Desafiámos e desafiaremos pessoas e grupos de pessoas para não fazerem, a partir da poesia de Mário Dionísio, simples recitais mas sim criarem novos objectos: música, dança, vídeo, leituras encenadas, pintura…

O meu galope é em frente

Direis que não é poesia
e a mim que importa?

Eu canto porque a voz nasce e tem de libertar-se.
E grito porque respondo
às lanças que me espetam
e aos braços que me chamam
E porque, dia e noite, minhas mãos e meus olhos,
por estranhas telegrafias,
dos cantos mais ignotos
e das ilhas perdidas
e dos campos esquecidos
e dos lagos remotos,
e dos montes,
recebem longas mensagens e comunicações:
para que grite e cante.

O meu grito e meu canto é a voz de milhões.

Por isso que me importa?
Eu canto e cantarei o que tiver a cantar
e grito e gritarei o que tiver a gritar
e falo e falarei o que tiver a falar.

Direis que não é poesia.
E a mim que importa
se eu estou aqui apenas para escancarar a porta
e derrubar os muros?
E a mim que importa
se vós sois afinal o que hei-de ultrapassar
e esmigalhar
em nome
de todos os futuros?

Eu sigo e seguirei.
como um doido ou um anjo,
obstinado e heróico a caminho de nós
em palavras e acções
Por todos os vendavais
e temporais
e multidões
nos cantos mais ignotos
e nas ilhas perdidas
e nos campos esquecidos
e nos lagos remotos
e nos montes
– por terra, mar e ar.

Direis que não é poesia
e a mim que importa!
Convosco ou não, meu galope é em frente.
Pertenço a outra raça, a outro mundo, a outra gente.

É andar, é andar!

Mário Dionísio, 1943

OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS
Domingo, 18 de Novembro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 19 de Novembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 19 de Novembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Assassinos (1946, 103 min.) de Robert Siodmak, a partir da obra de Ernest Hemingway.
Quem apresenta é João Pedro Bénard.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

e nesta semana também recebemos duas actividades organizadas por duas associações:

 

EXPOSIÇÃO «ENCONTRO COM UMA CIDADE QUASE ESQUECIDA»
12 de Novembro a 15 de Dezembro

O terraço da Casa da Achada recebe esta exposição de fotografia documental, organizada pelo MEF – Movimento de Expressão Fotográfica, com fotografias do bairro da Mouraria. Participam os fotógrafos Luís Rocha, Anna de Amorim, Tânia Araújo, Bitina Santos, João Carlos Neves, Nuno Morais e Rute Martins.

Pode-se considerar fotografia documental a que constitui uma relação com a realidade, a que documenta as condições e o meio em que se desenvolve o homem, tanto de uma forma individual como social.
Através da realização de um workshop de fotografia documental, o Movimento de Expressão Fotográfica lançou o desafio para uma interpretação de um bairro de Lisboa, o Bairro da Mouraria foi o eleito. Este desafio surge com a intenção de construir uma equipa de fotógrafos para realizarem um documentário fotográfico sobre o bairro e constituírem a apresentação final do trabalho, realizada em local público, devolvendo desta forma as imagens à população que foi registada.
A exploração fotográfica em que consiste «Encontro Com Uma Cidade Quase Esquecida» aponta directamente para um documentário sócio-cultural ilustrando o modo de vida da população local.

A exposição está integrada 12ª Bienal de Vila Franca de Xira.

 

UNIPOP NA ACHADA
Sábado, 17 de Novembro, a partir das 15h

Durante a tarde e a noite deste sábado recebemos várias sessões organizadas pela UNIPOP.

Programa:
15h-16h45: Conversa sobre Memória e Historiografia, em torno do livro O passado, modos de usar, de Enzo Traverso (edições Unipop, 2012)
Com Sérgio Campos Matos, Ângela Cardoso, Mariana Pinto dos Santos e moderação de José Neves

16h45: Apresentação do novo website da Unipop

17h-18h45: Conversa sobre Globalização, Migrações e Estado-nação, em torno dos livros Direito de fuga, de Sandro Mezzadra (edições Unipop, 2012), e Quem canta o Estado-nação?, de Judith Butler e Gayatri Spivak (edições Unipop, 2012)
Com Nuno Dias, Manuela Ribeiro Sanches, Nuno Nabais e moderação de Bruno Peixe Dias

21h30: Debate sobre «Futuro», pela ocasião do lançamento do n.º 2 da revista Imprópria (Unipop + Tinta-da-China)
Com Golgona Anghel, António Guerreiro, Nuno Ramos de Almeida, José Bragança de Miranda, Tiago Carvalho, José Luís Garcia e moderação de Miguel Cardoso

Ver aqui mais informações.

 

10 a 12 de Novembro: Visita guiada à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio»; oficina da música às palavras; leitura de ‘Lições do passado’; cinema com ‘Os indiferentes’.

9 de Novembro de 2012

VISITA GUIADA À EXPOSIÇÃO
28 ARTISTAS AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO
Sábado, 10 de Novembro, 16h

Após ter sido inaugurada no passado 29 de Setembro, vamos ter a primeira visita guiada, por Eduarda Dionísio, à exposição «28 artistas amigos de Mário Dionísio – reconstituição das paredes duma casa».

A exposição junta mais de quarenta obras plásticas de vários artistas do século XX: Abel Salazar, Álvaro Cunhal, António Augusto de Oliveira, António Cunhal, Avelino Cunhal, Betâmio de Almeida, Boris Taslitsky, Cândido Costa Pinto, Cândido Portinari, Carlos de Oliveira, Carlos Scliar, Cipriano Dourado, Germano Santo, João Bailote, Joaquim Arco, Jorge de Oliveira, José Huertas Lobo, José Joaquim Ramos, José Júlio, Júlio, Júlio Resende, Lima de Freitas, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro de Pavia, Maria Barreira, Raul Perez, Rogério de Freitas e Vieira da Silva.

OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS – II
Domingo, 11 de Novembro, das 15h30 às 17h30

Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 12 de Novembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 12 de Novembro, 21h30

Nesta sessão projectamos Os indiferentes (1964, 84 min.) de Francesco Maselli, a partir da obra de Alberto Moravia.
Quem apresenta é Gabriel Bonito.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

4 a 9 de Novembro: Oficina da música às palavras; cinema com ‘A estrada do tabaco’; Pensamentos & Achados na Achada

1 de Novembro de 2012

OFICINA DA MÚSICA ÀS PALAVRAS – II
Domingo, 4 de Novembro, das 15h30 às 17h30
* continua todos os domingos do mês

Nos domingos deste mês, com Cristina Mora, acontece a 2ª parte desta oficina, em que a partir da música chegamos às palavras.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

A oficina é aberta a todos, quer tenham participado na 1ª parte ou não. A partir dos 6 anos.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 5 de Novembro, 21h30

Nesta sessão projectamos A estrada do tabaco (1941, 84 min.) de John Ford, a partir da obra de Erskin Caldwell.
Quem apresenta é Regina Guimarães.
O filme é legendado em português, como é costume, e também em francês para os participantes do encontro «Pensamentos & Achados na Achada» vindos de Amiens.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

PENSAMENTOS & ACHADOS NA ACHADA
de Amiens para Lisboa, um colóquio popular em francês
5 a 9 de Novembro

consultar programa

Acontece na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, entre 5 e 9 de Novembro, um encontro, promovido pela Associação Cardan (Amiens, França), de pessoas com dificuldades sociais, desempregados e de reduzida formação escolar, com a participação de pessoas que vivem em Portugal.

Em cada dia será abordado um tema diferente, com diversos participantes. No dia 5 de Novembro, o tema é o Emprego; dia 6, a Mobilidade; dia 7, a Cultura; dia 8, a Cidadania; dia 9, as Aprendizagens. Convidámos diversas pessoas para participarem neste encontro: António Loja Neves, António Pedro Dores, Ariana Furtado, Cláudio Torres, David Rodrigues, Diana Andringa, Fernando Nunes da Silva, Filipe Moura, Filomena Marona Beja, Helena Roseta, Isabel Galvão, Joana Veloso, Joaquim Pais de Brito, Jorge Falcato, José Quitério, Manuel Brandão Alves, Miguel Castro Caldas, Miguel Honrado, Mirna Montenegro, Raul Moura, Regina Guimarães, Serge Abramovici, entre outros.

Este encontro é a continuação do projecto «Recherche-Action» que aconteceu durante seis meses em territórios vizinhos da cidade de Amiens: 16 pessoas desempregadas ou que nunca tiveram emprego foram contratadas (20 horas semanais) para pensar, com o acompanhamento de animadores culturais e um filósofo, sobre emprego, mobilidade, oferta cultural, aprendizagens, cidadania.

Estas pessoas chegaram a conclusões que querem expor a outros. Querem confrontá-las com as ideias de outros, uns mais institucionais e outros menos. Querem fazer perguntas, umas mais concretas e outras menos, e ter respostas. Por exemplo: em que medida tivemos nós experiências semelhantes? Quais os meios de mobilidade dos portugueses? Quais os preços dos passes sociais? Como são processadas as ofertas de emprego? Há pólos de emprego como em França? A segurança social é extensível a todas as pessoas? Como se passam as visitas a museus e a edifícios históricos? Quantos monumentos estão inscritos na UNESCO? Como vivem os jovens detidos em centros de reabilitação? Porque é que foram detidos? Que ajudas lhes poderão ser dadas? Como é que se produz o vinho do Porto?

A arte e a cultura entram nesta sua «nova vida» (precária). Daí as várias actividades (facultativas) que constam do programa (visitas a museus, cinema, participação num ensaio do Coro da Achada).

Sairá para o encontro uma publicação bilingue com os textos que os participantes escreveram sobre quadros de Manessier, pintor abstracto da Escola de Paris dos anos 50.

Durante o Encontro serão produzidos textos, quer pelos trabalhadores-pensadores da «Recherche-Action», quer por Regina Guimarães, «relatora» das sessões.

As sessões são abertas ao público. A língua do encontro será só o francês, dado que não há meios financeiros para a tradução simultânea.

 

27 a 29 de Outubro: Itinerários com Padre Mário da Lixa; oficina «Inventar fabricando»; leitura de ‘Lições do passado’; cinema com ‘São Bernardo’

22 de Outubro de 2012

ITINERÁRIOS: MÁRIO DE OLIVEIRA
Sábado, 27 de Outubro, 16h

Nesta 14ª sessão de «Itinerários», em que uma pessoa conta a sua história pouco vulgar, vamos conversar com Mário de Oliveira, conhecido por Padre Mário da Lixa, que já participou numa sessão sobre as «aparições» de Fátima em Maio.

Como foi nascer no campo há mais de sete décadas. Como se vai parar a padre. Como foi ser professor, ser capelão na Guerra Colonial e voltar depois a Macieira da Lixa. O que é ser preso. O que é ser padre sem paróquia. O que é manter um jornal chamado Fraternizar e uma página na internet. O que o Barracão da Cultura. O que tem sido pensar por si e ir publicando dezenas de livros. Pela vida fora e pela estrada fora. Em que deus se pode crer no meio disto tudo.

OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 28 de Outubro, das 15h30 às 17h30

Em Outubro continuamos a oficina «Inventar fabricando»que não se destina só aos que participaram nela em Agosto, mas também a novas mãos que se queiram juntar.

A partir de objectos de cozinha fizeram-se outros objectos, muitos, que serão antes personagens. Foram nascendo quase histórias. E ainda mais histórias nascerão em Outubro. E se delas fizéssemos livros?
Mais invenções, mais fabricos, mais aprendizagens. Pierre Pratt, desenhador, volta a convidar Filomena Marona Beja, escritora, que já se meteu ao barulho.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 29 de Outubro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 29 de Outubro, 21h30

Nesta sessão projectamos São Bernardo (1972, 113 min.) de Leon Hirzman, a partir do romance de Graciliano Ramos.
Quem apresenta é António Rodrigues.

Sinopse: No interior de Alagoas, um filho de camponeses, Paulo Honório, é um vendedor ambulante que anda pelo sertão a negociar redes, gado, imagens, rosários e miudezas. Fica com uma obsessão: arrancar a fazenda São Bernardo das mãos do dono, o endividado Luiz Padilha, fazendo dele seu empregado. Paulo Honório alcança finalmente o seu objectivo e faz prosperar a fazenda. Sente então que tem de constituir uma família e pensa na professora Madalena, que convida a visitar a fazenda. Casam-se, mas o humanismo e a sensibilidade da professora entra em choque com a rudeza de Paulo Honório. Nasce a suspeita que ela o trai. Paulo Honório tem ciúmes, que vêm da sua imaginação. Um dia, descobre uma folha de papel em que reconhece a letra de Madalena. Pensa que é parte de uma carta para um amante. Discutem e Madalena suicida-se. Honório passa a ser um homem arrasado, torturado pela dúvida, solitário. E escreve as suas memórias.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

20 a 22 de Outubro: ‘Le feu qui dort’ e ‘Terceira idade’ de Mário Dionísio; oficina «Inventar fabricando»; leitura de ‘Lições do passado’; cinema com ‘Pagos a dobrar’

15 de Outubro de 2012

MÁRIO DIONÍSIO, ESCRITOR E OUTRAS COISAS MAIS
Sábado, 20 de Outubro, 16h

Por motivos alheios a sessão de «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», programada para o sábado passado, foi adiada para este sábado, dia 20 de Outubro.

Nesta sessão António Carlos Cortez vem falar-nos sobre os dois últimos livros de poemas de Mário Dionísio: Le feu qui dort e Terceira idade.

Une pluie de taureaux est tombée sur la ville
Comme les autres peu à peu j’ai accepté mon sort
en creusant dans la chair 1’ennui de mon asile

Tout est tranquille enfin chez moi   Enfin tout dort
Les souvenirs et les désirs et les remords
tout doucement s’étiolent

Adieu les rêves et les colères qui s’envolent
sans amertume et sans regret

Mais sous la peau de tout mon corps
dans les replis les plus caches comment le taire
le feu qui dort est éveillé

Mário Dionísio, Le feu qui dort

 

Acaso interessa
a data do nascimento
ou a de agora?

A nossa idade é a do mundo
A dele a nossa

Ao longe lenta uma carroça
leva-nos mortos para o
fundo do tempo

E ele ali mesmo recomeça a
toda a hora

Mário Dionísio, Terceira idade

OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 21 de Outubro, das 15h30 às 17h30

Em Outubro continuamos a oficina «Inventar fabricando»que não se destina só aos que participaram nela em Agosto, mas também a novas mãos que se queiram juntar.

A partir de objectos de cozinha fizeram-se outros objectos, muitos, que serão antes personagens. Foram nascendo quase histórias. E ainda mais histórias nascerão em Outubro. E se delas fizéssemos livros?
Mais invenções, mais fabricos, mais aprendizagens. Pierre Pratt, desenhador, volta a convidar Filomena Marona Beja, escritora, que já se meteu ao barulho.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 22 de Outubro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 22 de Outubro, 21h30

Nesta sessão projectamos Pagos a dobrar (1944, 107 min.) de Billy Wilder, a partir do romance de James M. Cain.
Quem apresenta é João Pedro Bénard.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

13 a 15 de Outubro: ‘Le feu qui dort’ e ‘Terceira idade’ de MD; oficina «Inventar fabricando»; leitura de ‘Lições do passado’; cinema com ‘Uma abelha na chuva’

11 de Outubro de 2012

MÁRIO DIONÍSIO, ESCRITOR E OUTRAS COISAS MAIS
Sábado, 13 de Outubro, 16h / ADIADO PARA SÁBADO, 20 DE OUTUBRO, 16H

Nesta sessão, do ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», António Carlos Cortez vem falar-nos sobre os dois últimos livros de poemas de Mário Dionísio: Le feu qui dort e Terceira idade.

Une pluie de taureaux est tombée sur la ville
Comme les autres peu à peu j’ai accepté mon sort
en creusant dans la chair 1’ennui de mon asile

Tout est tranquille enfin chez moi   Enfin tout dort
Les souvenirs et les désirs et les remords
tout doucement s’étiolent

Adieu les rêves et les colères qui s’envolent
sans amertume et sans regret

Mais sous la peau de tout mon corps
dans les replis les plus caches comment le taire
le feu qui dort est éveillé

Mário Dionísio, Le feu qui dort

 

Acaso interessa
a data do nascimento
ou a de agora?

A nossa idade é a do mundo
A dele a nossa

Ao longe lenta uma carroça
leva-nos mortos para o
fundo do tempo

E ele ali mesmo recomeça a
toda a hora

Mário Dionísio, Terceira idade

OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 14 de Outubro, das 15h30 às 17h30

Em Outubro continuamos a oficina «Inventar fabricando»que não se destina só aos que participaram nela em Agosto, mas também a novas mãos que se queiram juntar.

A partir de objectos de cozinha fizeram-se outros objectos, muitos, que serão antes personagens. Foram nascendo quase histórias. E ainda mais histórias nascerão em Outubro. E se delas fizéssemos livros?
Mais invenções, mais fabricos, mais aprendizagens. Pierre Pratt, desenhador, volta a convidar Filomena Marona Beja, escritora, que já se meteu ao barulho.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 15 de Outubro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas ou que estão relacionadas com A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio.

Nesta sessão continuamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 15 de Outubro, 21h30

Nesta sessão projectamos Uma abelha na chuva (1972, 75 min.) de Fernando Lopes, a partir do romance de Carlos de Oliveira.
Quem apresenta é Nuno Júdice.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

MONÓLOGO A DUAS VOZES

O livro de contos Monólogo a duas vozes (1986) de Mário Dionísio, que se encontra esgotado, está disponível para leitura na nossa página.

 

5 a 8 de Outubro: leitura de sonetos de Antero de Quental; oficina «Inventar fabricando»; leitura de Georg Schmidt; cinema com ‘À luz do sol’ de Clément

4 de Outubro de 2012

LIVROS DAS NOSSAS VIDAS
Sonetos de Antero de Quental lidos por Antonino Solmer
Sexta-feira, 5 de Outubro, 18h

No dia da República acontece a leitura de sonetos escolhidos, acompanhados por projecção de imagens, de Antero de Quental por Antonino Solmer, com introdução de Eduarda Dionísio, e composições musicais de Pedro Rodrigues.

29.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

«Uma das minhas primeiras paixões poéticas, era então muito novo, foi Antero de Quental. Fiz sonetos aos milhares, até que cheguei à conclusão de que não era poeta: na altura não conhecia Pessoa. Nem a Presença (em cuja fase final, aliás, ainda colaborei). Coimbra era longe. E foi sobretudo a redescoberta dos espanhóis, Emilia Prados, Altolaguirre, e em especial Rafael Alberti e a antologia de José Bergamin (mas não Lorca, é curioso!) que marcou muito o meu regresso à poesia.»
Mário Dionísio, «Mário Dionísio: Memória da “Terceira idade”» (entrevista para o Jornal de Letras em 1982)

OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 7 de Outubro, das 15h30 às 17h30

Em Outubro continuamos a oficina «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», que aconteceu em Agosto, com Pierre Pratt e Filomena Marona Beja.

A partir de objectos de cozinha fizeram-se outros objectos, muitos, que serão antes personagens. Foram nascendo quase histórias. E ainda mais histórias nascerão em Outubro. E se delas fizéssemos livros?
Mais invenções, mais fabricos, mais aprendizagens. Pierre Pratt, desenhador, volta a convidar, com Filomena Marona Beja, escritora, que já se meteu ao barulho.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 8 de Outubro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão começamos a leitura comentada, com projecção de imagens, de Lições do passado de Georg Schmidt, que foi director do Museu de Belas-Artes da Basileia nos anos 30, por Rui-Mário Gonçalves.

«O texto de Georg Schmidt liga este volume ao primeiro da nossa Histoire de la Peinture Moderne, de Baudelaire à Bonnard, de Maurice Raynal. Para o leitor que não tenha seguido os desenvolvimentos que apresentávamos nessa última obra, ele constitui uma introdução indispensável ao estudo que dedicaremos mais especificamente ao Fauvismo e ao Expressionismo, visto que toda a história da pintura do século XIX se encontra aí resumida numa síntese sugestiva, com as suas correntes principais, as suas tendências, as suas escolas e as personalidades excepcionais que o marcaram, desde Ingres a Bonnard, passando por Delacroix, Courbet, Manet, Monet, Cézanne, Gauguin, Van Gogh e Toulouse-Lautrec.
É só nessa perspectiva que surge o verdadeiro significado dos dois movimentos, o Fauvismo e o Expressionismo, sobre os quais nos debruçamos aqui.»
Texto introdutório de Histoire de la peinture moderne: Matisse, Munch, Rouault, fauvisme et expressionnisme, editado pela Skira em 1950.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 8 de Outubro, 21h30

Nesta sessão projectamos À luz do sol (1960, 118 min.) de René Clément, a partir do romance de Patricia Highsmith.
Quem apresenta é João Rodrigues.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas.  Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Mário Dionísio, que muito pensou e escreveu sobre a literatura e o cinema, entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

30 de Setembro a 1 de Outubro: Oficina de castelhano, cinema com ‘A ilha de Arturo’

30 de Setembro de 2012

OFICINA DE CASTELHANO
Domingo, 30 de Setembro, das 15h30 às 17h30

Em Setembro temos uma nova oficina. Em cinco domingos vamos aprender a falar, ler e escrever melhor castelhano com Ana Rita Laureano.

Perceber o porquê da expressão «no te entiendo» e desmontar ideias rápidas que temos da língua. Dar ferramentas para os participantes aprenderem a língua falando e fazendo. E descobrir e não repetir os vícios do «portunhol».

Nesta sessão, como sobremesa, vamos tratar de «Parceiros».

Para quem tiver algum conhecimento na língua. A partir dos 16 anos. Quem quiser pode trazer textos para serem trabalhados.

CICLO LITERATURA E CINEMA
Segunda-feira, 1 de Outubro, 21h30

Neste dia voltamos a projectar cinema dentro da Casa da Achada, após três meses de projecção na rua. Começa, também, um novo ciclo, «Literatura e cinema». Vamos projectar A ilha de Arturo (L’isola di Arturo, 1962, 90 min.) de Damiano Damiani, a partir do romance de Elsa Morante.

Quem apresenta é Vítor Silva Tavares.

O cinema é (ou já foi) mais popular que a literatura. O facto é que muito cinema se foi fazendo com a literatura, a partir dela. São muitos e muitos os livros (sobretudo romances de todos os tempos, daqueles tempos em que houve – ou há – romances) transformados em cinema. Uns terão sido desfeitos pelo cinema, outros refeitos. Há quem ache que o cinema pode levar à literatura (e pôr mais gente a ler) e quem ache que é o cinema que a mata.
Este ciclo é uma selecção de filmes feitos a partir de obras literárias, umas mais famosas do que outras, e de várias épocas. Os filmes estão ordenados por ordem cronológica dos livros donde partiram e não da realização dos filmes. Dos mais recentes para os mais antigos. Tentamos assim fazer pensar sobre estas duas linguagens e a sua relação.
Recordamos que Mário Dionísio, homem de literatura, se interessou muito pelo cinema. Escreveu sobre filmes. Daí termos feito um ciclo que se chamou «Filmes de que Mário Dionísio falou». Entendeu que a linguagem da literatura é uma e a do cinema é outra. E é isso que enriquece o mundo e nos enriquece. Só assim se pode continuar a ler romances e a ver filmes com gosto. Mesmo quando o «assunto» é o mesmo.

 

20 a 24 de Setembro: A independência da Guiné; oficina de castelhano; cinema ao ar livre com ‘Sweeney Todd’; últimos dias da exposição «Ver agora melhor o mais distante»

18 de Setembro de 2012

HISTÓRIAS DA HISTÓRIA
A independência da Guiné
Quinta-feira, 20 de Setembro, 18h

Nesta sessão vamos falar sobre a independência da Guiné a 24 de Setembro de 1973 com Jorge Golias

Jorge Golias foi membro do MFA e estava na Guiné quando a indepêndencia foi declarada. Aqui poderão ler a sua intervenção numa mesa redonda no Centro de Documentação 25 de Abril sobre a descolonização da Guiné-Bissau.

Serão lidos textos publicados na revista ZOE (1972-1973), dirigida por Jorge Golias.

Neste ciclo, «histórias da História», conversamos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris, sobre as «aparições» de Fátima e sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira.

OFICINA DE CASTELHANO
Domingo, 23 de Setembro, das 15h30 às 17h30

Em Setembro temos uma nova oficina. Em cinco domingos vamos aprender a falar, ler e escrever melhor castelhano com Ana Rita Laureano.

Perceber o porquê da expressão «no te entiendo» e desmontar ideias rápidas que temos da língua. Dar ferramentas para os participantes aprenderem a língua falando e fazendo. E descobrir e não repetir os vícios do «portunhol».

Nesta sessão, como segundo prato, vamos tratar de «Traduttore traditore», os problemas da tradução. Na sessão seguinte, a sobremesa será «Parceiros».

Para quem tiver algum conhecimento na língua. A partir dos 16 anos. Quem quiser pode trazer textos para serem trabalhados.

CICLO A PALETA E O MUNDO III

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Na passada segunda-feira, dia 17, terminámos a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. As leituras deste ciclo recomeçam em Outubro com a leitura de «Lições do passado» de Georg Schmidt sobre o nascimento da arte contemporânea.

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 24 de Setembro, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande.

Nesta última sessão deste ciclo projectamos Sweeney Todd – O terrível barbeiro de Fleet Street (2007, 116 min.) de Tim Burton.

Sinopse: Depois de quinze anos de prisão na Austrália, Benjamin Barker foge e chega a Londres com uma ideia na cabeça : vingar-se do juiz Turpin que o condenou para ficar com a sua mulher e o seu bebé Johanna. Adoptando o nome de Sweeney Todd, retoma a sua barbearia, situada por cima da padaria da Sr.ª Nellie Lovett que o informa do suicídio da sua mulher, depois de ter sido violada por Turpin. Quando o seu rival Pirelli lhe diz que o vai desmacarar, Sweeney mata-o e a Sr.ª Lovett propõe-lhe a forma de se desembaraçar do cadáver: aproveitar a carne para paté. Sweeney descobre que Turpin quer agora apoderar-se de Johanna, que mantém em sequestro, com a cumplicidade de Bamford. Mas Anthony, o jovem marinheiro que salvou a vida a Sweedey durante a fuga, apaixona-se por ela, liberta-a e promete casar com ela. Entretanto, o bairro de Fleet Street foi-se deliciando com as tortas muito especiais da Sr.ª Lovett, que se põe a sonhar com uma nova vida, respeitável e burguesa: casada com Sweeney e tendo como filho adoptivo o antigo assistente de Pi-relli. Mas Sweeney continua deci-dido a levar até ao fim a sua vin-gança, custe o que custar… Começa então uma carnificina.

Em Outubro começa um novo ciclo de cinema dentro da Casa da Achada: «Cinema e Literatura».

 

ÚLTIMOS DIAS DA EXPOSIÇÃO
VER AGORA MELHOR O MAIS DISTANTE
Até 24 de Setembro, durante o horário de abertura

Lembramos que a exposição «Ver agora melhor o mais distante», de textos de Regina Guimarães a partir de pinturas e desenhos de Mário Dionísio, pode ser visitada até ao dia 24 de Setembro.

A exposição junta cerca de trinta obras plásticas de Mário Dionísio (pintura, alguns desenhos e uma tapeçaria) e os textos que Regina Guimarães escreveu a partir deles.

Alguns dos textos podem ser lidos aqui.

 

15 a 17 de Setembro: Mário Dionísio, escritor com Maria Alzira Seixo; oficina de castelhano; leitura de Lhote; cinema ao ar livre com ‘É sempre a mesma cantiga’ de Resnais

12 de Setembro de 2012

MÁRIO DIONÍSIO, ESCRITOR
Sábado, 15 de Setembro, 16h

Inicialmente marcada em Julho, foi adiada para esta data a sessão, inserida no ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», sobre a obra literária de Mário Dionísio, com Maria Alzira Seixo.

«Dizer, na relação de criar, foi, parece-nos, o essencial da actividade deste escritor, que sempre lidou com imagens, as da visão do mundo e as da sua expressão, as da configuração alienante e as de uma possível abertura de horizontes bloqueados. Daí que a sua preocupação cultural fosse sempre constante, e que o seu trabalho da palavra arriscasse sentidos que a procura do rigor e da nitidez não afastavam da perplexidade e da dúvida.»
Maria Alzira Seixo, em «Não há Morte nem Príncipio» – a propósito da vida e obra de Mário Dionísio (1996)

OFICINA DE CASTELHANO
Domingo, 16 de Setembro, das 15h30 às 17h30

Em Setembro temos uma nova oficina. Em cinco domingos vamos aprender a falar, ler e escrever melhor castelhano com Ana Rita Laureano.

Perceber o porquê da expressão «no te entiendo» e desmontar ideias rápidas que temos da língua. Dar ferramentas para os participantes aprenderem a língua falando e fazendo. E descobrir e não repetir os vícios do «portunhol».

Nesta sessão, como primeiro prato, vamos tratar de «Falsos amigos». Nas sessões seguintes, o segundo prato será «Traduttore traditore»; e a sobremesa «Parceiros».

Para quem tiver algum conhecimento na língua. A partir dos 16 anos. Quem quiser pode trazer textos para serem trabalhados.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 17 de Setembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Continua a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem lê é José Smith Vargas.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 17 de Setembro, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande.

Nesta sessão projectamos É sempre a mesma cantiga (On connaît La Chanson, 1997, 120 min.) de Alain Resnais.
Quem apresenta é Eduarda Dionísio.

Sinopse: Simon está secretamente apaixonado por Camille. Na sequência de um mal entendido, Camille apaixona-se por Marc. Marc, um charmoso agente imobiliário, e o patrão de Simon, tenta vender um apartamento a Odile, a irmã de Camille. Odile está determinada a comprar o apartamento, apesar da desaprovação do seu marido, Claude. Claude, um homem aparentemente insignificante, não vê com bons olhos o regresso de Nicolas, depois de muitos e longos anos. Nicolas, velho amigo de Odile, torna-se confidente de Simon…

ÚLTIMOS DIAS DA EXPOSIÇÃO
VER AGORA MELHOR O MAIS DISTANTE
Até 24 de Setembro, durante o horário de abertura

Lembramos que a exposição «Ver agora melhor o mais distante», de textos de Regina Guimarães a partir de pinturas e desenhos de Mário Dionísio, pode ser visitada até ao dia 24 de Setembro.

A exposição junta cerca de trinta obras plásticas de Mário Dionísio (pintura, alguns desenhos e uma tapeçaria) e os textos que Regina Guimarães escreveu a partir deles.

Alguns dos textos podem ser lidos aqui.

 

6 a 10 de Setembro: ‘As borrachas’ de Robbe-Grillet, oficina de castelhano, leitura de ‘Tratado da paisagem’ de Lhote, cinema ao ar livre com ‘Os canibais’

5 de Setembro de 2012

LIVROS DAS NOSSAS VIDAS
Quinta-feira, 6 de Setembro, 18h

Nesta sessão Eduarda Dionísio vem falar-nos de As borrachas de Alain Robbe-Grillet.

28.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

OFICINA DE CASTELHANO
Domingo, 9 de Setembro, das 15h30 às 17h30

Em Setembro temos uma nova oficina. Em cinco domingos vamos aprender a falar, ler e escrever melhor castelhano com Ana Rita Laureano.

Perceber o porquê da expressão «no te entiendo» e desmontar ideias rápidas que temos da língua. Dar ferramentas para os participantes aprenderem a língua falando e fazendo. E descobrir e não repetir os vícios do «portunhol».

Nesta sessão, como entrada, vamos tratar de «Acentuação, pontuação e pronúncia». Nas sessões seguintes, o primeiro prato será sobre «Falsos amigos»; o segundo prato «Traduttore traditore»; e a sobremesa «Parceiros».

Para quem tiver algum conhecimento na língua. A partir dos 16 anos. Quem quiser pode trazer textos para serem trabalhados.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 10 de Setembro, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Continua a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem lê é José Smith Vargas.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA

Segunda-feira, 10 de Setembro, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande.

Nesta sessão projectamos Os canibais (1988, 98 min.) de Manoel de Oliveira.
Quem apresenta é Diogo Dória, que participa no filme.

 

23 a 27 de Agosto: ‘O som e a fúria’ de Faulkner; ‘Silêncio’ de Loja Neves; Mário Dionísio, social e político; oficina inventar fabricando; leitura de Lhote; cinema ao ar livre ‘A flauta mágica’

20 de Agosto de 2012

LIVROS DAS NOSSAS VIDAS – O som e a fúria de Faulkner
Quinta-feira, 23 de Agosto, 18h

Nesta sessão Maria João Brilhante vem falar-nos de O som e a fúria de William Faulkner.

27.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

SILÊNCIO – um documentário de António Loja Neves
Sexta-feira, 24 de Agosto, 18h

Na sequência da sessão do ciclo «histórias da História» do mês de Julho, sobre a Guerra Civil de Espanha e o franquismo nas populações de fronteira no norte de Portugal e na Galiza, em que contámos com a participação de Paula Godinho, projectamos O Silêncio, documentário de António Loja Neves, proposto pelo próprio durante a sessão.

Na sessão participam António Loja Neves e Paula Godinho.

«No comovente filme de António Loja Neves e José Manuel Alves O Silêncio, enrolado em si mesmo, numa posição quase fetal, um homem desfia um sofrimento longo, a partir dum acontecimento que viveu com 16 anos e que lhe mudou a vida, tornando-lhe os sonhos improváveis. Trata-se de Arlindo Espírito Santo, que viu grande parte da sua família ser presa em Dezembro de 1946, na aldeia de Cambedo da Raia, no concelho de Chaves, encostada à Galiza. Ali decorreu um episódio sangrento e tardio, ainda em resultado do golpe franquista em 18 de Julho de 1936.»
Paula Godinho, «Cambedo da Raia, 1946»

MÁRIO DIONÍSIO, SOCIAL E POLÍTICO
Sábado, 25 de Agosto,  16h

Nesta sessão, do ciclo «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», Eduarda Dionísio vem falar-nos sobre a intervenção social e política de Mário Dionísio.

«Ouço o grande silêncio. Vejo-o. Toco-lhe quase. Estou sentado, no meio da cozinha lajeada, olhando lá para fora pela janela alta e estreita. A manifestação (com tiros!) em S. Pedro de Alcântara, éramos todos estudantes. Encontros nocturnos na cerca da Faculdade de Ciências, falava-se em voz baixa, muito baixa, com o portão fechado, quem é que tinha a chave? Um grito alegre na praia da Ericeira, alguém correndo, um abraço tão forte que nos deita ao chão, é o Ramos da Costa muito novo, que eu julgava ainda preso, «saí ontem!». E o Zé Gomes, o Carlos, o Cochofel, ainda antes da tertúlia do «Bocage». E as massas transbordantes do dia da Vitória: bandeirinhas dos aliados nas ruas, nas varandas, nas lapelas, excepto a da URSS, é claro, e por isso se gritava: «Todas! Todas! Todas!» E novamente a marcha cautelosa sob as águas. Sempre outra vez a marcha cautelosa sob as águas. Sacões de esperança: o Norton, o «Santa Maria» navegando envolto em lenda, apelando em vão ao mundo inteiro, o Humberto Delgado antes de lhe arrancarem as estrelas. Anos e anos de crime, digamos o que dissermos, consentido. Até ao tal amanhecer: Aqui, posto de comando das Forças Armadas. Escancarado o portão de Caxias. O regresso dos exilados perante mares de gente gritante e confiante, até parecia um povo. O primeiro 1.° de Maio em liberdade, nas ruas, nas janelas, nos andaimes dos prédios em construção. Seria mesmo um povo?

E outros momentos. Soltos. Deslumbrantes na opaca escuridão do que não volta mais. Cada um terá os seus, a sua história privada, a sua respiração. A última reunião da Comissão de Escritores do MUD, a que tinha pertencido toda a gente (faltavam às vezes cadeiras) e a que, por fim, já só compareciam, inutilmente renitentes, três pessoas: a Manuela Porto, o Flausino Torres, eu. Que coordenava o sector desde a própria ideia de o formar. Como o dos artistas (arquitectos, pintores, escultores, desenhadores, fotógrafos, publicitários) que, a partir de 46, fizeram juntos as suas Exposições num clima de entusiasmo e unidade como nunca houvera no país nem sei se, exactamente assim, terá voltado a haver.»
Mário Dionísio, Autobiografia (1987)

OFICINA INVENTAR FABRICANDO
Domingo, 26 de Agosto, das 15h30 às 17h30

Em Agosto há uma oficina diferente: «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», com Pierre Pratt.

Desta vez, o Pierre convida vossas excelências a sujar as mãos, e talvez um bocadinho da vossa roupa e por isso convinha trazer uma camisola que só espera ficar mais suja de tintas (laváveis, claro, mas nunca se sabe se se pode realmente confiar no rótulo do frasco das tintas, e também do detergente).
Vamos, a partir de objectos do nosso dia-a-dia, ou do dia-a-dia dos outros, dar-lhes outras vidas, e eles até vão gostar!
Venham todos, porque en août, plus on est de fous, plus on rit (em Agosto, quanto mais louco se é, mais se ri), como se diz na minha terra!

Aqui podem ver como foi a primeira sessão desta oficina, em que se fabricaram animais a partir de objectos de cozinha; na segunda sessão fabricaram-se, a partir de objectos com forma de animais, personagens humanas. Na terceira sessão foram-se preparando os cenários para estas personagens. Nesta quarta sessão vamos acabar os cenários para inventar uma história para cada uma delas.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 27 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Continua a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem lê é Manuela Torres.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 27 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande.

Nesta sessão projectamos A fláuta mágica (1975, 135 min.) de Ingmar Bergman.
Quem apresenta é João Paulo Esteves da Silva.

 

18 a 20 de Agosto: Oficina «Inventar fabricando»; leitura de ‘Tratado da paisagem’ de Lhote; cinema ao ar livre com ‘O submarino amarelo’ com música dos Beatles; sessão «Itinerários» adiada

16 de Agosto de 2012

OFICINA INVENTAR FABRICANDO
Domingo, 19 de Agosto, das 15h30 às 17h30

Em Agosto há uma oficina diferente: «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», com Pierre Pratt.

Desta vez, o Pierre convida vossas excelências a sujar as mãos, e talvez um bocadinho da vossa roupa e por isso convinha trazer uma camisola que só espera ficar mais suja de tintas (laváveis, claro, mas nunca se sabe se se pode realmente confiar no rótulo do frasco das tintas, e também do detergente).
Vamos, a partir de objectos do nosso dia-a-dia, ou do dia-a-dia dos outros, dar-lhes outras vidas, e eles até vão gostar!
Venham todos, porque en août, plus on est de fous, plus on rit (em Agosto, quanto mais louco se é, mais se ri), como se diz na minha terra!

Aqui podem ver como foi a primeira sessão desta oficina, em que se fabricaram animais a partir de objectos de cozinha; na segunda sessão fabricaram-se, a partir de vários objectos, personagens humanas. Nesta terceira sessão vamos construir cenários com colagens e pinturas.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 20 de Agosto, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Continua a leitura, com projecção de imagens das obras citadas, de Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem lê é Manuela Torres.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. Hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE – QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 20 de Agosto, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta sessão projectamos O submarino amarelo (1968, 90 min.) de George Dunning, com banda sonora dos Beatles. Quem apresenta é Youri Paiva.

Sinopse: Era uma vez um paraíso sobrenatural chamado Peperland – um lugar onde a música e a felicidade eram rainhas supremas. Mas foi ameaçado quando o terrível Blue Meanies declarou guerra e enviou a sua armada, liderada pelo ameaçador Flying Glove, para destruir tudo o que de bom houvesse. E é aí John, Paul, George e Ringo entram para salvar o dia! Armados com pouco mais do que o seu humor, a sua música e, claro, o seu submarino amarelo, os Fab Four enfrentam corajosamente os perigosos mares na esperança de aniquilar as forças maléficas do reino invasor.

 

ITINERÁRIOS COM CARLOS CARVALHO
Em virtude de Carlos Carvalho se encontrar fora de Portugal, a sessão «Itinerários 14», que se iria realizar no sábado, foi adiada para data a anunciar.

 

12 e 13 de Agosto: Oficina inventar fabricando; leitura de ‘Tratado da paisagem’ de Lhote; cinema ao ar livre com ‘Mary Poppins’

9 de Agosto de 2012

OFICINA INVENTAR FABRICANDO
Domingo, 12 de Agosto, das 15h30 às 17h30

Em Agosto há uma oficina diferente: «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», com Pierre Pratt.

Desta vez, o Pierre convida vossas excelências a sujar as mãos, e talvez um bocadinho da vossa roupa e por isso convinha trazer uma camisola que só espera ficar mais suja de tintas (laváveis, claro, mas nunca se sabe se se pode realmente confiar no rótulo do frasco das tintas, e também do detergente).
Vamos, a partir de objectos do nosso dia-a-dia, ou do dia-a-dia dos outros, dar-lhes outras vidas, e eles até vão gostar!
Venham todos, porque en août, plus on est de fous, plus on rit (em Agosto, quanto mais louco se é, mais se ri), como se diz na minha terra!

Aqui podem ver como foi a primeira sessão desta oficina, no passado dia 6 de Agosto.

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 13 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Terminada a leitura de textos da polémica do neo-realismo, publicada na revista Vértice, vamos iniciar uma nova leitura neste ciclo: Tratado da paisagem (1939) de André Lhote. Quem começa a leitura comentada, com projecção de imagens das obras citadas, é Manuela Torres.

«(…) O pintor aprendiz saberá finalmente que quanto mais tentar ser ele próprio mais se afastará da simpatia do público e da crítica, porque o público está sempre a falar da personalidade do artista, no fundo só gosta das fórmulas cuja chave já possui. Tem as suas manias: ontem só enaltecia a exactidão do desenho, a pureza do modelo, o respeito pela cor local, etc. hoje, o que encanta é a liberdade de feitura, o simulacro da improvisação. Ora, apesar do que se poderia imaginar, o registo das sensações, se por um lado é gerador de espontaneidade nos trabalhos preparatórios, desenhos ou esboços, acaba quando se trata de os colocar à escala de trabalhos monumentais, descamba em inabilidade, rigidez e arrependimento onde se vislumbra o debate interior que tentei desajeitadamente descrever. Quando mais se fala em humanizar a arte mais se fica cego diante desses traços autênticos do mais humano dos dramas da arte. Não há nada a fazer: tudo o que autentifica o génio tal como ele surge nas obras de Cézanne, Van Gogh e Seurat, mestres da sensação directa, será hostil para a maioria, e a regra é morrer, como esses “três grandes”, perfeitamente desconhecido.
Com isto espero dissuadir bastantes jovens da ideia que a pintura é uma distracção ou um ganha-pão.»
André Lhote, excerto do prefácio de Tratado da paisagem (edição de 1946).

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE
QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 13 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta sessão projectamos Mary Poppins (1964, 139 min.) de Robert Stevenson.
Quem apresenta é Pedro Rodrigues.

Sinopse: Londres, 1910. Bert, homem-orquestra e limpa-chaminés, diverte quem passa diante da casa da família Banks. O Sr. Banks é um bancário cheio de trabalho. A esposa é uma sufragista activa. As ocupações afastam-nos da vida dos filhos, Jane e Michael, que fazem disparates para chamar a atenção dos pais. Depois de mais uma fuga das crianças, a ama, Katie Nounou, despede-se. É um polícia que leva as crianças a casa. Discussão na família sobre as qualidades da nova ama que vai ser contratada. O Sr. Banks tem ideias claras, as crianças também, mas ao contrário. O Sr. Banks redige um anúncio, as crianças também… É então que, descendo das nuvens se apresenta uma nova candidata: Mary Poppins. Vai trazer sonho às crianças e consciência aos pais, uma consciência que não altera nada ao sonho, antes pelo contrário.

 

 

5 e 6 de Agosto: Oficina inventar fabricando; leituras de Lopes-Graça; cinema ao ar livre com ‘Os chapéus de chuva de Cherburgo’

2 de Agosto de 2012

OFICINA «INVENTAR FABRICANDO»
Domingo, 5 de Agosto, das 15h30 às 17h30

Os domingos de Agosto serão ocupados por uma oficina diferente, «Inventar fabricando» ou «As mãos sujas», com Pierre Pratt.

Desta vez, o Pierre convida vossas excelências a sujar as mãos, e talvez um bocadinho da vossa roupa e por isso convinha trazer uma camisola que só espera ficar mais suja de tintas (laváveis, claro, mas nunca se sabe se se pode realmente confiar no rótulo do frasco das tintas, e também do detergente).
Vamos, a partir de objectos do nosso dia-a-dia, ou do dia-a-dia dos outros, dar-lhes outras vidas, e eles até vão gostar!
Venham todos, porque en août, plus on est de fous, plus on rit (em Agosto, quanto mais louco se é, mais se ri), como se diz na minha terra!

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 30 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão concluímos a leitura comentada de textos da polémica do neo-realismo. Pedro Rodrigues lê textos escolhidos de Fernando Lopes-Graça.

«Quando arrumamos (não fazendo mais afinal que desarrumá-los…) os homens para um lado e os artistas para outro, estamos já em pleno falseamento da vida. Já aceitámos o pobre paradoxo de uma arte sem vida e de uma vida sem arte. Já esvaziámos do seu rico conteúdo a vida e a arte. Já partimos vergonhosamente ao ataque dessa esfera tão permanente e íntima da criação do homem que por ela é possível reconstituir épocas, regiões de que todo o resto se perdeu, dessa voz incansável com a qual, pelos séculos fora, através de todas as circunstâncias e apesar de todas as circunstâncias, o homem se recusa a desistir, desse espelho precioso, cuja imagem é já acção, desse calor humano tão essencialmente resistente que permanece e progride até nos brinquedos das cornamusas e crotalos de Eugénio de Castro, do lampadário de cristal de Jerónimo Baía. Se o fazemos, se barulhentamente queremos afastar do nosso caminho os problemas da arte (e são tantos, tão variados e autênticos), porque vimos então lepidamente, por outra porta, a querer criar uma nova arte, fora dos domínios da sua problemática e da sua linguagem, como se ela pudesse sair das mangas de um ilusionista?»
Mário Dionísio, «O sonho e as mãos» (Vértice, vol. XIV, n.° 124, Janeiro de 54 e n.°125, Fevereiro de 54)

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE «QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA»
Segunda-feira, 30 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta segunda sessão deste ciclo projectamos Os chapéus de chuva de Cherburgo (Les parapluies de Cherbourg, 1964, 91 min.) de Jacques Demy. Quem apresenta é Jorge Silva Melo.

 

26 a 30 de Julho: ‘A modificação’ de Butor por Eugénia Leal; oficina das palavras às músicas; leituras da polémica do neo-realismo; cinema ao ar livre com ‘Carmen Jones’

26 de Julho de 2012

LIVROS DAS NOSSAS VIDAS: A modificação de Michel Butor
Quinta-feira, 26 de Julho, 18h

Nesta sessão Eugénia Leal vem falar-nos de A modificação de Michel Butor.

26.ª sessão de uma série com periodicidade mensal, a partir de livros e autores referidos por Mário Dionísio num depoimento sobre «Os livros da minha vida».

OFICINA DAS PALAVRAS ÀS MÚSICAS
Domingo, 29 de Julho, das 15h30 às 17h30

Nos domingos do mês de Julho, com Cristina Mora, vamos partir das palavras para chegar à música.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 30 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, por Miguel Cardoso e Miguel Castro Caldas, de textos da polémica do neo-realismo publicados na revista Vértice em 1952-54. Após a leitura de textos publicados por João José Cochofel e António José Saraiva, e da leitura de «O sonho e as mãos» de Mário Dionísio, nesta sessão continuamos a leitura de «Cinco notas sobre forma e conteúdo» de António Vale (aliás Álvaro Cunhal).

«Quando arrumamos (não fazendo mais afinal que desarrumá-los…) os homens para um lado e os artistas para outro, estamos já em pleno falseamento da vida. Já aceitámos o pobre paradoxo de uma arte sem vida e de uma vida sem arte. Já esvaziámos do seu rico conteúdo a vida e a arte. Já partimos vergonhosamente ao ataque dessa esfera tão permanente e íntima da criação do homem que por ela é possível reconstituir épocas, regiões de que todo o resto se perdeu, dessa voz incansável com a qual, pelos séculos fora, através de todas as circunstâncias e apesar de todas as circunstâncias, o homem se recusa a desistir, desse espelho precioso, cuja imagem é já acção, desse calor humano tão essencialmente resistente que permanece e progride até nos brinquedos das cornamusas e crotalos de Eugénio de Castro, do lampadário de cristal de Jerónimo Baía. Se o fazemos, se barulhentamente queremos afastar do nosso caminho os problemas da arte (e são tantos, tão variados e autênticos), porque vimos então lepidamente, por outra porta, a querer criar uma nova arte, fora dos domínios da sua problemática e da sua linguagem, como se ela pudesse sair das mangas de um ilusionista?»
Mário Dionísio, «O sonho e as mãos» (Vértice, vol. XIV, n.° 124, Janeiro de 54 e n.°125, Fevereiro de 54)

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE «QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA»
Segunda-feira, 30 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Infelizmente não poderemos projectar Porgy e Bess, o filme previsto para esta sessão. Por isso, mostramos um filme do mesmo realizador, Carmen Jones (1954, 105 min.) de Otto Preminger. Este musical é uma versão contemporânea da ópera de Bizet, com actores afro-americanos. Quem apresenta é Vítor Silva Tavares.

 

 

22 e 23 de Julho: Oficina das palavras às músicas; leituras da polémica do neo-realismo; cinema ao ar livre com ‘A roda da fortuna’

19 de Julho de 2012

OFICINA DAS PALAVRAS ÀS MÚSICAS
Domingo, 22 de Julho, das 15h30 às 17h30

Nos domingos do mês de Julho, com Cristina Mora, vamos partir das palavras para chegar à música.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 23 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão continua a leitura comentada, por Miguel Cardoso e Miguel Castro Caldas, de textos da polémica do neo-realismo publicados na revista Vértice em 1952-54. Após a leitura de textos publicados por João José Cochofel e António José Saraiva, e da leitura de «O sonho e as mãos» de Mário Dionísio, nesta sessão continuamos a leitura de «Cinco notas sobre forma e conteúdo» de António Vale (aliás Álvaro Cunhal).

«Quando arrumamos (não fazendo mais afinal que desarrumá-los…) os homens para um lado e os artistas para outro, estamos já em pleno falseamento da vida. Já aceitámos o pobre paradoxo de uma arte sem vida e de uma vida sem arte. Já esvaziámos do seu rico conteúdo a vida e a arte. Já partimos vergonhosamente ao ataque dessa esfera tão permanente e íntima da criação do homem que por ela é possível reconstituir épocas, regiões de que todo o resto se perdeu, dessa voz incansável com a qual, pelos séculos fora, através de todas as circunstâncias e apesar de todas as circunstâncias, o homem se recusa a desistir, desse espelho precioso, cuja imagem é já acção, desse calor humano tão essencialmente resistente que permanece e progride até nos brinquedos das cornamusas e crotalos de Eugénio de Castro, do lampadário de cristal de Jerónimo Baía. Se o fazemos, se barulhentamente queremos afastar do nosso caminho os problemas da arte (e são tantos, tão variados e autênticos), porque vimos então lepidamente, por outra porta, a querer criar uma nova arte, fora dos domínios da sua problemática e da sua linguagem, como se ela pudesse sair das mangas de um ilusionista?»
Mário Dionísio, «O sonho e as mãos» (Vértice, vol. XIV, n.° 124, Janeiro de 54 e n.°125, Fevereiro de 54)

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE «QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA»
Segunda-feira, 23 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta segunda sessão deste ciclo projectamos A roda da fortuna (The band wagon, 1953, 112 min.) de Vicente Minelli.
Quem apresenta é Gabriel Bonito.

INFORMAMOS QUE…

A sessão «Mário Dionísio, escritor e outras coisas mais», que iria decorrer no sábado, 21 de Julho, sobre a obra literária de Mário Dionísio, com Maria Alzira Seixo, foi, por motivos alheios, adiada para data a definir.

 

16 Julho: leituras da polémica do neo-realismo; cinema ao ar livre com ‘Serenata à chuva’

15 de Julho de 2012

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 16 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão começa a leitura comentada, por Miguel Cardoso e Miguel Castro Caldas, de textos da polémica do neo-realismo publicados na revista Vértice em 1952-54. Após a leitura de textos publicados por João José Cochofel e António José Saraiva, e da leitura de «O sonho e as mãos» de Mário Dionísio, nesta sessão vamos ler «Cinco notas sobre forma e conteúdo» de António Vale (aliás Álvaro Cunhal)

«Quando arrumamos (não fazendo mais afinal que desarrumá-los…) os homens para um lado e os artistas para outro, estamos já em pleno falseamento da vida. Já aceitámos o pobre paradoxo de uma arte sem vida e de uma vida sem arte. Já esvaziámos do seu rico conteúdo a vida e a arte. Já partimos vergonhosamente ao ataque dessa esfera tão permanente e íntima da criação do homem que por ela é possível reconstituir épocas, regiões de que todo o resto se perdeu, dessa voz incansável com a qual, pelos séculos fora, através de todas as circunstâncias e apesar de todas as circunstâncias, o homem se recusa a desistir, desse espelho precioso, cuja imagem é já acção, desse calor humano tão essencialmente resistente que permanece e progride até nos brinquedos das cornamusas e crotalos de Eugénio de Castro, do lampadário de cristal de Jerónimo Baía. Se o fazemos, se barulhentamente queremos afastar do nosso caminho os problemas da arte (e são tantos, tão variados e autênticos), porque vimos então lepidamente, por outra porta, a querer criar uma nova arte, fora dos domínios da sua problemática e da sua linguagem, como se ela pudesse sair das mangas de um ilusionista?»
Mário Dionísio, «O sonho e as mãos» (Vértice, vol. XIV, n.° 124, Janeiro de 54 e n.°125, Fevereiro de 54)

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE «QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA»
Segunda-feira, 16 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta segunda sessão deste ciclo projectamos Serenata à chuva (Singin’ in the rain, 1952, 103 min.) de Stanley Donen e Gene Kelly. Quem apresenta é João Rodrigues.

Sinopse: Hollywood, 1927. Don Lockwood e Lina Lamont são a dupla mais famosa do cinema mudo. Os seus filmes são um sucesso e as revistas apostam numa relação íntima entre os dois, o que não existe na realidade. Com a chegada do cinema sonoro, que se torna a nova moda, o par romântico é confrontado com a realiação de um musical, onde é necessário ter um bom desempenho vocal. Mas Lina tem um problema grave: a sua voz é demasiado aguda para os filmes sonoros. Kathy Selden, uma corista que se cruza na vida de Don, é então contratada para dobrar a voz da popular actriz.
Depois da saída triunfal do filme, Don quer fazer de Kathy a sua parceira, mas Lina, ciumenta, obriga o estúdio a deixar a rapariga na sombra. No dia da estreia, o público pede a Lina que cante. Kathy, escondida atrás da cortina, canta em vez dela, enquanto Lina faz movimentos com os lábios. Sobe a cortina, levantada por Don, Cosmo e Simpson: Lina fica atónita. Don confessa o seu amor a Kathy. E juntos serão felizes.

 

 

5 a 9 de Julho: A Guerra Civil de Espanha na fronteira; Carlos de Oliveira; oficina das palavras às músicas; leituras da polémica do neo-realismo; cinema ao ar livre com ‘Orgia dourada’; homenagem a Constante Augusto Cardanha; ‘Caruma’ de Manuel Cintra

4 de Julho de 2012

HISTÓRIAS DA HISTÓRIA
A Guerra Civil de Espanha
Sexta-feira, 6 de Julho, 18h

Neste ciclo, «histórias da História», conversaremos sobre efemérides da História, contemporâneas de Mário Dionísio, pensando sempre também no que se passa hoje. Porque há coisas de que se fala hoje – como a tão badalada «crise» – que não são coisas novas, algumas nunca deixaram de existir, outras ressurgiram em sítios e alturas diferentes. Já falámos sobre a ascenção de Hitler ao poder, sobre a Comuna de Paris e sobre as «aparições» de Fátima.

Nesta sessão vamos falar sobre a Guerra Civil de Espanha vivida nas populações de fronteira em Julho de 1936, com Paula Godinho.

AMIGOS DE MÁRIO DIONÍSIO: CARLOS DE OLIVEIRA
Sábado, 7 de Julho, 16h

Nesta 7ª sessão de «Amigos de Mário Dionísio» vamos falar sobre Carlos de Oliveira.

Sobre a sua vida e obra literária vão falar Gastão Cruz, Manuel Gusmão, Nuno Júdice e Rosa Maria Martelo. Haverá leituras de textos de Carlos de Oliveira por Antonino Solmer, Diogo Dória, Jorge Silva Melo e Luís Miguel Cintra. O Coro da Achada cantará canções com letra de Carlos de Oliveira e outras.

Haverá também uma pequena exposição biográfica com livros e pinturas.

«Quem alguma vez leu a poesia de Carlos de Oliveira passou a ser certamente um seu assíduo leitor. Já uma vez lhe chamei rico herdeiro de Raul Brandão. E é-o muitas vezes. Mas, visto o problema com maior latitude, o caso de Carlos de Oliveira é o de uma autêntica vocação literária. Com um pouco de tinta e de papel põe de pé uma personagem, cria uma assombração, desencadeia uma tempestade. Há mais meia dúzia de casos des tes entre nós, de hábeis dominadores da palavra atravessando a mesma facilidade prodigiosa de erguer florestas nas pontas dos dedos e o mesmo perigo de não chegarem a dar às suas belas construções mais consistência e duração que a das maravilhosas bolas de sabão da nossa infância. Não considero isto um atributo certo, mas apenas um perigo com que temperamentos manifestamente favorecidos pela fortuna literária, como o de Carlos de Oliveira, têm de contar. Carlos de Oliveira faz o que quer das palavras (vejam-se os seus versos) e produz verdadeiras páginas de antologia – no sentido positivo, sempre que certo automatismo estilístico o não atraiçoa, o que felizmente é raro. É preciso, contudo, que elas não façam dele o que ele não quiser.»
Mário Dionísio, «Pequenos burgueses, romance de Carlos de Oliveira» (Vértice, 1949)

OFICINA DAS PALAVRAS ÀS MÚSICAS
Domingo, 8 de Julho, das 15h30 às 17h30

Nos domingos do mês de Julho, com excepção do dia 15, com Cristina Mora, vamos partir das palavras para chegar à música.

Trata-se de estimular a percepção auditiva e a prática musical. Os instrumentos preferenciais de trabalho são a voz e as palavras (palavras isoladas, sequências de palavras, pequenos textos) e trabalhar o ritmo, a melodia a harmonia, o timbre, a textura…

Para todos a partir dos 6 anos.

CICLO A PALETA E O MUNDO III
Segunda-feira, 9 de Julho, 18h30

Na 3ª parte do ciclo «A Paleta e o Mundo» lemos obras que foram citadas em A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio, ou obras de autores seus contemporâneos.

Nesta sessão começa a leitura comentada, por Miguel Cardoso e Miguel Castro Caldas, de textos da polémica do neo-realismo publicados na revista Vértice em 1952-54. Após a leitura de textos publicados por João José Cochofel e António José Saraiva , vamos ler «O sonho e as mãos» de Mário Dionísio, «Cinco notas sobre forma e conteúdo» de António Vale (aliás Álvaro Cunhal) e duas cartas, uma de Mário Dionísio e outra de Fernando Lopes-Graça.

«Quando arrumamos (não fazendo mais afinal que desarrumá-los…) os homens para um lado e os artistas para outro, estamos já em pleno falseamento da vida. Já aceitámos o pobre paradoxo de uma arte sem vida e de uma vida sem arte. Já esvaziámos do seu rico conteúdo a vida e a arte. Já partimos vergonhosamente ao ataque dessa esfera tão permanente e íntima da criação do homem que por ela é possível reconstituir épocas, regiões de que todo o resto se perdeu, dessa voz incansável com a qual, pelos séculos fora, através de todas as circunstâncias e apesar de todas as circunstâncias, o homem se recusa a desistir, desse espelho precioso, cuja imagem é já acção, desse calor humano tão essencialmente resistente que permanece e progride até nos brinquedos das cornamusas e crotalos de Eugénio de Castro, do lampadário de cristal de Jerónimo Baía. Se o fazemos, se barulhentamente queremos afastar do nosso caminho os problemas da arte (e são tantos, tão variados e autênticos), porque vimos então lepidamente, por outra porta, a querer criar uma nova arte, fora dos domínios da sua problemática e da sua linguagem, como se ela pudesse sair das mangas de um ilusionista?»
Mário Dionísio, «O sonho e as mãos» (Vértice, vol. XIV, n.° 124, Janeiro de 54 e n.°125, Fevereiro de 54)

CICLO DE CINEMA AO AR LIVRE: QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA
Segunda-feira, 9 de Julho, 21h30

Os tempos vão maus. Uns choram e outros cantam. Por aqui, continuamos a mostrar o que alguns fizeram nas vidas que foram tendo. Este ciclo de cinema, porque é verão e ao ar livre, tem muita música – que a música é uma boa forma de dizer coisas. É bom ouvir música ao ar livre. E ver o mundo enquanto se ouve música. E pensar. Nas vidas dos outros e nas nossas – as de cada um e também na da Casa da Achada. E falar depois de ter ouvido cantar. Um alívio uma vez por semana, quando o cerco é grande..

Nesta segunda sessão deste ciclo projectamos Orgia dourada (Gold diggers of 1933, 1933, 97 min.) de Mervin LeRoy.
Quem apresenta é João Pedro Bénard.

OUTRAS ACTIVIDADES:

 

HOMENAGEM A CONSTANTE AUGUSTO CARDANHA
Quinta-feira, 5 de Julho, 18h

Nesta sessão de homenagem a Constante Augusto Cardanha, organizada por Leonor Abecassis e pelo editor José Frade (Lusociência), acontece o lançamento de Constante Augusto Cardanha – Um homem de Trás-os-Montes e artista improvável e uma pequena exposição de suas obras.

A exposição pode ser visitada até ao dia 10 de Julho.

CARUMA DE MANUEL CINTRA
Domingo, 8 de Julho, 18h30

Nesta sessão de divulgação de Caruma de Manuel Cintra, o seu mais recente livro de poemas, haverá leituras por Maria d’Aires e Manuel Cintra, com a banda sonora, de Alberto Iglesias, do filme Hable con ella de Pedro Almodovar, e uma sessão de autógrafos.

André Spencer e F. Pedro Oliveira para Casa da Achada - Centro Mário Dionísio | 2009-2020